terça-feira, 22 de junho de 2010

DENNIS OPPENHEIM

Dennis Oppenheim (EUA, 1938) desenvolveu, durante os anos 70, algumas manifestações próximas da Body Art, nas quais usava o próprio corpo como suporte ou como documento da ação das formas naturais.



No final dessa década produziu alguns objetos que representam máquinas sem função, animadas com luz e som. Quase todas as intervenções e instalações que realizou nestes anos são enquadráveis em princípios conceitualistas que conferem maior importância aos processos mentais do que ao caráter objetual.



A partir de 1986, o seu trabalho adquire um caráter fortemente irônico, denunciando evidentes proximidades com as correntes pós-modernas do Neodadaísmo e da Arte Pop. As suas esculturas deste período, geralmente figurativas, abordam temas como o ready-made, a oposição ou manipulação das escalas dos objetos, as analogias formais e as mudanças de materiais. Emprega frequentemente materiais orgânicos e usa personagens humanas e animais que fazem referência às culturas populares ou literárias (como o Mickey Mouse). Alguns dos seus trabalhos contêm pequenas maquetes de casas ou então objetos de grande escala em fibra de vidro. As peças "Finger Churches", de 1994 e "Device to Root to Evil", de 1996, testemunham esta última fase do artista.



Formação Cultural de Professores

De 21 a 25 de junho, o programa Salto para o Futuro apresenta a série "Formação Cultural de Professores":- de segunda a sexta, às 19 horas, na TV Escola.

A série pretende abordar uma questão que se apresenta quando são discutidos os saberes necessários à docência: além dos conteúdos específicos de sua disciplina, é fundamental que o professor tenha parâmetros estéticos mais amplos e, para isto, é importante que ele tenha uma sólida formação cultural, que lhe dê os subsídios necessários para atender às novas e velhas demandas que são colocadas no seu cotidiano. Esta série tem como objetivos discutir o conceito de indústria cultural, a formação cultural dos professores e, ainda, visa mostrar diferentes iniciativas neste âmbito. PGM 1: Formação cultural: questões teóricas; PGM 2: Cultura e formação de professores; PGM 3: Experiências estéticas e linguagens artísticas; PGM 4: Outros olhares sobre formação cultural de professores; PGM 5: Formação cultural de professores em debate.

Participem do fórum e enquete. Muitas das questões debatidas tem a ver com nossas discussões em aula. Vejam o boletim eletrônico que acompanha o programa. Estarei no programa ao vivo que será transmitido na sexta-feira, dia 25/06, às 19 horas na TV Escola.






Valie Export





segunda-feira, 21 de junho de 2010

BAS JAN ADER


Artista holandês falecido em 1975 ao tentar cruzar o oceano atlântico com um veleiro durante uma de suas performances. Suas obras abrangeram fotografias, filmagens e performances, um dos seus temas mais recorrentes foi sua própria queda, no site www.basjanader.com ele aparece caindo de telhados, arvores, canais. Perdeu o pai aos dois anos, quando este foi fuzilado por nazistas por proteger judeus.



HORIZONTE EXPANDIDO-Ana Mendieta(Cuba,1948-EUA,1985)

