quarta-feira, 29 de junho de 2011
Giselle Beiguelman.
Giselle Beiguelman é artista digital e pesquisadora sobre a temática. O conceito de cibridismo que uso para dar base à pesquisa é desenvolvido por ela no artigo “Admirável Mundo Cíbrido“, em alusão à obra de Aldous Huxley “Admirável Mundo Novo”.
É a teoria de que, hoje em dia, estamos constantemente em um limiar não mundo bem definido entre as realidades virtual e física. A intersecção pode acontecer tanto por aparatos simples, como os celulares, quanto com tecnologias que aparentam ser muito mais complexas, como a realidade aumentada.
fonte: http://www.123people.com.br/ext/frm?ti=personensuche%20telefonbuch&search_term=giselle%20beiguelman&search_country=BR&st=suche%20nach%20personen&target_url=http%3A%2F%2Fculturadigital.br%2Fartedocibridismo%2Fentrevistas%2Fgiselle-beiguelman%2F§ion=bing&wrt_id=683
Vejam esse video!! cibridismo
Entrevista de seu processo criativo e o espaço da CIDADE
".... Guia Folha - Como criou as imagens "riscadas" do filme?
Giselle Beiguelman - Eu gravei o Minhocão em cima e embaixo e, no trabalho, temos uma noção que nunca temos: conseguir andar no Minhocão em cima e embaixo ao mesmo tempo. As imagens foram captadas com uma câmera de vídeo em alta definição. E foram editadas em um programa muito antigo, de edição de gif animado, o primeiro formato de vídeo para a internet. Isolei os frames, coloquei cada um quadro a quadro dentro do programa em séries de 15 imagens. Eu tive que restaurar esse programa. Há anos eu queria trabalhar com isso, mas ele não funciona mais nos computadores hoje. Por milagre eu consegui restaurá-lo em um computador." ...mais em :fonte: http://guia.folha.com.br/exposicoes/ult10048u862363.shtml
Toby Christian pós visita ao Agora/Ágora
Relembrando, encontramos duas obras em que a parede sofreu intervenção, na primeira "sentimos" o "beliscão" que a parede tomou, e numa outra obra, observamos que a parede foi amordaçada. Comentários que surgiram:
- Podemos ver o remendo na parede, podemos ver esse "bastidor" da obra, que é perceber onde está o gesso, onde começa e termina a colagem para criar o efeito de que a parede foi amassada, está sendo comprimida. Dessa maneira diminui nossa fé nesta obra, ou seja, acreditamos pouco na proposta (sim? não?); será que é proposital mostrar claramente a intervenção? Ficou falso?
- Noutra obra, observamos a parede sofrendo um beliscão, deixando de ser a parede para parecer pele... Um objeto cotidiano que modifica a estrutura parede e determina uma nova leitura. Vimos a flexibilidade da parede...
Concluindo, tenho a impressão de que Toby Christian realmente alcança seu objetivo, que é provocar o CONFRONTO no conceito de arte, trazer a INTERVENÇÃO NO ESPAÇO, dar valor ao MÍNIMO, ser irônico e trazer STATUS à peça.
Neste site, poderás ter maior acesso ao trabalho do artista:
http://barogaleria.com/artista/toby-christian/
Deslocamentos errantes, numa tarde fria
terça-feira, 28 de junho de 2011
Saint Clair Cemin
Como cada pessoa tem o seu ponto de vista, as vezes o que eu enxergo não necessariamente será o que eu consigo fazer enxergar, mas de qualquer maneira fica o registro.
Até daqui a pouco no Santander.
Exposição AGORA ÁGORA - no Santander
É um espaço de interação criativa na web. Uma experiência de colaboração sobre um mundo de sobreposições, em que ideias e atos tem fragmentos de encontro no tempo e no espaço. AGORA / ÁGORA é sobre uma arte urgente e sobre usar criticamente as tecnologias de rede.
O projeto “Agora/Ágora – Criação e transgressão em rede” apresenta formato inédito no circuito cultural brasileiro. O público é convidado a observar e interagir em dois espaços – o real e o virtual – que têm suas características próprias mas também se expandem e potencializam pela mistura e combinação.
Participam 14 artistas.
