sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Cenas de um pic-nic





Pic-nic de encerramento da disciplina Tempos e Espaços Escolares: atravessando fronteiras (2007/1 - Faced/UFRGS), no Parque da Redenção, Porto Alegre. 13/12/2007
Estavam presentes: Anelise (Filosofia), Betina (Teatro), Camila (Teatro), Cláudio (Música), Daniel Ribeiro (Química), Daniel Perin (Educação Física), Daniela (Teatro), Jessica (Artes Visuais), Juliana (Química), Marc (Biologia), Mariana (Química), Sílvia (Teatro), Sofia (Teatro).

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Reflexão do semestre

Este texto será como um passeio pelo tempo que passamos em aula, visitando outros espaços e discutindo outros modos de fazer escola e educação.

Nosso semestre inicia vagaroso pois depende da construção coletiva de um cronograma. E a primeira atividade é uma reflexão sobre os diferentes tempos e espaços nas nossas diferentes áreas de conhecimento. Podemos compartilhar e conhecer mais sobre as diversas visões dos colegas e seus conhecimentos. Quando se aprende junto, se aprende muito mais.

O primeiro espaço extra-sala que nos foi apresentado foi o blog. Ele é até hoje nosso meio mais importante de trocas de conhecimentos, dúvidas e experiências. Esse espaço deteve muito do nosso tempo. Um tempo que utilizamos para nos familiarizarmos com a tecnologia que nos era mostrada. Um espaço virtual, tão cheio de idéias e sentimentos... repleto de convites que nos levaram a conhecer os diferentes lugares onde podemos dispor de ensino e aprendizagem.

A próxima atividade nos mostrou um espaço diferente, muitas vezes distante, que pode tornar-se mais próximo: a Bienal. Nessa atividade a importância do preparo prévio a uma visita, seja ela onde for, mostrou novamente o seu valor. Com um “passeio” bem preparado e orientado conseguimos apreciar e compreender melhor o que víamos.

Logo iniciaram as oficinas. A cada uma que acontecia aprendíamos um pouco mais sobre os nossos colegas e também sobre os seus conhecimentos. Química, biologia, filosofia, mídia, teatro, educação física, música. O tempo passa e o espaço só cresce. Tivemos a oportunidade de nos entregarmos aos colegas ficando “cegos”. Conhecemos as diferentes químicas que acontecem quando o trabalho em grupo é necessário. Trocamos de lugar sem cair num mar cheio de tubarões. Aprendemos uns com os outros que mesmo o espaço simples da sala de aula pode se transformar em um lugar lúdico cheio de conteúdos cognitivos importantes para o nosso desenvolvimento. Descobrimos que todos os espaços são passiveis de aprendizado desde que se tenha um pouquinho de tempo para que se dedique a esses espaços um olhar que não seja apenas escolar, mas um olhar que seja de aventura, curiosidade. Somente assim poderemos atrair a atenção dos nossos alunos seja pra uma aula de teatro, de alfabetização, de biologia ou de educação física.

Ainda pensando no tempo passeamos por eras antigas e, do cambriano ao atual, conhecemos dinossauros, fósseis, grandes pensadores, filósofos, cientistas e engenhos. Revisitamos nosso passado comum e relembramos um mundo achatado que hoje demora para deixar de ser quadrado. Quadrado em seus pensamentos egoístas, quadrado na sua miséria e riqueza, quadrado nas suas guerras e devastações. Só nos damos conta de que somos gente que faz parte de um todo chamado Terra quando conseguimos contemplá-la como um todo. Com essa visita, não sei se fui só eu, mas fiquei mais um pouco consciente do nosso pequenino tamanho e da nossa imensa importância em preservar um planeta cuja natureza insiste em sobreviver a tantos maus tratos. Cada imagem me tornava mais consciente do tamanho do meu papel de educadora frente a tantos desafios eminentes na sala de aula. Sou responsável por cada pensamento que ajudo a construir em meus alunos. Somos responsáveis pelo nosso planeta.

Compartilhamos outros tempos e espaços, outros modos de ver e ouvir. Nunca me serviu tão bem o título da pesquisa da professora Clarice, compartilhamos “outros modos de olhar, outras palavras para ver e dizer, diferentes modos de ensinar e aprender: exercitando a docência na contemporaneidade.”. Nossas aulas enriqueceram minhas teorias, fortaleceram as minhas práticas e me ensinaram que diferentes áreas aprendem de maneiras diferentes, mas todas podem aprender juntas.



Mais um semestre chega ao fim e nós sempre paramos para refletir sobre o que ficou de significativo.

E, com certeza, esta disciplina foi para a pasta do memorial. Pois, em todas as aulas foi possível levar algo que refletirá em nosso caminho como professor.

Para terminar, deixo este texto como mensagem de encerramento...

Beijos e até!






O giz e o bisturi
(Celso Antunes)


Giz e bisturi são instrumentos que diferem muito.

Um é metálico, outro não. O giz tem duração limitada, enquanto um bom bisturi pode durar bastante. O giz custa quase nada e por isso quando utilizado, restos não aproveitados são jogados fora ou se transformam em artefatos de guerras na brincadeira entre alunos, o bisturi é caro e seu uso implica em assepsia e cuidado. Não se pode conceber professor sem giz, mesmo em espaços onde se anuncia lousa eletrônica, não se pode pensar cirurgião sem bisturi, apesar de toda tecnologia e avanço que caracteriza um moderno centro cirúrgico.

Mas, giz e bisturi possuem também alguma analogia.

São apenas instrumentos e nada podem sem ação e intenção de quem os usa. Um giz largado e esquecido na margem da lousa não serve para quase nada, não ensina ninguém; um bisturi guardado em seu belo estojo ou esquecido em mesa cirúrgica não salva paciente, não ajuda a preservar vida de quem quer que seja. O giz sem o professor é quase nada, o bisturi distante do cirurgião possui discutível utilidade. O que torna o giz capaz de pensamentos e a ousadia da compreensão e da significação é seu uso pelo professor, o que torna o bisturi recurso essencial de salvação e, muitas vezes, esperança de preservação de vida é o cirurgião.

É por essa razão que o bisturi reúne em sua insensibilidade material o tudo ou o nada, o poder ou a ausência. Por igual motivo, também o giz é recurso mineral que sem o manejo do mestre é peça inútil ou faz milagres ao sensibilizar razões, determinar esperanças. Um bisturi mal usado é um perigo e se transforma em arma, mas não será por acaso uma arma também o giz mal utilizado?

Médicos admiráveis são verdadeiros santos em sala cirúrgica com bisturi na mão; mestres essenciais são mágicos autênticos em sala de aula, segurando o giz. Impossível saber qual recurso é mais importante; mas facilmente comparável sua grandeza quando envolvem intenções sinceras, propósitos essenciais.

Um grande professor em sala de aula e manejando seu giz é como um médico essencial, em centro cirúrgico, com bisturi na mão.



Tempos e espaços escolares: atravessar fronteiras, construir novas narrativas


A cadeira termina e sempre é bom esse gostinho de "quero mais", para continuar pensando, continuar em movimento... Com certeza, aprendemos muito nesse semestre. Aprender com o outro sempre é muito bom. Que cada um, como futuro professor/professora continue a querendo reinventar a escola e a educação.

