segunda-feira, 8 de março de 2010

2010 - Lá vamos nós de novo!

Sejam bem-vindos a disciplina "Tempos e espaços escolares: atravessando fronteiras"!!

Este blog já faz parte desta disciplina desde 2007/2. Por aqui vais encontrar muitos textos, links, fotos, experiências, projetos etc etc elaborados pelas turmas anteriores. Dá uma olhada, navegue, experimente tudo o que já fizemos nos últimos semestres.

Para começar, uma pergunta para pensar: Quais os tempos e espaços que a escola precisa atravessar em pleno século XXI? Quais são mesmo os espaços escolares?

Uma aula pode acontecer no Parque da Redenção? Um parque pode ser um "espaço escolar"?  Vejam as fotos da nossa última aula do semestre em 2009/1.



4 comentários:

valter disse...

No sec. XXI a escola precisa atravessar os tempos e espaços que foram superados com o sec. XX, mas insistem em permanecer, as instituições modernas e as relações humanas que se dão, na escola principalmente, teimam em se agarrarem nestes vicios de relações de disciplinar as pessoas na prisão do "ter" que competir, submeter-se, deixar pra amnhã, não perder o "tempo". E não passar para o estagio humano do "poder ser" ao inves de sempre "ter que ser" o que a história e o tempo fez com a gente. É com este tempo e com os espaços onde "temos" que se que a educação deve romper.

valter disse...

Acredito que a aula no Parque da Redenção é um rompimento com este espaço escolar onde o "ter" tem primazia sobre os desejos de autonomia do "poder ser" o que se é. A educação deve ser vida, pois é vida e é vivida. Mas a escola tradicionalmente desenha a educação e o conhecimento como um patrimonio unico e exclusivo da escola. A educação é da vida, da cultura, é sentida e não só falada e escrita. A escola da ponte é um exemplo, assim com as aulas na redenção, de espaço escolar sim, pois a educação deve transcender as paredes de qualquer instituição moderna, mesmo que seja necessario rompermos com estes muros.

Guilherme disse...

Creio que os principais limites e tempos que precisam ser atravessados, sejam os da propria escola. O que é aprendido dentro de sala de aula precisa sair de lá e ser aplicavel e aplicado na vida dos alunos. Eles precisam pensar em ciencias, por exemplo, nao só na escola e nem só na hora de fazer o tema de casa. Mas a cada momento que se depara com um organismo que foi visto em aula, ou com um fenomeno fisico ou quimico com que se depare. Eles precisam ver, por exemplo, que portugues é importante para saber se comunicar no dia a dia e não apenas para ir bem em uma materia de peso 3 no vestibular. A principal fronteira a ser rompida (tambem por nos) é a entre o conhecimento escolar (ou academico) e o pratico com que nos defrontamos a cada segundo.

Ana Paula disse...

A escola, como foi dito por muitos em nossa ultima aula, está sendo ou se tornando para muitos alunos um espaço “prisão”, onde eles são apenas receptores de um determinado tipo de conhecimento. Conhecimento esse que são textos decorados para serem dados em sala pelo professor, como se fossem um roteiro de novela onde tudo vai ser visto, sem gerar uma aprendizagem adequada, a curiosidade dos alunos. Alunos como receptores, apenas sentados na frente de uma pessoa, de um quadro, lado a lado, em filas, seja como for. Alunos que estão ali para ouvir e fazer exercícios, e não para pensar, expor suas idéias, ver realmente a aplicação daqueles conteúdos em sua vida, na sua casa, até mesmo na escola pelo pátio, não vendo sentido em tudo aquilo que se escuta e nada se discute.
As fronteiras que queremos atravessar são essas, a da não se ter um diálogo, a de não conhecer seus alunos e o meio em que vivem, e não se interessar por aquelas pessoas, que além de suas famílias agora também nos tem como base de educação, de formação, de exemplo. Dar uma aula não é fácil, nem tudo sai como se quer, e na teoria é muito fácil criticar e por o defeito no trabalho dos outros. Mas também cabe a nós buscar essa quebra de barreiras, buscar mais a integração do aluno com a escola, fazer com ele sinta que aquele espaço também é dele, que também é um outro lar, que ele pode conhecer muitos lugares, descobrir, ter curiosidade, expor suas idéias, que fora daqueles muros a escola também continua, com a ida a uma farmácia, a um supermercado, em parques, exposições outras escolas e ate mesmo no pátio de sua casa, pois qualquer lugar é lugar para poder aprender e descobrir o que o mundo tem para nos mostrar.