Saint Clair Cemin
O escultor nasceu em Cruz Alta-RS em 1951, mas desde lá ganhou o mundo tendo trabalhado e vivido em Paris, Nova Iorque, Porto Alegre e, mais recentemente, Pequim, onde tem criado peças com marcadas influências orientais. Participa da mostra com a série de desenhos "Tudo é Vaidade, Tudo é Plenitude" e com as escultuas "Tension", "Say no to Plato", "The Three Graces", "The Legend of Coffee" e "Lady and a Lyon II".
Site do Artista: http://saintclaircemin.com/No Santander Cultural de 26 de maio a 7 de agosto.
Rua Sete de Setembro, 1028
Praça da Alfândega
Porto Alegre
http://www.agora.art.br/
http://www.facebook.com/agora.agora
http://twitter.com/#!/agora_agora
http://redeagora.wordpress.com/
Ana Holck
Formada em Arquiteta e Urbanismo pela UFRJ, mestre em História pela PUC-RJ, e doutoranda em Linguagens Visuais pela EBA-URRJ. Realiza desde 2001 mostras individuais. O vocabulário geométrico, a ocupação do espaço por instalações de grande formato estabelecem um dialogo com arquitetura. Procura modificar a relação entre as pessoas e as coisas, ou seja, provocar um impacto não apenas no olhar, mas também no corpo de quem olha.
Suas principais mostras individuais são "Notas sobre Obras", Mercedes Viegas Arte Contemporânea e Galeria Virgilio (2006); "Canteiro de Obras", Paço das Artes (2006); "Elevados", Paço Imperial (2005); e “Quarteirão”, Centro Universitário Mariantonia (2004). Participou das coletivas Trilhas do Desejo, Rumos Itaú Cultural (2009); Borderless Generation, Korea Foundation, Seul (2009); e Nova Arte Nova, CCBB (2008). Em 2010 é artista convidada pelo projeto Os Amigos da Gravura, no Museu da Chácara do Céu.
Fotografia sobre backlight
http://www.anaholck.com/
http://g1.globo.com/platb/maquinadeescrever/2010/10/12/arte-de-ana-holck-busca-impacto-no-corpo/
Frantz
Site do Artista: http://koralle.com.br/arte/frantz/
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=_gaxNx3A3uk
http://redeagora.wordpress.com/2011/05/20/bate-papo-com-frantz-durante-a-montagem-de-sua-obra/
http://www.agora.art.br/#/simultaneo-instantaneo
segunda-feira, 27 de junho de 2011
WAGNER MORALES
ESTE É A DESCRIÇÃO DE UM DE SEUS TRABALHOS - ÁGUA.
série de registros fotográficos produzidas no litoral norte de São Paulo. O trabalho consiste em uma série de esculturas feitas de mangueiras plásticas e água. Dispostas na praia, rente ao mar, as esculturas formavam desenhos da areia. Tais desenhos foram fotografados e deixados no local até a sua destruição pela maré.WATER DRAWINGS
Caio Reisewitz
Caio Reisewitz explora as relações entre registro documental e arte, e também entre o político e o estético. Os espaços arquitetônicos são fotografados e justapostos de modo a revelar a carga simbólica e política ali existente. Paulistano, vive e trabalha na cidade em que nasceu, no ano de 1967. É o artista que tem o maior número de obras na mostra AGORA ÁGORA.
Parte da entrevista no Blog do Instituto Sérgio Motta:
"A fotografia de paisagem muitas vezes se revela um registro mais fácil e ao mesmo tempo difícil, porque muitas vezes, a paisagem se revela um todo sob os olhos do fotógrafo. Em seu trabalho vê-se muito o registro de paisagens tanto urbanas quanto selvagens. Existe um motivo para essa escolha?
Procuro fazer um registro, e nada mais. Outro dia aqui em São Paulo, navegando sobre o Rio Tiête, visitando a obra de um artista amigo, fiquei observando, que saem algumas bolhas de gaz daquela sopa densa que é o rio Tiête. Aquelas bolhas tem uma relação com a nossa cidade. Aquilo que merecemos e que somos. Quando penso num registro de paisagem urbana ou selvagem penso naquilo que me move e que me cutuca. Essas bolhas são um exemplo disso."
Fonte:
Site exposição AGORA ÁGORA: http://www.agora.art.br/#/simultaneo-instantane
Blog Instituto Sérgio Motta: http://blog.premiosergiomotta.org.br/2008/05/16/entrevista-com-caio-reisewitz-nao-tem-coisa-certa/
Acessos: 27 de junho de 2011.
