É imensa a interferênia do espaço para o teatro. Dentro da escola, é uma ferramenta a ser utilizado com os alunos, inclusive, como atrativo. Alunos que estão acostumados a uma forma convencional, arrastar as classes e cadeiras todos os dias em que a aula é de teatro, e mesmo os que dispõe de uma sala específica para a prática teatral acostumam-se a esta convenção; é aquela sala, daquele jeito, com tais regras... A ruptura destes espaços provoca nestes alunos o gosto da novidade, e o inesperado desperta consequentemente a atenção.
Me pergunto, o quanto essas atividades contribuem para o processo criativo dos alunos? Uma aula de teatro no pátio da escola, com referências completamente diferentes das habituais, onde o espaço não é mais limitado pelas paredes da sala, ele é convencionado a partir de um acordo de grupo, logo, a "inspiração" dentro do trabalho se transforma quando as cores comuns mudam, os sons se intensificam e até o chão muda a textura.
Na última aula, discutimos a questão das artes e a opinião de alguns de que "aula de artes/teatro é brincadeira". Analisando sob este aspecto, a ruptura do espaço convencional pode ser vista como mais uma "brincadeira" do que o próprio desafio. A diferença se dá na resposta dos alunos. Eles souberam aproveitar a proposta?
Ok. Não é só responsabilidade do aluno, O próprio professor deve fazer sua auto-avaliação. A proposta foi bem colocada? Os alunos estavam preparados?
Deixo aqui a reflexão.
Romper com estes espaços, sim. Acredito e vejo resultados. Mas não é fazer pelo fazer, há de se pensar e articular uma proposta fundamentada, bem como perceber a turma que se tem. Afinal...
Aula de teatro pode ser diversão, mas não é brincadeira.
Um comentário:
OI Manoela,
Concordo contigo. Penso que isso que dizes das aulas de teatro se aplicam também a uma aula "séria", ela pode não ter nenhum efeito na formação dos educandos. Como seria uma aula boa para ti?
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