Deixo aqui um trecho do texto que discutimos em nossas primeras aulas do semestre:

"(...) a educação está em crise. Crise esta que poderia ser resumida pelo fato de que muitos estudantes apresnetam resistência à maneira como recebem o ensino na escola e pelo fato de que muitos professores não querem aprender outro modo de ensinar diferente do que sempre utilizaram. Por isso aumenta a cada dia a distância entre o sentir e o pensar dos professores e dos alunos. Para transformar este círculo vicioso em um círculo virtuoso, penso que hoje, mais do que nunca, o professorado precisa revisar o que constituiu os fundamentos de sua prática e criar novas maneiras de conhecer e de relacionar-se com o conhecimento e com os aprendizes. Isso pressupõe ultrapassar os limites do que parece aceitável, de modo que possamos repensar e transgredir, para criar novas narrativas e experiências de aprendizagem que venham a ter sentido" (Hernández, Fernando. Catadores da cultura visual: proposta para uma nova narrativa educacional. Porto Alegre: mediação, 2007. p. 16).

Imagem: cenas da visita da turma a Bienal do Mercosul, setembro 2007.
Pode ter certeza que esta cadeira foi muito diferente de todas as outras que ja tive na faced.
prof. Lu está de parabéns, olha, 4 anos ali dentro e é a primeira vez que conheço meus colegas de sala, sei de qual enfase cada um é, e vou ficar com saudades!
gostei da idéia de continuar... mas infelizmente ja estou caindo fora da facul.. mas se der, aproveitem!!!!
com certeza me modifiquei, como aluna, como professora, como atriz, como artista, como colega, como ser.
obrigada
beijo

ah! gostaria de agradecer aos colegas que NÃO são do teatro, pois nós que somos do teatro também temos muitooooo pra aprender com vocês. e esta troca que o tempos e espaços escolares permitiu não tem preço. obrigada.
bom gente, era isso.
foi muito divertido mesmooooooooo
Sofia E Daniela agradecem sua participação...

quem quiser sua foto avisa que eu mando
sofiaschul@yahoo.com.br





beijossssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss
so e dani

MAIS PROFES!!!

mais profes...
quem quiser lembrar qual tipo era, depois coloco o nome na foto...

beijossss





Antes tarde do que nunca... QUE TIPO DE PROFESSOR EU SOU???

Pois então?
Que tipo de professor nós somos?
Como nossos alunos nos veem?
Quais informações estão presentes em nosso corpo e na maneira de dar aula que não estamos acostumados a perceber?

Usando nossos sentidos, começamos a ligar as anteninhas para olhar para nós mesmos... e por que não brincar com isso?
Descubra o professor que existe preso dentro de você!
Invente um novo professor!!!

Utilize e brinque em sala de aula com o SER PROFESSOR!!!
E sejam bem-vindos ao mundo licenciado...
Boa diversão.








terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Constantin Stanislavski

Pessoal, eu sou meio lenta nesse negócio aqui, mas aí vai um pouco sobre dois dos teóricos que vocês nunca tinham ouvido falar e que são muito importantes p/ quem faz teatro. Uma coisa que esqueci de falar e só me dei conta no final da aula quando o Mark me comentou que nós tb não conhecemos aqueles negócios de biologia que eles estudam lá no curso deles é o seguinte. Eu posso não saber o conteúdo da faculdade de biologia, ou química ou que for, mas eu tive biologia no colégio e eu conheço o básico sobre ela. Assim como química, física, literatura, etc. E esses teóricos que eu trouxe na aula são o básico do teatro, ou seja, esperava que pelo menos eles fossem ensinados ou introduzidos, que seja, na escola, para que as pessoas que vão cursar engenharia ou outro curso no qual nunca mais verão isto, pelo menos saibam quem foram estes caras e o que eles fizeram. Besos a todos. Betina.

Constantin Stanislavski, em russo Константин Сергеевич Станиславский, (Moscou, 5 de janeiro de 1863Moscou, 7 de agosto de 1938) foi um ator russo.
Ator desde os catorze anos, foi um dos fundadores do Teatro de Arte de Moscou, criador do Sistema Stanislavski de atuação realista, ainda hoje básico na arte da representação.
Nascido numa família rica, sua primeira apresentação ocorreu quando ainda tinha sete anos. Logo no início de sua carreira (provavelmente com o intuito de preservar o nome da família, posto que a atividade do ator não era bem vista), adotou o sobrenome Stanislavski. Em algumas traduções seu nome é escrito ‘Konstantin Stanislavsky”.
Em 1888, Stanislavski fundou a Sociedade Literária e Artística do Teatro de Maly, onde ganhou experiência de palco e atuação. Dez anos depois, foi co-fundador do Teatro de Arte de Moscou (MKhAT), junto a Vladimir Nemirovich-Danchenko. Ali foi diretor de Anton Chekhov, que tornou-se-lhe discípulo. A peça A Gaivota foi das primeiras apresentações de ambos, ali.
Ali, no Teatro de Arte, foi que começou a desenvolver o seu famoso “Sistema Stanislavski”, baseado na tradição realista de Aleksandr Pushkin. (freqüentemente chamado “método”, isto na verdade é uma imprecisão técnica, pois o Método foi desenvolvido a partir daquele).

O sistema Stanislavski

Quando começou a atuar, Stanislavski estava às voltas com duas formas distintas de representação, que marcaram a evolução desta arte no século XIX: o teatro tradicional (bastante estilizado, onde o ator exibia gestos nada realistas) e a técnica recém-surgida de representação realista.
O diretor observou, então, os grandes atores de seu tempo, além de contar com as próprias experiências. Constatou que aqueles intérpretes agiam de forma natural e intuitiva – mas que nada havia capaz de traduzir suas atuações em palavras, que fosse capaz de perpetuar aquele conhecimento. Resolveu, portanto, criar um sistema que, com o seu nome, passou às gerações futuras e ainda hoje serve de base para a formação de todo bom ator.
O núcleo deste sistema está na chamada “atuação verossímil”, uma série de técnicas e princípios que hoje são considerados fundamentais para o desempenho do ator.
Ao contrário da percepção de naturalidade que observara, descobriu que a atuação realista era, em verdade, muito artificial e difícil - e que somente seria adquirido mediante uma série de estudos e práticas, que compilou.
Ele disse:
Todos os nossos atos, mesmo os mais simples, aqueles que estamos acostumados em nosso cotidiano, são desligados quando surgimos na ribalta, diante de uma platéia de mil pessoas. Isso é por que é necessário se corrigir e aprender novamente a andar, sentar, ou deitar. É necessário a auto-reeducação para, no palco, olhar e ver, escutar e ouvir.

Vsevolod Emilievitch Meyerhold

Vsevolod Emilevich Meyerhold, (em russo Всеволод Эмильевич Мейерхольд) Penza Russia 28 janeiro de 1874 - 2 de fevereiro de 1940. Nome artístico de Karl Kazimir Theodor Meyerhold, conhecido apenas por Meyerhold, um grande ator de teatro e um dos mais importantes diretores e teóricos de teatro da primeira metade do século vinte.

Vsevolod Meyerhold
Executado sumariamente pela ditadura stalinista, sob a acusação de trotskismo e formalismo os seus trabalhos artísticos e escritos estiveram banidos até 1955, quando foi reabilitado pela corte suprema da antiga URSS.
Entre 1898 e 1902 participa do Teatro de Arte de Moscou, como um dos principais atores da companhia de Stanislavsky e Vladimir Nemirovich-Danchenko. Em 1905 dirige por um ano o Estudio de Teatro, um anexo do Teatro de Arte de Moscou (TAM), a convite do próprio Stanislavsky. Durante sua vida artística experimenta várias formas de teatro, sendo mais conhecido pelos exercícios de intepretaçao da sua biomecânica e por seu trabalho de experimentaçao teatral, influenciando os principais encenadores do século XX.