Visita a exposiçao AGORA/ÁGORA
Mas, para nao deixar os colegas desapontados com um post que nao cumpre a funçao que deveria, aproveito para sugerir 2 videos. Ambos fazem parte da série OBRA REVELADA, de JORGE COLI.
Neles, Daiane dos Santos e Fabricio Carpinejar escolhem suas obras favoritas em Porto Alegre e falam sobre elas de maneira pessoal e afetiva. Vale muito a pena.
OBRA REVELADA - Daiane dos Santos
http://www.youtube.com/watch?v=Bn1W1vXLg2s
OBRA REVELADA - Fabrício Carpinejar
http://www.youtube.com/watch?v=AsTwTfQCbbo
Lea Van Steen
Iniciou sua carreira no audiovisual em produção de cinema, direção de publicidade e atualmente também desenvolve um trabalho mais autoral em curtas, documentários e video-arte.
Participa da exposição AGORA/ÁGORA com uma obra conjunta com Raquel Kogan.
Nesse vídeo as artistas falam um pouco spbre o trabalho em exposição:
http://www.youtube.com/watch?v=fjs4zFNi02w
(http://www.leavansteen.com)
http://www.youtube.com/watch?v=HWRfG8_plKo
referências:
http://www.itaucultural.org.br/
http://www.leavansteen.com/
http://www.santandercultural.com.br/
Infinito ao Cubo - Rejane Cantoni e Leonardo Crescenti - SP - Brasil
Leonardo Crescenti é artista e arquiteto. Investiga e desenvolve projetos em várias mídias e suportes, além de atuar também no ramo da fotografia. Como cineasta, realizou treze curtas-metragens e recebeu mais de 30 prêmios.
ARTIVISTA - Um calunga inserido
O artivista encontra na arte um convite à militância, seja ela política, ecológica, social ou espiritual, expressando através da literatura, pintura, escultura, teatro, cinema, música, performance os seus pontos de vista e leituras sobre a vida e o mundo. Muitas vezes o artivista se encontra inserido na arte de rua ou arte urbana, fazendo uso de espaços públicos, como praças, calçadas, muros, passarelas, pontes, e espaços privados, como outdoors de publicidade, metrôs e cabines telefônicas, para deixar sua mensagem. Registros do artivismo também podem ser encontrados nos meios eletrônicos de comunicação, como rádio, televisão e internet.
Artivistas reconhecidos:
Arnaldo Antunes
Banksy
Jean-Michel Basquiat
Jan Švankmajer
John Fekner
Poro
Tom Zé
Shima
Sacha Baron Cohen
Tibor Kalman
Viajou sem Passaporte
Fonte:Wikipédia, a enciclopédia livre.
Rommulo Vieira da Conceição
Mais um artista que está participando da mostra Ágora/Agora do Santander Cultural que vamos visitar amanhã, terça-feira, dia 28/06/2011: Rommulo Vieira da Conceição.
A pesquisa sobre esse artista foi feita pelo colega André Vieira que me mandou o texto, já que não conseguiu postar no blog:
Comentários sobre o Artista Rommulo Vieira da Conceição
Rommulo é professor pesquisador do Instituto de Geociências da UFRGS, paralelamente, desenvolve trabalhos relacionados com a arte. O artista comenta que há muito tempo realiza trabalhos de pinturas e desenhos, e, da mesma forma, realizou pequenas intervenções e exposições em outros países como Austrália e Finlândia, mas somente a partir do ano de 2000 ele próprio se reconhece como artista.
Em despretensiosa entrevista, ele ensina que para se conhecer um artista é necessário conhecer os trabalhos do mesmo, o que na maioria das vezes segue uma tendência ou estilo no modo de se expressar. Falando de si, afirma que busca um referencial teórico no período Medieval e no renascimento, e revela grande admiração pelo pintor e arquiteto italiano Giotto Di Bondone (Florença, 1337).
