terça-feira, 17 de março de 2009

Problemas Filosóficos

A noção da paridade tempo e espaço é uma das abordagens mais amplas presentes no pensamento filosófico. A bem da verdade, parece lícito dizer desta questão que não é propriamente filosófica, mas, mais exatamente, metafilosófica, na medida em que pode, no ramo do pensamento, propiciar investigações sobre a filosofia. Tal pesquisa permeia toda história do pensamento, podendo ser dividia, ainda que com diversas variantes, em duas vertentes principais, a saber, as do que defendem que os problemas filosóficos são "descobertos" e a dos que defendem que problemas desta natureza são "inventados". Para os primeiros se usa a expressão "filosofia perene"(1), tendo como um dos principais representantes os filósofos Leibniz e Santo Agostinho. Nesta perspectiva de raciocínios também encontramos os defensores da existência de "problemas eternos"; Para os segundos defensores da existência de "atestdos de óbitos" para os mesmos problemas.
As consequências de ambas as teses, bem como das variantes de cada uma delas, não são poucas nem irrelevantes. A imagem causada pela tese de que os problemas filosóficos nos são impostos, apesar de poder ser utópica e poética, pode antes remontar a um ceticismo, segundo o conhecimento é pura ilusão; em contrapartida, a tese contrária faz pura ilusão da filosofia, reduzindo-a a um mero produto do ócio e complicações humanas, sem correspondência com a realidade. Lembrando Wittgenstein, a filosofia, neste último caso, é um meio pelo qual nós, após nos enredarmos em vocabulários específicos, voltamos a utilizar a linguagem comum.
A segunda alternativa parece ser a mais coerente. Isto é patente em quase todas as introduções das grandes obras: a pretensão de fazer um novo método, bem como a de mostrar o erros dos anteriores. Ademais, se a existência de problemas eternos não fosse pura ilusão, deveria haver, mesmo que muito menos que qualquer outra ciência, alguma ciêcia filosófica, onde, assim como em qualquer outro empreendimento humano, diferentes pensadores contribuem para um saber comum. O caso, todavia, é que, para cada pensador há uma filosofia espeífica.


1. http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia_perene

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