O mapa situacionista que desenvolvi na oficina Deslocamentos Errantes foi baseado em outras pessoas, pessoas estranhas as quais resolvi seguir até onde fossem desde que dentro dos limites do Campus Central da UFRGS. O modo de medição que usei foi a quantidade de árvores contadas nos trajetos. Também observei a velocidade da pessoa em questão.
A primeira pessoa que segui foi uma mulher aparentando meia idade, caminhando apressadamente, mas não chegava a ser uma corrida. Comecei a seguir essa pessoa próximo ao Bar do Antônio, finalizando o trajeto no portão localizado junto ao Museu da UFRGS, ali ela saiu dos limites de meu estudo. Foram contabilizadas 20 árvores neste percurso. Logo escolhi uma nova "vítima", um senhor com mais idade que caminhava normalmente, digamos que era um passo comum de dia útil. Ele foi em direção a reitoria porém, logo no início da perseguição um amigo aproximou-se para me cumprimentar e ainda queria conversar um pouco... (tive que dar um corte no início do papo, afinal eu estava trabalhando) nisso me distanciei do objeto de estudo mas consegui alcançar para apenas ver que entrava no prédio do Anexo da Reitoria. Fiz um cálculo aproximado de 30 árvores nesse espaço/tempo. Após essa espécie de frustração, retornei solitário ao ponto inicial, com passos lentos, sem vítimas, sem árvores...
E tudo isso em apenas cinco minutos. Ou seriam longos cinco minutos?
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