O Teatro transforma o tempo e o espaço constantemente, fazendo com que atores e público entrem num acordo mútuo em que ambos usam da imaginação para transportarem-se a outros tempos e espaços. Isso é chamado de convenção teatral. Dou um exemplo abaixo apresentando uma foto, tirada por Bruno Gomes, de um de meus espetáculos teatrais intitulado A Aurora da Minha Vida, de Naum Alves de Souza:
No momento em que a foto foi capturada, o mundo real era eu, Douglas Carvalho, e meu colega, Gabriel Aquino, no Teatro de Câmara Túlio Piva, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, em novembro de 2009. No entanto, no mundo teatral, éramos respectivamente os personagens Bobo e Quieto, em uma escola primária no período do regime militar no Brasil. Percebo que no exercício da docência, é fundamental que os alunos de teatro compreendam essa possibilidade de transformação e se utilizem dela.
Um comentário:
Como o teatro é pensado na escola: como transformação, como ilustração, como recreação? De que forma trazer para toda a escola as possibilidades que o teatro proporciona?
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