Esta matéria foi, em especial, muito importante para mim. Apesar de, por enquanto, não trabalhar em uma escola de “ensino convencional”, sempre atuei na área da educação, seja na igreja, seja em palestras, seja com alunos particulares, seja com grupos de jovens, etc. Aprendi bastante sobre métodos e como usar melhor o tempo (in)disponível e os espaços físicos (in)disponíveis. Porém, para mim, mais importante do que isso, foi ter a própria consciência sobre educação reformulada, através de nossos muitos debates e troca de informações e experiências com outros alunos, estes, com mais ou menos vivência, com realidades diferentes, enfim, numa maravilhosa diversidade. Aliás, esta é uma boa palavra para tentar sintetizar o que tivemos neste semestre.
O fato de a professora a lecionar a matéria ser da área de Artes, facilitou, a meu ver, e muito, o ministrar da mesma, ao ponto de eu ainda não conseguir imaginar um professor de outra área o fazendo. Também penso que a elevada quantidade de alunos de Artes deu uma acrescentada positiva na matéria, pois esta, não tem como ser “convencional”, pois ela foi feita para quebrar paradigmas e estereótipos já consagrados na educação, e possivelmente, os futuros artistas tem uma habilidade um tanto quanto “nata” de fazê-lo. Mas de forma nenhuma quero invalidar a participação dos alunos de outras áreas, pois os mesmo contribuiriam e muito no perfeito desencadear da matéria.
Posso destacar ainda, como muito positivo, as visitas que a turma fez. Além da proposta didática em si, tanto referente à matéria, tanto ao exemplo de como fazer com nossos futuros alunos, esses momentos resultaram em cooperar numa maior proximidade da turma, fato este que posso validar com o seguinte exemplo: das 10 matérias que faço apenas esta vai fazer uma despedida formal, com a presença do professor. No meu ponto de vista, isso é totalmente válido, pois uma das propostas de atravessar as fronteiras da educação é fazer a distancia entre intruendo e intrutor e até entre alunos e alunos dimunir, o que realmente aconteceu nesta disciplina.
O blog foi uma idéia genial, pois foi um excelente exemplo prático de que o espaço e o tempo foram atravessados por nós, pois não foi necessário um espaço na escola para se discutir idéias e nem um horário específico, mas o trocar de informações ocorreu, de qualquer lugar em qualquer hora.
Em síntese, esta matéria foi para mim, realmente, a melhor que fiz este semestre. A proposta didática foi excelente e o conteúdo em nenhum momento deixou a desejar. Houve até o anseio por “Atravessando Fronteiras II – O Retorno...”. Talvez esta disciplina ansiada fique no mundo das idéias, mas esta missão de atravessar as fronteiras da educação, na prática diária destes alunos-professores, certamente existirá no mundo real, e a cada ano, dia após dia, faremos com nossos instruendos o “Atravessando Fronteiras II, III, IV, V... a missão, o retorno, a conquista, o “nunca morre...”.
Enfim, o que aprendi certamente será repassado a muitos, e se depender de mim, ou melhor, como depende de mim, as barreiras do tradicionalismo, do “sempre foi feito assim... Por que mudar?” cairão por terra!
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