quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Musica Atravessando Fronteiras...

(perdoem-me, meu teclado esta desconfigurado. ou seja, estou sem acentos...)

Resumidamente, quero contar sobre um homem chamado Pierre Dulaine, que foi e e uma prova viva de alguem que usou a musica e a danca para atravessar as fronteiras, espacos e tempos na educacao de jovens americanos.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Pierre Dulaine, é o nome da pessoa que nos tempos de hoje resolveu mover suas próprias mãos para tentar reintegrar pessoas pobres, negras e da periferia, e principalmente aqueles que tinham aulas de recuperação (Detention Class).
Pierre resolve fazer sua parte, e tenta reintegrar os rejeitados de uma escola dando aulas de dança para uma classe de alunos rebeldes onde o único estilo de dança que conheciam eram o street, e o único som que chegava em seus ouvidos era o rap.
Esse homem (Pierre Dulaine) se encontra vivo, e propagando seus métodos em milhares de escolas do exterior. O que ele ensina vai além da dança, os jovens que ele ensina saem se sentindo bem consigo mesmos, e vendo o mundo como um mar de possibilidades e não como um futuro perdido.
Para mais informações, assista ao filme "Vem Dançar (Take the Lead)", com Antonio Banderas

Dulaine e um exemplo de educador. Investiu tempo, dinheiro, seu emocional e aparentemente nao ganhou nada em troca (pelo ponto de vista capitalista). Ele se doou para que jovens marginalizados pela sociedade tivessem acesso a informacoes diferentes das quais receberam em toda sua vida.
As aulas eram em um galpao velho, onde estes jovens estavam por se encontrarem "de castigo". Certamente, aquele nao era o local mais apropriado para se ensinar danca de salao. Os alunos, ouvintes de hip hop e street music tambem nao eram os mais indicados para receberem aquelas aulas. Enfim, Dulaine quebrou todos os grilhoes do "deveria ser assim" ou "mas sempre foi feito desta forma..." e fez sua historia. Claro que encontrou oposicao, pois sabemos que ao sugerir inovacoes, certamente o grupo do "nao inventa!" se posicionara contra. Mas ele foi ate o fim, e o resultado foi mais que ensina-los a dancar, foi ve-los cidadaos mais felizes e mais informados (ou alguns ate diriam "com mais cultura")
Pierre e um exemplo de como usar a musica para atravessar as fronteiras da educacao. Ele nos mostrou como nao e facil, mas recompensante, ser criativo para acrescentar algo na vida de pessoas que serao, ou melhor, que ja sao cidadaos que podem mudar a historia de nossa nacao.

4 comentários:

Anelise Riva disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anelise Riva disse...

Assisti ao filme "Vem Dançar" esse ano, faz alguns meses. E acho que sempre chama a atenção quando alguém, a pesar de tantas dificulades, não desiste dos seus objetivos.
Teu exemplo foi super válido e me parece que vale a pena colocar exemplos bem concretos como o de Pierre Dulaine.
Faz tempo que se me apresentam discussões sobre como trabalhar com ensino de uma maneira mais criativa. A questão é instigante e o que fazer concretamente, às vezes, até assustador. Sempre escutava dizer: "Precisamos ser criativos!" Mas são poucos aqueles que nos ajudam a criar efetivamente /concretamente essas novas possibilidades. Somos aprendizes e, por isso, muitas vezes, também precisamos de mediadores nos processos de criação.
Em nossas discussões na aula e com as postagens dos colegas tenho escutado e lido mil coisas interessantes. Vamos ver se essas tantas experiências me ajudam a criar possibilidades mais criativas de ensino-aprendizagem.
Anelise

Betina Sisnande disse...

Ontem em uma discussão em outra cadeira que faço, a questão de "precisamos ser cirativos" estava em pauta, e uma das coisas que mais conversamos foi sobre como se ensina alguém a ser criativo. Acredito que esta tarefa em si seja impossível, mas como professores podemos sim incentivar atividades e leituras que ajudem os alunos a produzir de maneira criativa e acho que um exemplo como Pierre Dulaine é extremamente válido no nosso aprendizado como futuros docentes. Valeu aí Cláudio, e seu texo sem acentos ficou bem engraçado...rrsrsrsrsr

Claudio Britto disse...

(Pessoal, meu teclado continua desconfigurado... eh que eu estou no computador do quartel... rsrsrs)

Anelise e Betina, concordo com vcs que ser criativo nao eh algo que se aprende em um sala de quatro paredes (nem de cinco ou seis, como disse a Camila... rsrsr). Creio que podemos aprender tecnicas sim, mas o "ser criativo" eh algo muito pessoal (e especial). Envolve preparo, vontade, compromisso com a educacao e os alunos; E Ainda vou mais alem: Amor! quando se tem amor pelo que se faz, nao se medem as dificuldades que existirao para fazer o instruendo aprender (ou como diria Piaget (se nao estou enganado) "Acomodar a informacao". Lembrei me da minha professora que uma vez comprou chocolate em barra e fez o show do milhao na classe, com direito a palanque, musica e tudo mais. Eu fui o participante e quando ganhei a barra de chocolate (um milhao) a professora me perguntou se eu ficaria com um milhao sozinho... resultado: dividi o chocolate com todo mundo... rsrsrs
Ela gastou 5 reais para o chocolate e investiu tempo pensando, e principalemente o amor que ela tinha por ensinar, a fez atravessar as fronteiras do "normal" e foi alem, deu algo mais!
Quando decidirmos ser criativos, as dificuldades nao serao barreiras, as barreiras nao serao intransponiveis, os muros intransponiveis, nao serao para nohs, e faremos diferenca nesse mundo.
Em sintese, creio que ser criativo eh amar o que se faz e para quem se faz.
Um abraco pessoal!
Esse Blog estah muito legal!
Claudio Britto