Ana Mendieta foi uma artista cubana-americana, obteve fama através de suas performances, esculturas “earth-body” e por seus trabalhos fotográficos e de vídeo.
Mendieta nasceu em Havana, Cuba mas logo mudou-se para os Estados Unidos, quando jovem. Aos treze anos, Ana e sua irmã mais velha foram exiladas de Cuba devido a oposição de sua família ao governo revolucionário cubano. Ambas foram direcionadas ao serviço de adoção em Iowa através da Operação Peter Pan criada pelo governo americano.
Ela graduou-se em Belas Artes pela University of Iowa no ano de 1969 e subsequentemente fez dois mestrados, um em pintura e outro através do programa Intermedia de Hans Breder. Durante o curso de sua carreira, Mendieta criou obras em Cuba, México, Itália e nos Estados Unidos. A maioria dos trabalhos da artista seguem uma linha de mensagem política feminista. Um tema comum em suas performances era a violência contra o corpo feminino. Ana buscava regularmente o choque para representar o abuso sexual. Muitas performances da artistas lidavam com quantidades significantes de sangue animal.
Posteriormente a artista começou a focar em trabalhos nos quais ela deixa sua marca no ambiente, mais especificamente em suas obras com silhuetas. Estas obras envolvem marcar a terra, areia ou lama com a pressão do corpo da artista ou evidenciar a silhueta de Mendieta numa parede.
Ana Mendieta faleceu no dia 8 de Setembro de 1985 em Nova York decorrente de uma queda do 34º andar de seu apartamento na Greenwich Village. Oito meses antes disto, Mendieta se casara com o escultor minimalista Carl Andre. Andre foi julgado e absolvido por sua morte; durante seu julgamento ele descreveu a morte dela como suicídio. As obras de Ana Mendieta estão sob a direção da Galerie Lelong em Nova York.


Victor Grippo

Em seu trabalho tem procurado uma convergência entre a ciência e a arte, logicamente marcada por sua dupla formação em Química e em Belas Artes. Seu trabalho, um de cujos principais motivos é a ideia de transformação, tem girado sempre em relação com a vida quotidiana, o mundo do trabalho, o alimento e a energia. Desde o começo utilizou materiais e meios não convencionais em seus objetos, esculturas e instalações, para reflexionar em torno das condições sociais e espirituais dos trabalhadores, dos artistas.

Uma das matérias primas utilizada em seus trabalhos tem sido a batata, alimento que nasceu na América mas que após a conquista se estendeu por Europa. Grippo, partindo de sua simbologia cultural, utilizou a energia contida nas batatas, formando pilhas elétricas e ligando-as com cabos para fazer funcionar diferentes dispositivos, desde uma rádio até um polímetro que media a energia gerada. Essa classe de obras converteu-se em um clássico do artista que foi desenvolvendo em diferentes instalações por todo mundo.

Uma de suas obras mais conhecidas é ANALOGIA I (1970-1971) que se apresentou posteriormente em diferentes versões em diferentes lugares do mundo.

Víctor Grippo (Argentina, 1936 – 2002)


É um dos nomes mais relevantes da história da arte da segunda metade do século XX. Ocupa uma posição privilegiada na mostra Horizonte Expandido pela influência que seus escritos exerceram na etapa de formação do projeto Areal, em função da clareza com que o artista sistematizou a relação dialética entre “dentro e fora”, muitas vezes tomada de forma dicotômica quando se debate a crise do sistema expositivo e produção extramuros. Uma das preocupações constantes de Smithson era com a conexão entre natureza e ambiente. O conceito físico da entropia, o decair da ordem para o caos são aspectos característicos de suas intervenções paisagísticas. O caminho de Smithson vai da pintura expressionista abstrata para o tema non-site. Em 1970 desenvolveu o seu conceito de escultura de site, que define escultura como parte de um certo espaço, e não como objeto isolado e móvel.

Allan Kaprow


Allan Kaprow (EUA, 1927- 2006)

É o criador do Happening e um dos pioneiros no estabelecimento dos conceitos de performance. Seus Happenings, quase 200, ocorreram durante anos; mas Kaprow alterou gradualmente estas práticas para o que ele denominou de Atividades, trechos de pequena escala para um ou mais performers e objetivando examinar comportamentos e hábitos do dia-a-dia, de uma forma quase indistinta da vida comum. Em Horizonte Expandido Allan Kaprow é lembrado por suas Atividades como uma possibilidade de arejar e recuperar o prazer da investigação lúdica e do empirismo das ações pedagógicas realizadas no campo da arte, convidando-nos a borrar os limites entre o que se pode considerar ação criadora, fruição, crítica e mediação.

