quinta-feira, 30 de agosto de 2007

TUDO O QUE EU PRECISO SABER APRENDI NO JARDIM DE INFANCIA
Tudo o que eu preciso saber sobre a vida, o que fazer e como ser, eu aprendi no Jardim de Infância.
A sabedoria não estava no topo da montanha de conhecimento que é a faculdade, mas sim, no alto do monte de areia do Jardim de Infância.
Essas são algumas coisas que eu aprendi:
Dividir tudo.
Ser justo.
Não machucar ninguém.
Colocar as coisas de volta no lugar de onde foram tiradas.
Arrumar a própria bagunça.
Nunca pegar o que não é seu.
Pedir desculpas sempre que magoar alguém.
Lavar as mãos antes das refeições.
Dar descarga.
Leite com bolachas fazem bem para a nossa saúde.
Viver uma vida balanceada: aprender um pouco, desenhar um pouco, pintar um pouco, cantar um pouco, dançar um pouco, brincar um pouco e trabalhar um pouco todos os dias.
Tirar uma soneca todas as tardes.
Quando sair na rua olhar: os carros, dar as mãos e ficar junto.
Lembra daquela sementinha de feijão no potinho de Danone? As raízes crescem para cima e ninguém sabe com certeza como ou por que, mas todos nós somos exatamente como ela.
Peixinhos, passarinhos, gatinhos e cachorrinhos e até mesmo a sementinha de feijão no potinho de Danone - todos morrem - assim como nós.
E então lembre dos livros de Chapéuzinho Vermelho e das primeiras palavras que você aprendeu.
As maiores de todas: Mamãe e Papai.
Tudo o que você precisa saber está lá em algum lugar.
Regras sobre a vida, o amor, saneamento básico, ecologia, política, igualdade e fraternidade.
Pegue qualquer um desses termos e extrapole para sofisticadas palavras da linguagem adulta e então aplique em sua vida familiar, trabalho, governo ou mundo, e tudo continua firme e verdadeiro.
Pense como o mundo seria melhor se todos nós - o mundo inteiro tomássemos leite com bolachas as três horas da tarde, todas as tardes e depois, deitássemos com nossos travesseiros no sofá da sala para uma soneca.
Ou então, se todos os governos tivessem como política básica sempre colocar as coisas de volta no lugar de onde foram tiradas e também sempre arrumar suas próprias bagunças.
E continua verdade, não importa sua idade, quando sair para o mundo dê as mãos e fique junto.

5 comentários:

Anelise Riva disse...

Que lindo, Silvia!
É... acho que precisamos dar uma voltinha pelo jardim de infância.
De quem é esse poema?

Juliana disse...

"A sabedoria não está no topo da montanha......". Não somente relcionada ao ensino de Química como em todas as áreas de ensino, acredito que o conhecimento impírico, o fundamental, o mais básico de tosos os conhecimentos é que seja o mais importante, pois é ele que nos cativa, que nos provoca, que nos desperta curiosidade, que nos faz ir além daquilo que é transmitido em aula pelo professor. Muitas vezes o professor adquire técnicas de ensinar se espelhando apenas em alguns alunos, que possivelmente têm um raciocínio mais rápido.......mas .....e os outros? Considero muito importante a base da peirâmide de conhecimento, por isso é que vejo na abordagem geral que o professor passa para os alunos nas primeiras aulas, o proagnóstico de até onde o aluno irá chegar. È fundamental que aluno e professor se identifiquem para ambos chagarem ao fator comum que satisfaça as necessidade do aluno e os objetivos do professor.

Juliana disse...

