terça-feira, 29 de março de 2011

Produz-se no espaço como endereço da memória,

orbita o devir do ato passado

em tempo qualquer suspenso na contramão.


Remonta à antiguidade

feito linha descrita por um ponto

que se projeta num espaço incógnito.


O invólucro [rompido], quase vácuo;

um intervalo entre linhas,

um lapso.


Escrever, reescrever, transcrever

num eterno exercício de vai-e-vem;

que perturba, atrai, instiga,[des]conforta.


Entre paredes já não cabe mais.

Cresceu, cresceu, cresceu...

Sufoca, mata.


Tempo sobre tempo que aqui jaz.




Tunga e Vik Muniz


http://www.inhotim.org.br/index.php/arte/acervo
http://peregrinacultural.wordpress.com/2011/01/27/jacques-louis-david-e-vik-muniz-unidos-pelo-lixo/

Um comentário:

Luciana disse...

Legal combinar um texto poético com imagens. Mas, cuidado: uma das imagens postadas não é da Adriana Varejão, é do Tunga. Conferir...