Técnica da Biomecânica

O ápice das pesquisas ensejadas por Vsevolod Meyerhold foi a teoria que denominou de biomecânica, recurso que, de maneira genérica, transformava o corpo do ator em uma ferramenta, um títere a serviço da mente. As atuações pelo método da biomecânica possuíam movimentos amplos, exagerados (mas não supérfluos) e tensos, incrivelmente tensos. A capacidade comunicativa dos gestos e expressões, ou seja, a linguagem corporal, dentro da biomecânica, subjugou a linguagem oral a ponto de muitas entonações serem feitas de forma quase que inflexível. Dentro da biomecânica o cinético e o estático têm valores semelhantes, tal qual nos teatros populares nipônicos. E o corpo do ator é entendido como mais um objeto de cena, portanto sua disposição em relação ao cenário tem importante papel como elemento de comunicação visual. Por essas razões, outros elementos típicos do teatro de Meyerhold, como a iluminação, cenário e figurino estilizados e antinaturalistas são essenciais para o perfeito funcionamento da biomecânica. O cineasta, ex-aluno e amigo de Meyerhold, Sergei Eisenstein, utilizou a técnica da biomecânica em seus filmes Ivan, o Terrível Parte I e Ivan, o Terrível Parte II.

FINAL FELIZ!!!

Enfim! Um final feliz na FACED. Cansei de terminar semestres e ouvir apenas lamentações e reclamações sobre as cadeiras da FACED. Mas... Atravessamos a fornteira do tempo e conhecemos novos espaços! Parabéns a todos!!! Essa nossa ligação só é possívle pelo empenho e participação de todos nós. Que permaneçamos unidos assim.

As declarações aqui expostas, são emocionantes e descrevem bem o que vivemos! Vamos pedir junto ao DEC Atravessando fronteiras II??

Nosso primeiro (assim espero) encontro informal de confraternização acontecerá na última aula. Um pic nic especial. Conto com a presença de vocês!

ai pessoal ta acabando...

Bom... estou enviando o endereço do meu seriado quem puder assista!!!
www.nats.com.br
Beijinhus e até o pic-nic...

Obs: Foi um semestre maravilhoso e uma das melhores disciplina que eu já fiz na faced...
Concordo!!!
Acho que esta cadeira deveria ter continuação. Ainda temos muito o q explorar...
Prof. Luciana...fica ai a sugestão!! Quem sabe?!?!?!
beijinhus p todos!!
Todos preparados para o pic nic?

Essa disciplina pra mim tambem...

Achei muito legal tudo o que o colega Claudio falou. Realmente essa disciplina enriqueceu muito as nossas manhas de quinta e as nossas vidas tambem. Concordo com o que o colega disse sobre o pessoal do teatro. Foi muito legal essa convivencia, pois foi quebrado aquele paradgma de "aulas da faced". Conhecer pessoas de outras areas de verdade (sim, pois cada um contava um pouco de sua vida em cada aula), e nao ficarmos só naquela de o professor explicar, o aluno anotar e entregar um trabalho no final do semestre. As saidas que foram feitas tambem foi um grande estimulo a nossa futura carreira docente, pois, pelo menos pra mim, abriu um leque de opçoes para trabalhar com os alunos de maneira que nao a convencional. Gostaria de agradecer a professora por ter proporcionada esse semestre tao proveitoso, que com certeza nos adicionou muito em termos de ensino...

domingo, 9 de dezembro de 2007

Esta disciplina para mim foi...

Esta matéria foi, em especial, muito importante para mim. Apesar de, por enquanto, não trabalhar em uma escola de “ensino convencional”, sempre atuei na área da educação, seja na igreja, seja em palestras, seja com alunos particulares, seja com grupos de jovens, etc. Aprendi bastante sobre métodos e como usar melhor o tempo (in)disponível e os espaços físicos (in)disponíveis. Porém, para mim, mais importante do que isso, foi ter a própria consciência sobre educação reformulada, através de nossos muitos debates e troca de informações e experiências com outros alunos, estes, com mais ou menos vivência, com realidades diferentes, enfim, numa maravilhosa diversidade. Aliás, esta é uma boa palavra para tentar sintetizar o que tivemos neste semestre.

O fato de a professora a lecionar a matéria ser da área de Artes, facilitou, a meu ver, e muito, o ministrar da mesma, ao ponto de eu ainda não conseguir imaginar um professor de outra área o fazendo. Também penso que a elevada quantidade de alunos de Artes deu uma acrescentada positiva na matéria, pois esta, não tem como ser “convencional”, pois ela foi feita para quebrar paradigmas e estereótipos já consagrados na educação, e possivelmente, os futuros artistas tem uma habilidade um tanto quanto “nata” de fazê-lo. Mas de forma nenhuma quero invalidar a participação dos alunos de outras áreas, pois os mesmo contribuiriam e muito no perfeito desencadear da matéria.

Posso destacar ainda, como muito positivo, as visitas que a turma fez. Além da proposta didática em si, tanto referente à matéria, tanto ao exemplo de como fazer com nossos futuros alunos, esses momentos resultaram em cooperar numa maior proximidade da turma, fato este que posso validar com o seguinte exemplo: das 10 matérias que faço apenas esta vai fazer uma despedida formal, com a presença do professor. No meu ponto de vista, isso é totalmente válido, pois uma das propostas de atravessar as fronteiras da educação é fazer a distancia entre intruendo e intrutor e até entre alunos e alunos dimunir, o que realmente aconteceu nesta disciplina.

O blog foi uma idéia genial, pois foi um excelente exemplo prático de que o espaço e o tempo foram atravessados por nós, pois não foi necessário um espaço na escola para se discutir idéias e nem um horário específico, mas o trocar de informações ocorreu, de qualquer lugar em qualquer hora.
Em síntese, esta matéria foi para mim, realmente, a melhor que fiz este semestre. A proposta didática foi excelente e o conteúdo em nenhum momento deixou a desejar. Houve até o anseio por “Atravessando Fronteiras II – O Retorno...”. Talvez esta disciplina ansiada fique no mundo das idéias, mas esta missão de atravessar as fronteiras da educação, na prática diária destes alunos-professores, certamente existirá no mundo real, e a cada ano, dia após dia, faremos com nossos instruendos o “Atravessando Fronteiras II, III, IV, V... a missão, o retorno, a conquista, o “nunca morre...”.

Enfim, o que aprendi certamente será repassado a muitos, e se depender de mim, ou melhor, como depende de mim, as barreiras do tradicionalismo, do “sempre foi feito assim... Por que mudar?” cairão por terra!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Aí vai um vídeo do grupo Seguridad Social, é uma versão em espanhol de "Acuarela".

http://www.youtube.com/watch?v=IsSuaRSs5XM

Abraço.
Final de semestre e chegamos a mais um momento complicado: a avaliação.
Sempre me angustio quando o tema é ver o tempo de trabalho, pensar no processo desenvolvido pelo aluno ao longo do semestre e no meu trajeto como educadora.
Dá angustia, mesmo. Converso com outros colegas e sinto que, para muita gente, essa é uma das tarefas mais complicados.
Sei lá sempre penso mil vezes e bate aquele medo de ser injusta. Os alunos se empenharam no semestre? Eu me empenhei? Planejei e propiciei momentos de reflexão? Fui "catalisadora" no processo de construção de conhecimentos dos educandos.
Ai, são tantas variáveis. Há tanto que aprender!!!!
Li as postagens das meninas falando um pouco sobre suas experiências e sobre si mesmas. Escutei uma vez mais "Aquarela" e me deu vontade de partilhar com vocês um de meus anseios.