Em relação às suas obras diz ter preferência em realizar intervenções em 3D, acredita ter mais habilidade para tanto, mas produz também obras em 2D, e que em todas as suas produções tudo nasce a partir de um desenho. Possui uma visível paixão por figuras que trabalham em perspectiva, trazendo com isso a idéia de que tudo é relativo, e que o sentido dado à obra depende de como você a enxerga disparando um “gatilho” dentro das pessoas fazendo-as refletir, mas confessa que nem todos se propõe a isso. Diante disso, é necessário que se diga que o artista ainda faz uma curiosa e intrigante relação, diz que: “ A ciência e a arte possui muito mais semelhanças do que se pode imaginar...”
Rommulo possui uma página na internet – “www.rommulo.com”. Nessa página é possível encontrar o local onde o artista esta expondo ou intervindo, instalações antigas, imagens, desenhos, pinturas, textos, etc. Atualmente esta com uma intervenção no Santander Cultural – AGORA/ÁGORA CRIAÇÃO E TRANSGRESSÃO EM REDE; E na Plataforma – Espaço de Criação – EXPERIMENTO ZERO.
Fonte: O próprio artista.
domingo, 26 de junho de 2011
Toby Christian
sábado, 25 de junho de 2011
De origem canadense, nascida no Quebec, vive desde a década de 70 nos Estados Unidos.
Possui trabalhos individuais, mas também participa de projetos maiores e interdisciplinares. Trabalha com video arte, site specific, videoinstalação e intervenção em espaços públicos.
Na presente exposição Agora Ágora, Perry participa com a viedeoinstalação "Man with a movie camera: The Global Remake" . A artista faz uma obra de criação em rede com a participação de dezenas de artistas ao redor do mundo. Sua proposta é realizar remakes, ou seja, versões autorais do clássico filme documentário russo homônimo, de Dziga Vertov, realizado em 1929 e fundador de recursos de linguagem cinematográfica usados desde então. Ela possui um projeto colaborativo na web que está em constante crescimento. O elenco de artistas que realiza versões desse clássico da cinematografia mundial não para de crescer.
“Man With A Movie Camera:
The Global Remake”, 2007.
http://www.youtube.com/perrybard
http://perrybard.net/portfolio.html
http://www.flickr.com/photos/15718313@N04/2040386988
http://hemi.nyu.edu/hemi/en/visual-art/item/201-09-perry-bard
Sites pesquisados:
http://videotage.org.hk/wikitopia/?p=2410
http://perrybard.net/portfolio.html
http://www.agora.art.br/#/simultaneo-instantaneo
http://www.mercerunion.org/show.asp?show_id=243
http://www.santander.com.br/document/wps/institucional_sala_press_maio11_011.pdf
Frantz Fanon
Frantz Fanon (1925-1961) nasceu na ilha de Martinica, território francês situado na América Central. Ainda jovem, durante a Segunda Guerra, percorreu a África do Norte como soldado. Em 1946, inscreve-se na Faculdade de Medicina de Lyon na França e aproveita sua estadia também para adquirir uma formação sólida em filosofia e literatura, seguindo cursos de Jean Lacroix e de Merlau-Ponty, bem como, lendo obras de Sartre, Kierkegaard, Hegel, Marx, Lenin, Husserl e Heidegger, entre outras. Após terminar o curso de medicina em 1951, retorna a Martinica e mais tarde volta para a África, tornando-se médico-chefe na clínica psiquiátrica de Blida-Joinville. Torna-se argelino engajando-se com os argelinos na luta pela libertação do país que sofria o jugo colonial francês desde 1830. Por várias vezes participou de congressos pan-africanos como membro da delegação da Argélia, tornando-se um importante porta-voz do país. Contraindo leucemia em 1960, continua suas atividades intelectuais vindo a morrer em dezembro de 1961. A independência da Argélia ocorrerá no ano seguinte, em 1962.
Utilizando o conceito de alienação desenvolvido por Hegel e Marx, Fanon analisa os mecanismos de dominação na formação da consciência do povo colonizado, destacando os dois pólos antagônicos na situação colonial: o colonizador e o colonizado. Em “Os Condenados da Terra” escreve:
"é o colonizador quem tem feito e continua a fazer o colonizado. O colonizador tira sua verdade, isto é, seus bens, do sistema colonial.”