Fonte: http://horizontexpandido.blogspot.com/p/artistas.html


Relembrando a oficina da Glenda e da Simone sobre o Pollock, achei interessante postar alguns trechos de um texto escrito por Kaprow:

“A notícia trágica da morte de Pollock, há dois verões, foi profundamente deprimente para muitos de nós. Sentimos não só uma tristeza pela morte de uma grande figura, mas também uma perda mais profunda, como se alguma coisa tivesse morrido junto com ele. Éramos parte dele: ele talvez fosse a encarnação de nossa ambição por uma libertação absoluta e um desejo secretamente compartilhado de virar as velhas mesas cobertas de quinquilharia e champanhe choco. Vimos em seu exemplo a possibilidade de um espantoso frescor, uma espécie de cegueira extática.

(...) Pollock, segundo o vejo, deixa-nos no momento em que temos de passar a nos preocupar com o espaço e os objetos da nossa visa cotidiana, e até mesmo a ficar fascinados por eles, sejam nossos corpos, roupas e quartos, ou se necessário, a vastidão da Rua 42. Não satisfeitos com a sugestão, por meio da pintura, de nossos outros sentidos, devemos utilizar a substância específica da visão, do som, dos movimentos, das pessoas, dos odores, do tato. Objetos de todos os tipos são materiais para a nova arte: tinta, cadeiras, comida, luzes elétricas e neon, fumaça, água, meias velhas, um cachorro, filmes, mil outras coisas que serão descobertas pela geração atual de artistas. Esses corajosos criadores não vão só nos mostrar, como que pela primeira vez, o mundo que sempre tivemos em torno de nós mas ignoramos, como também vão descortinar acontecimentos e eventos inteiramente inauditos, encontrados em latas de lixo, arquivos policiais e saguões de hotel; vistos em vitrines de lojas ou nas ruas; e percebidos em sonhos e acidentes horríveis. (...) – tudo vai se tornar material para essa nova arte concreta.

Jovens artistas de hoje não precisam mais dizer ‘Eu sou um pintor’ ou ‘um poeta’ ou ‘um dançarino’. Eles são simplesmente ‘artistas’. Tudo na vida estará aberto pra eles. Descobrirão a partir das coisas ordinárias, o sentido de ser ordinário. Não tentarão torná-las extraordinárias, mas vão somente exprimir o seu significado real. No entanto, a partir do nada, vão inventar o extraordinário e então talvez também inventem o nada. As pessoas ficarão deliciadas ou horrorizadas, os críticos ficarão confusos ou entretidos, mas esses serão, tenho certeza, os novos alquimistas dos anos 60.”

KAPROW, Allan. O legado de Jackson Pollock. In: FERREIRA, Glória; COTRIM, Cecília. Escritos de artistas: anos 60/70. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.


domingo, 20 de junho de 2010

Bruce Nauman

Bruce Nauman ( EUA, 1941)

É referência inquestionável da arte contemporânea internacional.Nos anos 60 e 70, seus trabalhos conceituais exploraram instantaneidade, espaço e intimidade e documentam performances caracterizadas por movimentos repetitivos e protagonizados pelo próprio artista. São ações em que emprega seu corpo em dimensão escultórica, em várias posições em relação à arquitetura do seu studio.

Interessado em novas formas de música e literatura, Nauman usou o poder evocativo da linguagem (em desenhos, roteiros de vídeo e instalações de neon), desmontando a estrutura linguística, criando trocadilhos e oxímoros. Usando placas de neon piscando, ele retirou as palavras e, mais tarde, as ações de seus significados convencionais, deixando ironias e inquietantes dilemas morais.