Abraço, Anelise.
Em nossa última aula tivemos a presença do Marcelo que conversou com a gente sobre cinema.
O trabalho foi bem interessante, ele abordou vários tópicos sobre o tema em questão, mas o que mais me chamou a atenção foi o curta que assistimos.
Pra mim foi um grande presente e não pude deixar de buscá-lo na internet.
Fiquei encantada com esse exemplo de algo que não precisa passar pelo nosso entendimento cognitivo. Nossa sensibilidade foi tocada e nos permitimos deixar simplesmente sentir.
Quem não viu. Veja!!!!!! E quem já viu pode ver de novo.
Abaixo deixo o endereço do curta no youtube.

http://www.youtube.com/watch?v=P7-XXhQ5n90

Espero que vocês possam olhá-lo sem preocupação, deixem-se tocar.

Abraço,

Anelise

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Outros tempos e espaços


Arte, mulheres - outros modos de ver, outros tempos e espaços.
A experiência deste congresso foi excelente. Um congresso acadêmico, mas extremamente político. Deslocar-se no tempo e espaço, conhecer outras culturas e pessoas, faz com que olhemos para nós mesmos de modo diferente. Aprendemos não só sobre os outros, mas sobre nós mesmos.
Como professores/professoras, independentemente da área na qual atuamos, e independentemente do tempo de formação, não podemos nunca esquecer de que continuamos aprendendo...

Dúvida???

Estou com uma dúvida....
o texto que escrevemos sobre a disciplina é para ser enviado pelo blog ou entregamos por escrito???
me respondam...beijinhus Camila!!

Gostaria de dividir com vocês!!!

Semana passada meu alunos do colégio de Aplicação da UFRGS se apresentaram no Salão de Atos.
*Música e Cidadania no CAp*
Corre, corre...professores nervosos e alunos apavorados!!!!
A hora da grande apresentação estava chegando!!!
Não sei se vcs se lembram mas comentei algumas vezes sobre eles...
Tivemos algumas dificuldades, brigas e graças a Deus muitos momentos maravilhosos!!!!!
Um grande problema que enfrentamos era o de como transpor o nosso espetáculo ensaiado nas salas do colégio para o palco do Salão de Atos.
Muitos nunca tinham entrado no Salão e sequer imaginavam o tamanho do palco.
Conversamos muitas vezes, trabalhamos a questão espacial, mas dito e feito...no ensaio geral todos se apavoraram e não sabiam onde ficar, o que fazer, para onde olhar, onde por as mãos....
Conversamos e experimentamos muitas situações, até encontrarmos uma solução ideal.
Tinhamos superado uma dificuldade. Nos habituar naquele novo espaço e conseguir adaptar o nosso espetáculo ao espaço físico do teatro.
Mas infelizmente descobrimos outro: O espetáculo durava 3 horas. Nenhum pai, mãe, tio...iriam aguentar ficar horas olhando para algo chato...
Foi ai que o pessoal se esforçou mais ainda. Tínhamos que dar mais vida a tudo que estávamos fazendo e tornar agradável para quem estivesse assistindo.
Trabalhamos muuuuuuuito até o grande dia!!! Figurinos e cenários prontos....todos maquiados e aquecidos para entrar em cena!!!
Começa o espetáculo....o corre corre aumenta, mas tudo termina bem!!!!
Todos terminam a noite felizes e emocionados.
Mas ai aconteceu uma coisa que me chamou a atenção. Ouvi um pai dizer que estava esperando mais uma "apresentaçãozinha de escola" e que tinha assistido a um "espetáculo" e que se soubesse que ia ser tão lindo e divertido ele teria convidado mais gente para assistir!!!
Como é bom ouvir que o nosso trabalho é valorizado, ouvir que as pessoas gostaram do que assistiram. Mas me pergunto....O que é para esse pai uma apresentaçãozinha de colégio? E por qnto tempo os professores continuarão expondo seus alunos em apresentações sem sentido ou desinteressantes???



sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Sobre educação

Faz tempo que não postamos nada. Estive no Encontro Internacional de Educação. Tive decepções e felicidades. Decepções pelo descaso de algumas pessoas com respeito à educação. Felicidade em perceber o quanto, ao contrário do exemplo anterior, pessoas esforçadas modificam seus espaços escolares, avançam o tempo da educação e se mobilizam para construir uma sociedade mais justa e consciente de seus papéis.

A música a seguir sempre me ajuda a lembrar e ter coragem para cumprir o meu juramento de professora. Quando não funciona para isto, me ajuda a lembrar das coisas boas de um tempo passado, sem medo, colorido, cheio de sonhos, um tempo chamado infância. Tempo que
eu desejo que todos tenham a oportunidade de viver. Se não foi na idade "correta" que seja na vida adulta, mas que aconteça. A infância é um tempo de vida que deve ser preservado. As crianças precisam de educadores capazes de valorizar esse período e torná-lo cotidiano mesmo depois que a gente cresce. Deixo para vocês, no embalo de aquarela, um convite a sermos e fazermos infância, nos nossos futuros alunos e em nós mesmos.

http://www.laboratoriodedesenhos.com.br/aquarela.htm

domingo, 18 de novembro de 2007

Por falar em Terra ...

http://www.youtube.com/watch?v=c-66lZRtRkQ
http://www.youtube.com/watch?v=Ylgg-WPRHgg

Olá turma !

Para que todos conheçam e comentem qual dos dois vídeos são mais significativos.
Tem um que algumas imagens estereotipadas me encomandam mas os dois valem a pena de serem vistos. A música acho muito bela.
Esta canção foi muito pertinente quando Caetano estava em exílio ( Londres), quem souber de mais informações a esse respeito...por enquanto esta é minha referência poética musical para a nossa visita a Exposição Visões daTerra no Museu da UFRGS.

Abraços

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Entrevista

Alguem chegou a ler esta entrevisat nu site da copesul???

Confiram ai...

Rualdo Menegat
O geólogo Rualdo Menegat , professor do Departamento de Paleontologia e Estratigrafia do Instituto de Geociências da UFRGS, é o curador do projeto Visões da Terra – entre deuses e máquinas, qual o lugar da humanidade no mundo em que vivemos?, que será inaugurado em agosto, no Museu da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Menegat conversou com a equipe do site Copesul Cultural por e-mail e explicou um pouco mais da exposição que tem como objetivo apresentar as diferentes modalidades cognitivas que a humanidade desenvolveu ao longo da história.


1) Qual é o objetivo principal da exposição Visões da Terra – entre deuses e máquinas, qual o lugar da humanidade no mundo em que vivemos?
O objetivo principal é apresentar ao público as diferentes modalidades cognitivas que a humanidade desenvolveu ao longo da história para entender a Terra e o mundo em que vive. Por meio de catorze módulos, serão abordadas visões que vão desde o mito e as primeiras representações racionais elaboradas pelos gregos antigos até os mais modernos modelos científicos do planeta, feitos por supercomputadores e imagens de satélite. A exposição destina-se a efetuar um diálogo entre as visões, de modo que cada visitante possa elaborar a sua e entender o quanto é importante nos dias atuais termos uma visão da Terra para podermos pensar a sustentabilidade humana, já que somos mais de 6,5 bilhões de habitantes.