Este antagonismo é acentuado pelo racismo contra o colonizado, tido como preguiçoso, impulsivo e selvagem. O colonizado introjeta a dominação vivendo um complexo em que passa a negar-se como negro a fim de se pretender um "negro-branco". Escreve Fanon:
"Todo povo colonizado, isto é, todo povo no seio do qual nasce um complexo de inferioridade, de colocar no túmulo a originalidade cultural local - se situa frente-a-frente à linguagem da nação civilizadora, isto é, da cultura metropolitana. O colonizado se fará tanto mais evadido de sua terra quanto mais ele terá feito seus os valores culturais da metrópole. Ele será tanto mais branco quanto mais tiver rejeitado sua negrura...”
Em “Os condenados da Terra” encontramos um livro de impacto considerável para geração dos anos 60. Alimentou os ideais de transformação e construção de uma sociedade melhor na Argélia e por toda a África. Um livro revelador para a massa colonizada, pois mostrava quem lhes feria a pele e a alma e lhes negava o ser. Uma das pedras angulares na luta anticolonial, sobretudo porque apontava para a descolonização e a inevitabilidade da revolução na África, na Ásia e na América.
Segundo Fanon, o colonizado à medida que compreendia a força que lhes negava o ser explodia em fúria. Entendia que o trabalho do colono é tornar impossível até seus sonhos de liberdade. Ele descobre o real, que dá movimento a sua praxis, no seu projeto de libertação.
Para Sartre, Fanon mostrou o caminho, foi porta-voz dos combatentes, reclamou união, a unidade do continente africano contra todas as discórdias e todos os particularismos.
Fanon conduz a população colonizada na compreensão das artimanhas da colonização. Explica que entre os métodos empreendidos pelo colono é a alienação colonial que tinha o objetivo de convencer os indígenas de que o colonialismo devia arrancá-los das trevas. Para o colonizado o papel do colono era mantê-lo longe da barbárie e da animalização. Dizia:
“no plano do inconsciente, o colonialismo não pretendia ser visto pelo indígena como uma mãe doce e bondosa que protege o filho contra um ambiente hostil, mas sob a forma de uma mãe que a todo momento impede um filho fundamentalmente perverso de se suicidar, de dar livre curso a seus instintos maléficos. A mãe colonial defende o filho contra ele mesmo, contra seu ego, contra sua fisiologia, sua biologia, sua infelicidade ontológica”.
Numa situação como essa, o trabalho do intelectual colonizado será o de reivindicar o passado de sua cultura nacional, para que assim, haja uma cultura nacional futura. Valorizando o passado, tirando dele a cultura e exibindo todo o seu esplendor.
Segue expondo os detalhes da desagradável estrutura psicológica que atormenta o colonizado. Constata que no período de colonização quando a soma de excitações nocivas ultrapassa um certo limite, as posições defensivas dos colonizados desmoronam, e estes se vêem então em grande número nos hospitais psiquiátricos. Há, portanto, segundo Fanon, nesse período de colonização vitoriosa, uma regular e séria patologia produzida diretamente pela opressão.
Alguns meses antes de morrer Fanon escreve uma carta a Roger Tayeb, seu amigo, em que trata da questão da morte e o sentido da vida. Ele diz que a morte sempre nos acompanha e que "nós não somos nada sobre a terra, se não somos, desde logo, cativos de uma causa, a dos povos, da justiça e da liberdade."
Bibliografia
* Pele Negra, Máscaras Brancas, (1952)
* L'An V de la révolution algérienne, (1959)
* Os Condenados da Terra, (1961)
* Pela Revolução Africana, (1964)
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Com que olhos, olho a escola?
Olho para a escola como vejo uma peça de teatro. A escola é um palco, um cenário onde acontecem várias cenas, onde atuamos como personagens, desempenhamos papéis, funções. Só que quando estamos atuando como o personagem tal, perdemos a liberdade, nos vemos presos nele, como se fôssemos aquilo, mas é apenas um papel e esquecemos que podemos estar em outros papéis também.
Por exemplo, quando o professor está atuando, esquece que um dia já foi aluno e esteve já naquele lugar. E o aluno nem consegue imaginar que um dia, talvez, também pode estar na posição de professor, na posição de alguém que ensina algo.
O professor passa a ver o aluno com os olhos de professor, esquece como é ver com olhos de aluno. Esquece de ver o aluno no mundo dele. Se nós não temos a capacidade de olhar para eles no mundo deles, de se aproximar do mundo deles, quem vai se aproximar deles? E eles vão se aproximar do nosso mundo?