Fontes:
Material de divulgação da Exposição HORIZONTE EXPANDIDO, Santander Cultural 2010.
Site do Museu de Arte Moderna de Nova York ( MOMA)
http://www.moma.org/collection/artist.php?artist_id=4243



Punch and Judy II Birth & Life & Sex & Death. 1985. Tempera and graphite on paper, 75 1/2 x 72 1/2" (191.8 x 184.2 cm). Gift of Werner and Elaine Dannheisser. © 2010 Bruce Nauman / Artists Rights Society (ARS), New York
http://www.moma.org/collection/object.php?object_id=35304




Bruce Nauman. Sex and Death. 1985. Tubos de neón montados sobre aluminio. Colección Annick y Anton Herbert. © Bruce Nauman, 2005.
http://www.guiarte.com/noticias/la-coleccion-annick-y-anton-herbert.html

sábado, 19 de junho de 2010

VALIE EXPORT
ARTES VISUAIS
HORIZONTE EXPANDIDO

A segunda temporada de Artes Visuais deste ano no Santander Cultural está imperdível! Venha conferir a exibição da mostra Horizonte Expandido, que tem a curadoria de André Severo e Maria Helena Bernardes.

No Grande Hall e Galerias, você vai encontrar um conjunto de trabalhos - em sua maioria inéditos no Brasil - produzidos no contexto dos anos 60 e 70, por 16 artistas que procuraram pensar, não apenas sobre questões do terreno da arte, mas também sobre a vida.

ATIVIDADES SIMULTÂNEAS

Uma das opções da programação simultânea à mostra Horizonte Expandido, é o programa 10 Passeios. Nesta atividade, dez grupos pré-agendados serão conduzidos por André Severo e Maria Helena Bernardes por dez diferentes roteiros pelo espaço expositivo. Em cada passeio serão vistas e comentadas obras distintas. As caminhadas serão pontuadas por paradas para conversa sobre momentos específicos da obra de cada artista, entendidos como instrumentos potenciais para mudanças de curso significativas, momentos de invenção em que os artistas produziram soluções que afetaram o curso de sua produção pessoal, de sua própria geração ou de gerações posteriores.

Essa atividade difere muito de uma visita mediada em função da forma como ela será realizada: os passeios não pretendem passar por toda exposição, mas sim por pequenos fragmentos. Cada artista será abordado em maior profundidade, explorando suas idéias, sua reflexão. O visitante estará ali presente no papel de interlocutor e não como público passivo.
Para participar, inscreva-se pelo telefone 51 3287-5940 - 5941 ou e-mail ecult03@santander.com.br


Veja a programação dos próximos passeios e agende-se!

As inscrições são gratuítas!

Passeio 5: 23 de junho - 11h
Passeio 6: 30 de junho - 11h

Passeio 7 : 07 de julho - 11h
Passeio 8: 28 de julho - 11h
Passeio 9: 04 de agosto - 11h

Passeio 10: 14 de agosto - 11h


VALIE EXPORT

VALIE EXPORT ( Áustria, 1940).

Seu nome de batismo é Waltraud Lehner.

Assume a partir da bizarria do nome, VALIE EXPORT ( adotado em 1967), sempre em letras maiúsculas, um estado de exceção e não-assimilação, como talvez possamos descrever os casos de e.e.cummings, Sousândrade ou Qorpo-Santo.

VALIE EXPORT surge na cena artística européia no final da década de 60. Prescindindo da linguagem e buscando outras estratégias, VALIE EXPORT inicia um questionamento das estruturas de poder que regem, de forma subliminar e sub-reptícia, mesmo nossos complexos linguísticos.


sexta-feira, 18 de junho de 2010

Gordon Matta-Clark


GORDON MATTA-CLARK


Gordon Matta-Clark nasceu em 1943 e foi um dos principais artistas de vanguarda de Nova York na década de 1970.
Grande parte de sua produção se constitui de intervenções.
Formado em arquitetura, de fato ele nunca chegou a erguer prédios. No final dos anos 60 ele iniciou uma série de intervenções em edificios abandonados ou prestes a serem demolidos. Gordon abria buracos, cortava pedaços, arrancava blocos de paredes e pisos e ao fazê-lo expunha as entranhas de um edificio.

Em 1974, com sua intervenção, Splitting, o artista fatiou uma casa na periferia de Nova York ao meio, chamando atenção para a forma desordenada com que a cidade crescia.