2) Como retratar, através de uma exposição, o lugar do homem no mundo?
A idéia de que a humanidade ainda vive dentro de uma natureza de forma ingênua não é mais válida. Trazemos em nossa memória cultural as histórias de nossos avós e bisavós, que viveram numa época em que eles adentravam nas matas e podiam ver antas, leões baios, cotias, capivaras e muitos pássaros. Hoje, mais da metade da população mundial vive em cidades, ou seja, somos mais de 3,5 bilhões de seres humanos urbanos. A relação da humanidade com a natureza dá-se hoje em outra escala, que é aquela das gigantescas cidades, como por exemplo, da megacidade que vai desde Berlim-Amsterdã até Paris-Londres. Nesse curto eixo, moram mais de cem milhões de pessoas. Além da impressionante aglomeração humana, as cidades constituem-se em complexos aparatos tecnológicos e industriais que diariamente consomem milhões de toneladas de materiais extraídos da natureza e devolvem milhões de toneladas de resíduos tóxicos e perigosos. Para mostrar essa nova condição humana que já não tem mais nada a ver com a cultura que herdamos de nossos avós, precisamos da ajuda da ciência e da tecnologia. Por meio de uma impressionante museografia científico-cultural, os visitantes terão acesso a visões do planeta que não são cotidianas, mas que importam para que cada um desenvolva noções de escala e, portanto, possa entender de forma mais realista o lugar da humanidade no mundo em que vivemos. Essa visão científica contemporânea será contrastada com outros tipos de visões, como aquelas do renascimento, quando foi pensada a primeira viagem científica ao centro da Terra, ou quando foi descoberto que o planeta era muito mais antigo do que a idade descrita pelos contos bíblicos. Essas abordagens, embora historicamente datadas, também fazem parte do esforço cognitivo humano para entender o mundo e ainda são, portanto, presentes. Isso porque cada um de nós como indivíduo também passa pelas mesmas fases cognitivas que a humanidade desenvolveu. Na tenra infância temos um tipo de cognição que se aproxima do mito, onde não diferenciamos o eu do mundo. Também em algum momento tivemos dificuldade de entender como é possível caminhar numa Terra esférica sem cair dela. Ou de como se formam vulcões e terremotos. Assim, por meio de técnicas museográficas , vamos reviver os grandes momentos cognitivos da história humana e, ao mesmo tempo, dialogar com os visitantes e suas visões de mundo, que dependem do estágio cognitivo em que se encontram.

3) Quais são os eixos que norteiam o projeto?
Ajudar os cidadãos e cidadãs a construírem uma visão de mundo atual, que possa dialogar com os grandes problemas contemporâneos, como o gigantismo da humanidade urbana, a exaustão incessante dos bens naturais e as mudanças climáticas são eixos norteadores do projeto. Como os cidadãos podem acreditar que a humanidade tem capacidade de alterar a atmosfera se a imaginam como um imenso e infinito colchão de ar sobre suas cabeças? Teremos maior efetividade em mostrar como a humanidade se equiparou a uma força natural quando visualizamos uma imagem da Terra obtida no espaço exibindo a atmosfera como uma película delgadíssima. A exposição, portanto, pretende ser um espaço de discussão de idéias sobre a cognição do mundo. Ela não pretende apresentar uma visão pronta, mas dialogar as formas que temos de perceber o planeta. Isso porque sabemos que, quando tratamos de visões de mundo, cada indivíduo, cada cultura, cada religião tem um ponto de partida diferenciado. A questão atual é saber como podemos convergir esses pontos de vista para que possamos construir uma cultura comum de sustentabilidade planetária. A exposição tem essa ambição: criar um espaço de diálogo transdisciplinar e transcultural, do qual a ciência faz parte.

4) Há alguma relação entre este projeto e o Homem-natureza: cultura, biodiversidade e sustentabilidade, realizado no ano passado em mais uma parceria entre a Copesul e a UFRGS?
A relação que existe é a de que ambos discutem a sustentabilidade, ou seja, colocam uma finalidade para o conhecimento científico para além do atavismo tecnológico. Como sabemos, cada área científica, cada cultura tem um ponto de partida para abordar o problema da sustentabilidade. A bela exposição Homem-natureza abordou o tema sob o importante ponto de vista da biosfera e, de modo mais particular, da botânica. A exposição Visões da Terra aborda a sustentabilidade de um ponto de vista do planeta e suas esferas, desde as mais profundas, como o núcleo e o manto, até as mais superficiais, como a hidrosfera e a atmosfera, de sorte a localizar a biosfera e, nela, a poderosa urbe-tecnosfera, constituída pela cidade-múndi. Além disso, essa visão atual da Terra como sistema de esferas que interagem é colocada dentro de uma perspectiva histórica, epistemológica e cognitiva, de sorte a gerar interfaces interdisciplinares e dialogar profundamente com todas as visões. Assim, esperamos que as visões geológicas da Terra possam ajudar na construção de uma cultura da sustentabilidade.

apenas visões da terra...

Apenas para apreciar as diferentes visões da terra...








quarta-feira, 31 de outubro de 2007

“O programa científico da Revolução Industrial”



Coube a mim buscar algo sobre “O programa científico da Revolução Industrial”. Confesso que ao receber o tema não me entusiasmei muito. Pareceu algo bem chato. Mas depois, buscando informações passou a parecer até interessante.

Não encontrei nada com a denominação “programa científico”, por isso comento de modo breve e simples alguns pontos chaves da revolução industrial e, no final, falo um pouquinho sobre o lugar da ciência nesse período.

As informações encontradas abaixo são fruto de uma pesquisa na internet, de lembranças minhas (do tempo de colégio) e de alguma ou outra conversa breve com amigos.

A Revolução Industrial, como o próprio nome já indica, foi um período no qual ocorreram transformações extremamente importantes na vida humana. A primeira idéia que me vem à mente quando penso no nome “revolução industrial” é aquela lembrança do surgimento da máquina a vapor.

Dessa lembrança podemos partir para uma idéia geral sobre esse momento histórico: a saída de um período marcado pelo trabalho artesanal para um novo, o da indústria, da produção em série e em larga escala.

O homem que antes ganhava pelo produto por ele criado e vendido passa a vender o próprio trabalho. Cresce a indústria mecanizada e com ela os campos são abandonados, o lugar do novo é a cidade onde se concentra a grande possibilidade de trabalho: a fábrica. Com o trabalho novo vem também horas e horas exaustivas gastas em trabalhos repetitivos que objetivavam o crescimento econômico das nações. As altas exigências sobre os trabalhadores gerarão, posteriormente, revoltas.

Nesse novo cenário, a ciência tem um lugar privilegiado. É através dela que vem o progresso. O desenvolvimento tecnológico é visto neste período como algo prático, capaz de ser aplicado em prol do crescimento.

O caráter de aplicação prática da ciência faz com que o cientista transforme-se em inventor. Sim, porque o progresso precisa da ciência, mas de uma ciência capaz de fornecer os meios, os equipamentos, as invenções necessárias para a promoção do crescimento. Nesse sentido, o valor da ciência torna-se mais explícito.

Através do uso da energia agora em forma mecânica criam-se as máquinas a vapor, desenvolvem-se os transportes aquático e ferroviário, surgem o telégrafo (que permite a comunicação a distância), o pára-raios, a pilha, a lâmpada elétrica, entre outros tantos inventos capazes de revolucionar a vida.

E assim temos o surgimento de um homem novo, aquele que acredita ser capaz de dominar a natureza. Sendo assim já não havia mais lugar para a religião, e a ciência (e também o método empírico) são as grandes estrelas do momento.