Nas mãos do professor está uma grande responsabilidade. Os mesmos olhos, que podem matar um jardim, podem também dar vida a ele. Com que olhos estamos olhando para o jardim? Com que olhos os professores estão olhando para os alunos?
(cartoon de Francesco Tonucci, Livro Com Olhos de Criança)
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Documentário: " A escola serve para que?"
Documentário: " Pro dia nascer feliz"
Durante a disciplina, falávamos na possibilidade de explorarmos outros espaços que não a sala de aula. No entanto, me questionei sobre a possibilidade de professores e alunos, dependentes apenas um espaço: este chamado "escola" cuja estrutura é precária como o caso da escola de Pernambuco, mostrada por um aluno, onde não há saneamento básico, classes, etc., explorarem outros espaços?
Direção: João Jardim
terça-feira, 21 de junho de 2011
Avaliação - Douglas
Deslocamento Errante ou A Caçada!
Fazendo parte da obra de arte
Rivane Neuenschwander, I Wish Your Wish, 2003. dimensões variáveis, St. Louis Art Museum. |
Foi isso que a artista mineira Rivane Neuenschwander propôs ao executar a obra I wish your wish (Eu desejo o seu desejo, 2003) no New Museum em Nova Iorque. O visitante tinha a possibilidade de escolher uma pulseira de qualquer cor, escrever seu desejo e fixar na parede da sala para que todos pudessem ler, afinal, o nosso desejo pode ser o desejo de outros.
http://www.fortesvilaca.com.br/artista/rivane-neuenschwander/curriculum/
http://www.artinfo.com/news/story/35103/rivane-neuenschwander/
http://www.adelle.com.au/happy-new-year-whats-your-2011-wish
http://www.stephenfriedman.com/#/artists/rivane-neuenschwander/news/rivane-neuenschwander-at-the-new-museum
Falando e mapas aí vai o meu mapa conceitual interdisciplinar
segunda-feira, 20 de junho de 2011
O nosso tempo é AGORA
Explorem o site: http://agora.art.br/
Fonte: http://redeagora.wordpress.com/about/O projeto
Hibridismo, sobreposição, instantaneidade. A vida atual cada vez mais parece caber naquela frase:”tudo ao mesmo tempo, agora”. É para celebrar, interagir e questionar esta característica fundamental de nosso cotidiano que o Santander Cultural de Porto Alegre apresenta o projeto “AGORA / ÁGORA – Criação e transgressão em rede”.
A mudança da percepção do tempo é uma característica do nosso agora. Há muito abandonamos a ilusão de atingir o todo, de ter uma explicação totalizadora de nosso lugar no mundo. Nossa atividade diária é costurar fragmentos, flashes, instantes, em um quebra-cabeças que jamais se completará. Nossa certeza de hoje é nossa dúvida de amanhã. Não existe mais a noção de que o passado explica o presente e iluminará o futuro. A validade das coisas é relativa ao momento que elas habitam.
Essa idéia é o eixo de todo o projeto e, ao mesmo tempo, a temática central da exposição “Agora/Instantâneo/Simultâneo”, curadoria de Angélica de Moraes que reúne 14 artistas nacionais e internacionais em torno da passagem rápida do tempo sobre as coisas e o resultado disso para o entendimento do nosso mundo atual. Todas as obras escolhidas, mesmo nas mídias tradicionais (pintura, escultura, desenho), envolvem esse tema ou foram feitas em meios expressivos que utilizam o tempo (filme, vídeo, fotografia, videoinstalação).
Além da exposição no espaço físico e em cruzamento com ela no espaço virtual, há o lado web do projeto, denominado Ágora, sob coordenação de Giselle Beiguelman e participação de Karla Brunet e Juan Freire. A palavra Ágora define bem sua característica: Ágora, na antiga Grécia, era o local onde os cidadãos se reuniam para resolver os destinos da cidade. Algo que a internet ampliou a nível planetário e que é aqui utilizado como plataforma de discussão de estratégias de criação coletiva de conhecimento e mobilização através das redes sociais. O objetivo é promover e fermentar o pensamento do agora como algo a ser construído coletivamente, a partir de idéias individuais.
O projeto “Agora/Ágora – Criação e transgressão em rede” apresenta formato inédito no circuito cultural brasileiro. O público é convidado a observar e interagir em dois espaços – o real e o virtual – que têm suas características próprias mas também se expandem e potencializam pela mistura e combinação.