"Ele perseguiu uma ideia que se tornaria hegemônica muito tempo mais tarde, e que pode ser resumida numa palavra: sustentabilidade. Em uma Nova York já repleta de espaços abandonados, muitos condenados à demolição, Matta-Clark surgia com propostas de reciclagem, como em sua Garbage Wall (Parede de Lixo), de 1970. Ou de recuperação social, como no projeto inacabado Loisaida, que visava treinar jovens sem recursos em ofícios de alvenaria e construção." (http://bravonline.abril.com.br/conteudo/artesplasticas/gordon-matta-clark-homem-fatiava-predios-537515.shtml)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Nancy Holt


Nancy Holt nacida em 5 de abril de 1938 é uma artista americana famosa por suas esculturas públicas. Ao longo de sua carreia, Nancy também tem produzido seu trabalho em outras mídias como fotográfia, filmes e escrever livros de outros artistas.
Em suas obras, Holt cria uma conexão íntima com a natureza e as estrelas, dizendo: "Eu sinto que a necessidade de olhar para o céu, a lua e as estrelas é muito básico, e é dentro de todos nós. Assim, quando eu digo que meu trabalho é uma exteriorização da minha própria realidade interior, quero dizer que estou devolvendo às pessoas através da arte o que eles já têm em si."

Víctor Grippo

Na década de 1970 Grippo explorou as relações entre a arte e a ciência. Na sua série de Analogías, explorou o significado metafórico da batata, tubérculo de origem americana que incluía nas suas montagens. Em Analogía IV (III)... faz a confrontação da “realidade” com o seu reflexo artificial: uma mesa servida diante da sua imagem de acrílico, sobre uma toalha em branco e preto.






Víctor Grippo, Buenos Aires, Argentina, 1936-2002
Analogia IV (III), 1972
Madeira, tela, acrílico, e metal
81,5 x 94,3 x 59 cm

quarta-feira, 16 de junho de 2010



Марина Абрамовић (em sérvio)

Natural de Belgrado, Iugoslávia, 1946, Marina Abramović tem sido a pioneira no uso da performance como uma forma de arte visual desde o início de sua carreira no início dos anos 70. O corpo tem sido ao mesmo tempo objeto e meio de trabalho. Explorando os seus limites físicos e mentais, ela experimentou dor, exaustão e perigo na busca de transformação emocional e espiritual.


Produz obras interativas que buscam transmitir uma experiência sensorial ao público.


obra: Waiting for an idea

Recentemente começou a se descrever como a “Avó da arte da performance".

Obra: portrait with an scorpion

Hoje vive e trabalha em New York.Aliás, a trajetória da artista será objeto de uma grande retrospectiva no MoMA de Nova York em 2010.
obra: rest-emergy

Um dos filmes que ela escreveu e atuou é chamado “Balkan Baroque”, onde aparecem várias performances da artista intercalados por falas de fatos de sua vida e do mundo. Alguns pedaços seguem nos links abaixo. Como o trabalho dela é performance é interessante dar uma conferida.

Vídeos:

http://www.youtube.com/watch?v=pno1gCrbeVk

http://www.youtube.com/watch?v=iAIfLnQ26JY

http://www.youtube.com/watch?v=h9-HVwEbdCo

http://www.youtube.com/watch?v=IE5H8k8VE2M

http://www.youtube.com/watch?v=vDg_KWJh1g8

Referências:

http://marinafilm.com/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Marina_Abramović

http://msn.onne.com.br/conteudo/3877/marina-abramovic-no-brasil

http://www.imdb.com/name/nm0009127/

Robert Smithson

Robert Smithson _ (EUA,1938 - 1973)

Dimensões de espaço e tempo que transcendem a experiência e a capacidade cognitiva individuais.

As operações não buscam se adequar ao lugar, criar um senso de identidade, mas confrontar o observador com a complexidade e a instabilidade dessas configurações de grande escala.