A Terra como sistema na era da informação








Olá, pessoal!






A seguir, tem a opinião de um entre doze pensadores que refletiram sobre a educação do futuro, mais precisamente, daqui a 25 anos. Achei que casou bem com o título acima, o qual recebi para realizar uma pesquisa e colocar no blog.





Gilson Schwartz



" Abriu o e-mail e baixou o santo.


Era de um professor e pesquisador brasileiro que trabalhava em uma escola de ensino médio no Senegal, enviado em 14 de julho de 2030. Será que é spam?



Assunto: Funcionou!


Data do envio: 14 de julho de 2030


De: Professor Fernando Spin (spin2030@spina frica.org)


Para: Jonas Yoruba


C/C: Sinapse, edição especial, julho, 2003



valeu muito vc ter blogado teu lance com os hiphackers. estamos usando super por aqui. a rede sobre saúde e desnutrição já tem versões traduzidas para 15 dialetos africanos, resultado da cooperação entre escolas de tribos que, há pouco mais de 20 anos, se matavam pelas ruas. é incrível, mas funcionou: usamos praticamente as mesmas técnicas que tinham funcionado - o quê, uns mais de 15 anos atrás, né?, com a moçada no Rio e em Sampa.
tem um monte de gente dizendo por aí (deve ser coisa do Steve em Oxford, aquele velho maluco!) que vamos faturar o Nobel da Paz. acham que as nossas redes de aprendizado foram o "elo perdido" que permitiu a eliminação da Aids na África.
lembra do Moussa, do Senegal? ele deu o primeiro alerta, era uma tese de doutorado no início do século, dizia que Aids era lida como "síndrome americana contra o amor entre os africanos".
rolaram então vários projetos muito em cima dos blogs em que escolas e telecentros do Brasil agitavam aquele papo tipo Paulo Freire digital. e a moçada... sem chance, sem chance! taí, foi 10! :-) sem falar na onda de mestrados e doutorados que saíram da história (ou melhor, entraram nela!).
meu, foram aqueles blogs da Bahia que colocaram as escolas da perifa em contato com uma rede de conhecimentos sobre desnutrição, violência e direitos digitais.
e esse Nobel, hein? será mesmo que levamos? tão dizendo que seria entregue para a Luara, aquela líder angolana que puxou as conexões entre escolas, sindicatos e postos de saúde. uma visionária sem diploma que multiplicou por mil o número de diplomas em práticas de saúde no país.
olha, te dou a notícia em primeira mão: estou saindo da África, depois de dez anos de trabalho por aqui. 65 anos... acabo de receber um convite para participar da montagem de uma rede entre escolas e cavernas digitais na Índia. claro, o fato de não terem ainda resolvido o problema da fome por lá também me anima a encarar o novo desafio. acho que o nosso Paulo Freire digital ainda tem muito a fazer! se funcionou em São Paulo, no Brasil e na África, tem que dar certo na Índia também!
desculpa te mandar um e-mail tão longo em vez de acionar o nosso bom e velho videofax, mas neste exato momento estou participando de uma videoconferência com 3.000 escolas públicas que desenvolvem projetos sociais. é meio que a formatura da moçada. o canal de vídeo ficou pesado demais e só dá para mandar e-mail. essa infra continua não dando conta do recado! @$!*&!
AQUELE abraço "



[Gilson Schwartz , 43, é economista e sociólogo. É diretor acadêmico da Cidade do Conhecimento do Instituto de Estudos Avançados da USP (www.cidade.usp.br ). É membro do comitê diretor da Rede Internacional de Pesquisa sobre Inteligência Coletiva para o Desenvolvimento Humano, coordenada por Pierre Lévy, da Universidade de Ottawa.]





Esta opinião e mais dos outros pensadores você encontra disponível em:









A sumida!!

Gostaria de saber sobre as últimas postagens...o q houve na última aula??
naum pude ir pq estava gravando um seriado, mas gostaria de saber...
principalmente o q combinaram sobre a ida ao museu da ufrgs para ver a exposição visões da terra...
temos que levar algo, ou fazer algo???
beijinhus

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Planeta Terra...



Da perspectiva na Terra, o nosso planeta parece ser grande e robusto, com um oceano interminável de ar. Do espaço, os astronautas muitas vezes têm a impressão de que a Terra é pequena, e tem uma fina e frágil camada de atmosfera. Para um viajante do espaço, as características que distinguem a Terra são as águas azuis, as massas de terra verdes e castanhas, e o conjunto de nuvens brancas contra um fundo negro.


Muitos sonham em viajar pelo espaço e ver as maravilhas do universo. Na realidade, todos nós somos viajantes espaciais. A nossa nave é o planeta Terra, viajando a uma velocidade de 108.000 quilômetros (67.000 milhas) por hora.







Planeta Terra visto da Lua (NASA Terra & Aqua Satellites).


A Terra é o terceiro planeta a contar do Sol, a uma distância de 150 milhões de quilômetros (93,2 milhões de milhas). Demora 365,256 dias para girar em volta do Sol e 23.9345 horas para a Terra efetuar uma rotação completa. Tem um diâmetro de 12.756 quilômetros (7.973 milhas), apenas poucas centenas de quilômetros maior que o de Vênus. A nossa atmosfera é composta por 78% de azoto, 21 % de oxigênio e 1 % de outros componentes. A Terra é o único planeta conhecido, do sistema solar, a abrigar vida.

O núcleo do nosso planeta, de níquel-ferro fundido, girando rapidamente, provoca um extenso campo magnético que, junto com a atmosfera, nos protege de praticamente toda a radiação prejudicial vinda do Sol e outras estrelas. A atmosfera da Terra nos protege dos meteoros, cuja maioria se queima antes de poder atingir a superfície.

Vale apreciar este espetáculo!
O nascer do Sol visto do espaço. Nesta foto (à direita) observa-se parte da energia solar espalhada pelos resíduos liberados pela erupção vulcânica do Monte Pinatubo, nas Filipinas, em junho de 1991. A faixa negra, entre os resíduos e a Terra, é formada por aerossóis compostos de cristais de ácido sulfúrico.




Imagem do Brasil!!!

Olá colegas copiem o link e colem no navegador, relacionado com o tema :
A história mosaica: o mundo acossado pelo dilúvio universal.

http://br.youtube.com/watch?v=aH9gyn4D_7o

Juliana
http://br.youtube.com/watch?v=aH9gyn4D_7o
A história mosaica: o mundo acossado pelo dilúvio universal

Na Idade Média, a visão bíblica de mundo predominava. Nela, a Terra foi criada por vontade de Deus, o qual poderia interferir na história humana e natural. o Gênesis relata o surgimento do mundo, dos animais e do homem. Este, como ser supremo, seria predestinado a dominar e povoar o mundo, fazendo uso dos bens naturais. Grandes catástrofes, como o dilúvio universal que levou Noé a fazer uma arca, são apresentadas com intervenções do criador para corrigir o curso da história humana. em uma descrição seminal dessa visão, está a obra A Divina Comédia(1307-21), de Dante Alighieri, na qual é relatada pormenorizadamente uma viagem pelo Inferno, Purgatório e céu. Mas o conhecimento naturalista dessa época expressa-se com vigor nos livros da sábia Hildebarg de Bingen(1098-1179), para quem Deus, a Terra e o homem estariam estreitamente conectados.

No princípio, Deus criou o céu e a terra.....(Gen.,1,1)

No ano seiscentos da vida de Noé,...jorraram todas as fontes do abismo e abriram-se as comportas do céu.

