terça-feira, 23 de março de 2010

Fora do tubo de ensaio


Aluna do curso de Farmácia e decidida a ser uma profissional da saúde, foi grande a decepção ao final do curso, quando percebi que minha formação foi na maior parte voltada a execução de protocolos, repetitivos e cansativos protocolos...
Repensando minha caminhada até então, comecei a pensar em como me tornar o que realmente queria ser, uma promotora da saúde, e o quanto minha formação havia me distanciado disso. Ficar horas em laboratórios ou em salas fechadas lendo milhões de slides muito pouco colaborou para isso. Filha de professora, comecei a pensar em como a educação poderia ser uma grande ferramenta na promoção da saúde. O primeiro passo foi reavaliar a forma como a educação funcionava dentro do meu próprio curso. Foi grande a minha satisfação ao descobrir que os tempos e espaços criados realmente para educação dentro do meu curso estava sendo criado por alunos. Um pequeno grupo de teatro formado por alunos de diferentes semestres. O grupo cresceu e tornou-se muito mais: um espaço de reflexão, discussão, criação e expressão... aprendemos uns com os outros, pensamos juntos sobre o espaço que nos cerca e em como atuar nele e, entre provas e horas de experimentos, criamos nosso próprio tempo para educação. Atualmente fazemos parte de uma atividade de extenção, o 'Projeto de Inovação Cultural: Libertando a Arte do Conhecimento'. Aproveito a oportunidade para convidar a todos para visitarem nosso blog (que está recém começando) e contribuir, somos incentivadores do intercâmbio entre as áreas e ainda não tivemos oportunidade de diálogo com o pessoal da educação e das artes.

Um comentário:

Guilherme disse...

Nosso desafio como profissionais da educação é exatamente conseguir sair das aulas protocolares, e do livro didático. Se a escola é um espaço em que os alunos devem ser postos para pensar sobre o que os cerca, é de se esperar que eles aprendam a elaborar os próprios protocolos, conhecendo por si mesmos tudo aquilo que molda as suas realidades.