terça-feira, 15 de setembro de 2009

Poeira no espaço

A primeira vez que fui a essa exposição pensei muitas coisas, mas a que mais me tocou foi a sensação de não saber exatamente o que sou. Parece que essa pequena mostra que a astronomia nos traz de nossa pequenez, das infinitas possibilidades de sermos, dessa constante impermanência do universo me faz pensar no sentido da vida (pode parecer piegas, mas talvez seja). Tive uma sensação parecida quando comecei a pensar em o que realmente significava ser brasileira. Não sou descendente de índios, não sou negra, não sou européia. Logo, sou uma branca misturada conservando a invasão e exploração de uma terra por meio da imposição de uma cultura que não me reconhece. E também não sou nada disso, talvez seja melhor me definir como uma poeira estrelar. Acho que estou com problemas com a minha identidade.


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