Robert Smithson's Spiral Jetty ,1970

A preocupação constante de Smithson era a conexão entre natureza e ambiente. O conceito físico da entropia, o decair da ordem parao caos são aspectos característicos das intervenções paisagísticas de Smithson. O caminho de Smithson vai da pintura expressionista abstracta para o tema non-site: fotos ou mapas documentando um sítio que existe fora da galeria, justapostas algumas vezes com pedra, lixo ou minerais recolhidos do sítio original. Em 1970 desenvolve o seu conceito de escultura de site, que define escultura como parte de um certo espaço, e não como objecto isolado e móvel.


Broken Circle Emmen, Holland Summer, 1971


A expressão "land art " refere-se às criações artísticas que utilizam como suporte, tema ou meio de expressão o espaço exterior.Na origem da Land Art esteve a tendência para utilização de elementos naturais, como a pedra, a terra e o sal como meio expressivo e como elementos constituintes das obras de arte, presente nas obras de Walter de Maria e de Robert Smithson


Referências:

http://www.robertsmithson.com/

http://www.infopedia.pt/$land-art

http://www.pucsp.br/artecidade/itabira/itabira_05_arte_para_paisagem_industrial.pdf

http://www.caleida.pt/clepsidra/paginas/earth_works.html


terça-feira, 15 de junho de 2010



HORIZONTE EXPANDIDO

“Um encontro com a geração que am

pliou os limites da arte contemporânea e construiu novas possibilidades de contato entre arte e público.” (Santander Cultural, 2010).


CHRIS BURDEN

  • Nasceu em 1946 em Boston nos Estados Unidos.
  • Anos 1970: série de ações onde utilizou o próprio corpo como instrumento de trabalho e comunicação. Essas práticas que vão ao extremo e de caráter muito radical que busca questionar práticas sociais e tabus ligados a cultura contemporânea. Essas práticas, muitas vezes, ele utilizava de grande violência sobre o próprio corpo. Sua primeira apresentação pública foi em 1971.

"SHOOT" , VÍDEO DE 1971.

  • Um dos protagonistas do movimento da Body Arte (conhecida também como a arte do corpo, que assim como Burden utiliza o corpo como suporte ou meio de expressão).

  • Nos anos 1980, o artista abordou a questão da comunicação em massa através do rádio e da televisão. Aqui, a violência era menor, mas ele utilizava seu corpo como forma de expressão.

  • Anos 1990: preferiu realizar instalações as quais lhe permitiam relacionar-se diretamente com o lugar onde elas se encontram. (ex.: La Tour des Trois-Museaux).



"A fim de comunicar suas idéias malucas, Burden - adepto da body-art e da opinião de que um tirinho não dói - já se viu crucificado em um fusca, ou com o braço rasgado por uma bala. Em Doomed se propôs a ficar imóvel sob uma placa de vidro e ao lado de um relógio - renunciando a posição de artista e assumindo a de obra - até que alguém ousasse interagir, quebrando o estigma de sacro do "objeto-arte". Bem, ele esperou por dois dias até que um segurança colocasse uma jarra de água ao lado dele, encerrando a coisa toda." (http://isabellagodinhoarq.blogspot.com/2009/10/inhotim.html, ÚLTIMO ACESSO EM 15/06/2010)




"Uma nova obra do cara foi inaugurada no Inhotim, Beam Drop, um monte de vigas de madeira gigantes, soltas de uma altura de 45 metros em cimento fresco, criando um emaranhado de linhas randômico e colossal" (http://isabellagodinhoarq.blogspot.com/2009/10/inhotim.html, ÚLTIMO ACESSO EM 15/06/2010)




Referêcias:
http://www.infopedia.pt/$chris-burden> (último acesso em 14/06/2010)



Desafio de Lógica!!

Ois!!


E aí gente, espero que tenham curtido a oficina! Bom, eu gostei!! rsrs :P

Tá, vou deixar com vocês o Desafio de Lógica. Se vocês repararem, há uma pequena diferença entre esse e o que eu apresentei em aula. Entretanto, isso não é um impeditivo para resolver o problema! Talvez esse daqui esteja até mais fácil...