Hildebard de Bingen
A terra, o cosmo e a mística de Hildebarg de Bingen(1098-1179). Exemplo do espírito feminino da idade média, ela estudava botânica, zoologia e mineralogia. Possuía uma grande visão cosmo-teológica que se refletia em suas idéias sobre a criação do mundo e do homem e, também sobre a saúde e o sentido da vida.

"A terra é também mãe; mãe de tudo o que é natural, mãe de tudo o que é humano. Ela é mãe de tudo, porque contém em si as sementes de tudo.(...) Contém a unidade e o poder de fazer germinar...É frutífera em múltiplos modos. Nela tudo tem origem."
Hildebard de Bingen(1098-1179)


" O ser humano foi criado com a terra. todos os elementos se vinculam ao homem e , enquanto ele vive, eles o ajudam em sua vida diária. E o ser humano se ocupa com eles. A terra dá sua energia vital, de acordo com a naturaza e os hábitos de cada pessoa'.


"Homem, observa bem o homem: ele tem o céu, a terra e todas as criaturas já em si mesmo e é um todo".

Dante Alighieri

Dante nasceu em Florença, na Itália, em uma época em que se construíam grandes catedrais e realizavam-se Cruzadas. Contemporâneo de Tomás de Aquino, ele foi um importante pensador de sua época. em seu poema A Divina Comédia, misturou cosmologia, naturalismo, filosofia e teologia, sintetizando a visão medieval de mundo. a obra foi organizada em três livros - Inferno, Purgatório e Paraíso - cada qual com 33 cantos.

O barranco derrubado esculpia vários caminhos íngremes e irregulares da beira do precipício até embaixo, permitindo a descida com dificuldade
Dante Alighieri


Juliana, Mariana e Daniel

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Visões da Terra




Desde o início do semestre temos feito discussões sobre novas possibilidades de tempos e espaços escolares. Explorar outros espaços educacionais fora da escola é uma dessas possibilidades. Que tipo de aulas podemos criar a partir da visita a um museu? Que interfaces interdisciplinares são possíveis? O que uma exposição sobre "Visões da Terra" pode ter a ver com as diferentes disciplinas na escola?




Como vemos a Terra? Como habitamos esse lugar? De que forma a humanidade se vê entre deuses e máquinas? O que temos a ver com tudo isso? Vamos descobrir?




Exposição Visões da Terra - Entre Deuses e Máquinas - qual o lugar da humanidade no mundo em que vivemos - Museu da UFRGS - de 31/08 a 30/12/2007.

domingo, 28 de outubro de 2007

Os movimentos da Crosta Terrestre

A teoria da Tectônica de placas - que revolucionou as geociências assim como a teoria da origem das espécies modificou as Biociências e as teorias da Relatividade e da Gravitação universal mudaram os conceitos de física - nasceu quando surgiram os primeiros mapas das linhas das costas atlânticas da América do Sul e da África. Em 1620, Francis Bacon, filósofo inglês, apontou o perfeito encaixe entre essas duas costas e levantou a hipótese, pela primeira vez historicamente registrada, de que estes continentes estiveram unidos no passado. Nos séculos que se seguiram, esta idéia foi diversas vezes retomada, porém raramente com argumentação científica que lhe desse suporte teórico.

A origem da tectônica de placas ocorreu no início do século XX com as idéias visionárias do cientista alemão Alfred Wegener, que se dedicou a estudos metereológicos, astrônomos, geofísicos e paleontológicos principalmente. Wegener passou grandes períodos de sua vida nas regiões geladas da Groenlândia fazendo observações metereológicas e misturando atividades de pesquisa com aventuras. Entretanto sua verdadeira paixão era a comprovação da uma idéia, baseada na observação de um mapa-mundi nos quais as linhas de costa atlântica atuais da América do Sul e África se encaixaram como um grande quebra-cabeça, em que todos os continentes poderiam se aglutinar. Para explicar estas coincidências, Wegener imaginou que os continentes poderiam, um dia, terem estado unidos e posteriormente terem sido separados. Ele chamou o supercontinente de Pangea (Pan significa todos e Gea Terra) que iniciou sua separação a cerca de 220 milhões de anos em dois continentes chamados de Laurásia e Gondwana. Mas como ele chegou a essas conclusões?

Quando esteve na Groenlândia ele mediu o ângulo de incidência de um mesmo ponto com o sol e descobri que a cada ano que fazia essa marcação o ângulo se alterava, ou seja, algo estava se mexendo! Mas existia uma evidência biológica muito mais valiosa para conseguir chegar a essa conclusão, afinal muitos outros fatores poderiam estar influenciando os ângulos de incidência. Mas que evidência seria essa? Foram encontrados fósseis de Glossopteris (tipo de gimnosperma primitiva) em regiões da África e Brasil, cuja ocorrência se correlacionava perfeitamente, ao se juntarem os continentes. Outros fósseis também foram encontrados em regiões diversas do Brasil, em especial no Rio Grande do Sul foi encontrado um grande mamífero que também foi encontrado no Sul da China! Como estas árvores e animais teriam conseguido atravessar o oceano atlântico? Seria possível ir a nado, ou dispersão de sementes a milhares de quilômetros? Ele também trouxe outra evidência muito relevante, a glaciação de regiões do Sul e Sudeste do Brasil, Sul da África, Índia, Oeste da Austrália e Antártica, sugerindo que essas porções da terra estariam cobertas por camadas de gelo, portanto estariam submetidos ao clima polar, ou seja, todas essas extensões estariam no pólo sul. Como exemplo, no Rio Grande do Sul não existe registros fósseis de anfíbios e répteis, porque na explosão populacional evolutiva desses organismos (Devoniano e Carbonífero) ele estava localizado muito próximo pólo Sul.

Em 1915, Wegener reuniu todas as evidências que encontrou para justificar a teoria da Deriva Continental, o que para ele já seriam provas convincentes, em um livro denominado A origem dos Continentes e Oceanos. Entretanto ele não conseguiu responder a questões fundamentais, como por exemplo: que forças seriam capazes de mover os imensos blocos continentais? Como uma crosta rígida como a continental deslizaria sobre uma outra crosta rígida como a ocêanica, sem que fossem quebradas pelo atrito? Infelizmente naquela época as propriedades plásticas da astenosfera (camada abaixo da litosfera ou crosta terrestre, que não apresenta solidez pelo calor do núcleo da terra) não eram ainda conhecidas, o que o impediu de explicar sua teoria. Após sua morte em 1930, passou quase vinte anos esquecidas suas idéias, pelo não acontecimento da construção de uma explicação lógica e aceitável.

Após a segunda guerra mundial, com grande avanço de sonares por razão das batalhas marinhas em todos os oceanos contra os submarinos, se tinha instrumentos para conseguir mapear o fundo dos oceanos. Acreditava-se que o fundo do mar nada mais era, que planaltos e planícies monótonas. Porém, descobriu-se que existiam grandes fossas e trincheiras, havendo grande amplitude e diferentes formas estruturais da crosta oceânica. A cartografia da cadeia Meso-Oceânica realizada pelas universidades de Columbia e Princeton (EUA) mostrou a existência de uma cadeia de montanhas submarina no Oceano Atlântico. Essa cadeia emerge na região da Islândia, e apresentam 84000 km de extensão, de até 1000 km de largura e diferentes alturas por terem sido descobertos vales e riftes em sua extensão. Posteriormente foi constatado um fluxo térmico nas áreas contíguas de crosta oceânica com forte atividade sísmica e vulcânica. O mais importante aqui era que esta cadeia meso-oceânica dividia a crosta submarina em duas partes, podendo representar, portanto, a ruptura ou a cicatriz produzida durante a separação dos continentes. Se assim fosse, a teoria da Deriva Continental poderia ser aceita.