"A sabedoria não está no topo da montanha......". Não somente relcionada ao ensino de Química como em todas as áreas de ensino, acredito que o conhecimento impírico, o fundamental, o mais básico de tosos os conhecimentos é que seja o mais importante, pois é ele que nos cativa, que nos provoca, que nos desperta curiosidade, que nos faz ir além daquilo que é transmitido em aula pelo professor. Muitas vezes o professor adquire técnicas de ensinar se espelhando apenas em alguns alunos, que possivelmente têm um raciocínio mais rápido.......mas .....e os outros? Considero muito importante a base da peirâmide de conhecimento, por isso é que vejo na abordagem geral que o professor passa para os alunos nas primeiras aulas, o proagnóstico de até onde o aluno irá chegar. È fundamental que aluno e professor se identifiquem para ambos chagarem ao fator comum que satisfaça as necessidade do aluno e os objetivos do professor.

Anônimo disse...

Não sei de quem é o poema, ganhei-o durante o normal pós-médio.
O jardim é um espaço muitas vezes esquecido, muitas crianças sequer tem acesso a esse espaço e passam um tempo de formação importantíssimo afastados de um lugar de brincar, de aprender a compartilhar... A educação infantil, embora obrigatória, não tem um espaço sde destaque, a necessidade de sua vivência nem sempre é reconhecida e, quando é reconhecida, nem sempre é devidamente aproveitada.
Lá todos podemos aprender coisas muito importantes sobre a vida e a convivência. Regras que também podemos aprender em casa, mas que ficam mais marcantes quando vivenciadas no coletivo.
muitos de nossos futuros alunos não passaram por esse espaço, precisamos estar cientes disso e lhes auxiliar a encontrar essas aprendizagens que o tempo não lhes disponibilizou.

Anônimo disse...

sAo ler este poema me lembrei de muitas coisas importantes que aprendi quando era pequenininha...
Acho que esta foi a fase em que mais aprendi em menos tempo. Se bem que eu mal compreendia e sentia a passagem do tempo neste periodo.
Nasci, cresci, entendi o mundo ao meu redor e começei a aprender o que era essencial para uma vida perfeita no mundo.
Conforme o tempo foi passando e novas portas foram se abrindo, fui aprendendo novas coisas... e muitas delas iam contra o que eu havia aprendi na escola.
Começei a perder a inocencia, a fantasia, a vontade de brincar... queria ser independente, ter o meu espaço e fazer as coisas na hora que me desse vontade.
O tempo começou a interferir na minha vida.
Hora de ir para o colégio. Hora de estudar. Hora no dentista. Hora de dormir. Horas fragmentadas em milhares de coisas que eu tinha para fazer.
Comecei a sentir falta de ter o meu espaço, a minha privacidade, o meu lugar no meu grupo de amigos, o meu lugar destacado entre os colegas de aula.
Conforme o tempo ia passando eu ia esquecendo cada vez mais o que aprendi no jardim...
Me sentia cada vez mais oprimida por meus pais: faz isso, faz aquilo, hora disso, hora daquilo, coloca isso no lugar, isso não é lugar de fazer tal coisa...
mil recomendações e reclamações...
Eu queria cresecer. Ser dona do meu nariz, ter as minhas coisas, o meu espaço, o meu jeito de fazer as coisas, o meu tempo...
Agora que cresci, "tenho o meu espaço, as minhas coisas, faço minhas vontades, tenho o meu tempo...e não sei se estou completamente feliz.O tempo passa depressa, ficar sozinha não é bom, não ter hora para nada faz com que eu me atrapalhe em tudo...
Não posso ser 8 ou 80..preciso um pouco de cada coisa para poder viver em sociedade e fazer o que esperam de mim.
Mas uma coisa eu posso dizer... as vezes eu sinto muita vontade de voltar no tempo e viver um momento como aquele. A pracinha, os amiguinhos, o feijãozinho crescendo na janela,a fantasia, os jogos e as brincadeiras, os amigos... Tinhamos tudo para sermos uma sociedade perfeita. Onde foi que nos perdemos?
Até quando as coiss vão continuar assim? Espero que as coisas melhorem... espero ver um mundo melhor, antes que o meu tempo acabe e eu já não esteja mais aqui...