No final dos anos 50 foram feitos aperfeiçoamentos da geocronologia (estudo da idade das rochas) que constatou algo diferente do que se pensava. Acreditava-se que as rochas no fundo dos oceanos seriam muito antigas, porém viu-se que, existiam rochas muito jovens com menos de 20 milhões de anos nas cadeias submarinas. As rochas mais próximas das cadeias são muito jovens e as mais próximas dos continentes são mais antigas. Mas como isso seria possível? Outros pesquisadores descobriram anomalias positivas e negativas nos campos magnéticos e constataram que isso acontecia pela extrusão de lava no fundo do oceano. Em palavras mais simples, os campos se alternam pela saída de lava do manto, ou seja, pela expansão e de aumento da massa nas regiões onde a lava saiu. Com esses dados Harry Hess na década de 60, propôs que o material magmático ao entrar em contato com a superfície, se movimentaria lateralmente e o fundo oceânico se afastaria dorsalmente. A fenda existente na crista dorsal não continua a crescer porque o espaço deixado pelo material que saiu para formar a nova crosta oceânica é preenchido por nova lava, que, ao se solidificarem, formam um novo fundo oceânico. A continuidade desse processo produziria, portanto, a expansão do assoalho oceânico. A deriva continental e a expansão do fundo dos oceanos seriam assim uma conseqüência das correntes de convecção.

Assim, em função da expansão do fundo oceânico os continentes viajariam como passageiros fixos em placas como se estivessem em esteiras rolantes. Com a continuidade do processo de geração de crosta oceânica, em algum outro local deveria haver um consumo ou destruição desta crosta, caso contrário a Terra expandiria. A destruição da crosta oceânica mais antiga ocorreria nas chamadas zonas de subducção, que seriam locais onde a crosta oceânica mais densa mergulharia para o interior da Terra até atingir condições de pressão e temperaturas suficientes para sofrer fusão e ser incorporada novamente ao manto.


http://www.youtube.com/watch?v=QXzjSZ1qapI

Falta ainda as imagens e filmes. Em breve...

quinta-feira, 25 de outubro de 2007


Na última quinta, nosso grupo trabalhou com vocês uma oficina sobre leitura. Logo abaixo colocamos indicações de leitura na internet que tratam dos temas leitura e letramento.

Dêem uma olhada! São textos interessantes.


"LETRAR É MAIS QUE ALFABETIZAR" - Entrevista com Magda Becker Soares.
http://intervox.nce.ufrj.br/~edpaes/magda.htm

"A importância do ato de ler" – Texto de Paulo Freire
http://extralibris.info/artigo/146


“O ato de ler e escrever deve começar a partir de uma compreensão muito abrangente do ato de ler o mundo, coisa que os seres humanos fazem antes de ler a palavra.

Até mesmo historicamente, os seres humanos primeiro mudaram o mundo, depois revelaram o mundo e a seguir escreveram as palavras.”

Paulo Freire

terça-feira, 23 de outubro de 2007

A Vida teve uma longa evolução, que começou há 6,5 bilhões de anos, Desde o Big Bang, a grande explosão que deu origem a Terra e ao Universo. A vida começou na terra há 3,5 bilhões de anos, no periodo Arqueano. No começo, tudo na terra era rocha derretida, que, depois de algum tempo, se solidificou e formou a superficíe terrestre. Naquela época haviam muitas erupções vulcânicas, e por essa razão, a atmosfera da terra era tóxica. Houve um grande periodo de chuvas, que durou milhões de anos, e as partes de terra que ficaram emersas formaram os continentes.As primeiras formas de vida do planeta foram os Procariontes, formas de vida unicelares que continham DNA, a célula fundamental da vida. Depois dos Procariontes, vieram os Eucariontes que já eram organismos multicelulares e mais complexos, continham um núcleo e organelas. Tempos depois, surgiram os vermes achatados e criaturas invertebradas mais complexas, como os Trilobitas. De pequenos seres chamados conodontes, surgiram os peixes, que se tornaram no Devoniano os donos dos mares, e que por alguma razão desconhecida, talvez em busca de alimentos ou para fugir de predadores, alguns peixes começaram a sair para a terra firme, e deram origem aos anfíbios que podiam andar na terra, mas nescessitavam viver em pântanos pois não sobreviviam muito tempo fora da água. Os anfíbios evoluiram aos répteis, que viviam sem dependência da água e dos répteis evoluiram os sinapsídeos, ancestrais dos mamíferos, que se permaneceram escondidos durante o longo reinado dos dinossauros até se tornarem os donos do mundo.
Essa é a explicação cientifica que temos da evoluçao da Terra e da vida, agora gostaria de falar sobre isso de um outro ponto de vista...
A evolução humana
Esta manhã eu “coloquei” roupas para esconder as imperfeições que eu não queria mostrar.Quando você me vê, totalmente vestido, você não pode ver minhas pintas, cicatrizes ou machucados. Eles estão escondidos.Sorrio para esconder minhas tristezas. Demonstro atitudes polidas para esconder as atitudes errôneas que tive a capacidade de engendrar.Me faço mais apresentável porque em meu âmago escondo meus defeitos.Meu carro possante e brilhante são a couraça que recobre a minha inferioridade.Palavras bonitas para esconder palavrões que solto quando meu ego é atingido. Sou a perfeita imperfeição disfarçado na imagem do bom moço.Quantas são as "cirurgias plásticas" que fiz para negar a mim mesmo o horror que tenho da morte, da velhice? Quero o meu belo corpo sempre, idolatro as boas formas físicas, semrugas, imbátiveis frente à passagem do tempo.Hipocrisia é o lema para parecer melhor, mais bonito, mais apresentável, mais humano, daquilo que a minha animalidade, minha instintividade, minha mesquinhez, meus ataques ególatras de fato são.Não choro para não demonstrar minha verdadeira condição de fraco como qualquer um. Digo "não" ao auxílio de outrem só para demonstrar que estou por cima do controle de meus problemas e nada me atinge.Nego a Deus para não me submeter a nenhum ser superior a mim, mas de fato sou um rastejante verme da lama imunda dessa sociedade mentirosa e exigente quanto à forma e sem importância alguma ao conteúdo.Sou a casca social: bonito por fora, podre por dentro.Minhas gravatas italianas disfarçam o engolir a seco quando a minha consciência prega peças momentâneas, cobrando-me integridade, humanidade, honestidade e verdade.As marcas mais famosas apenas denotam que corro atrás da imagem, não me importando com a funcionalidade, utilidade ou qualidade.A minha sede de poder me faz uma ave de rapina, um trator que esmaga tudo à sua frente.Este é o estado evolutivo que a sociedade moderna chegou. Século XXI e corações de bárbaros.O "Juizo Final" está decretado pela própria ilusão humana de sentir-se a raça superior.
Achei essa passagem na internet e achei muito interessante para discutir a evolução humana. Será que podemos chamar de evolução o que presenciamos no cotidiano de nossas vidas? Pessoas que interpretam papeis para esconder a mediocridade da vida real, fingindo ser o que não sao para se manter em um pedestal imaginário. Por que a vida tem que ser vivida dessa maneira? Não seria mais simples descermos do pedestal e viver como pessoas "normais"?