“Os Chineses e seus Gorros – Três chineses foram condenados à morte. Todavia solicitaram indulto. Este lhes seria concedido, mediante uma condição. Apresentaram-lhes cinco gorros, três brancos e dois pretos e, depois de lhes vendarem os olhos, foi colocado um gorro sobre cada cabaça. Em seguida, tiraram a venda do primeiro, dizendo-lhe: _ Se adivinhares a cor do gorro que tens na cabeça, serás indultado. Podes olhar os de teus dois companheiros, pois, talvez por eles, possas saber a cor do teu, com o que salvarás a tua vida. O chinês olhou os gorros dos companheiros, suspirou e depois, sacudindo a cabeça, declarou-se vencido, sendo, em seguida, conduzido ao patíbulo. Depois de retirada a venda do segundo, foi-lhe feita a mesma proposta, podendo olhar, apenas, o gorro do companheiro restante. Também o segundo chinês suspirou e, sacudindo a cabeça, declarou-se impotente para adivinhar. Foi, igualmente, conduzido ao patíbulo. _ Agora é atua vez _ disseram ao terceiro deles. De que cor é o teu gorro? _ Branco _ respondeu o homem. Era verdade e foi indultado. Como pôde adivinhá-lo? Você, por acaso, saberá explicar? O terceiro chinês raciocinou do seguinte modo..."


Ótima diversão pra vocês!!!
;D

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Da masturbação ao formalismo de mercado

Vito Acconci


Artista norte-americano, Vito Acconci nasceu em 1940 no Bronx, em Nova Iorque. Estudou literatura no Holy Cross College, em Nova Iorque, entre 1958 e 1962, frequentando posteriormente a Universidade de Iowa (1960-1964).
Iniciou a sua actividade artística no final dos anos sessenta, reagindo contra a rigidez matemática e a austeridade formal do movimento minimalista que se desenvolveu durante essa década. Procurou então exprimir-se artisticamente de forma intensa na tentativa de provocar reacções emotivas e apaixonadas no público.
Considerava esgotado o sistema mercantilista que dominava a produção artística nova-iorquina e que assentava na produção de objectos para vender em galerias. Assim, opondo-se ao carácter comercial da arte, desenvolveu manifestações com carácter efémero que se dirigiam directamente ao público. Desta forma, adoptou a performance como manifestação preferencial para concretizar as suas propostas estéticas e realiza em Nova Iorque, em 1969, a sua primeira exposição individual.
O uso do próprio corpo como tema e material de trabalho e veículo para a expressão liga-o ao movimento da Body Art. Nas acções que realizou, Acconci aborda normalmente temáticas ligadas à relação entre o homem, o sexo, o prazer e o desejo. Grande parte das performances foram documentadas em fotografias, como é o caso da acção "Seedbed", apresentada em 1972 em Nova Iorque.


Vito se masturba em baixo do chão por dias durante sua exposição.

Em 1970 realizou trabalhos em vídeo e em película, de que é exemplo o filme Body Art, concretizado entre 1970 e 1972. Produziu também desenhos e colagens como "L'Attico Roma" (1972), uma colagem de fotografias à qual associa textos escritos com giz sobre cartão. Realizou ainda um conjunto de esculturas e de instalações que colocou em espaços urbanos, explorando o potencial da grande escala para estabelecer relações estranhas com os lugares em que as peças se inserem, de que é exemplo a peça "Multi-bed 4", de 1991.
Foi professor de teoria de arte na School of Visual Arts de Nova Iorque entre 1968 e 1971.


instalação/objeto, Instant House #2, de 1980, feita com quatro chapas de madeira, estiradas ao chão, cortadas, cada uma pintada com a bandeira dos E.U.A. Um mecanismo do tipo balanço é ativado por cordas e roldanas presas às peças e quando o espectador senta ao balanço, as placas se fecham e formam um objeto tridimensional – uma caixa – em forma de casa. Do lado de fora, pintada, a bandeira da Rússia. Lembremos da Guerra Fria.
Mas o que estava em jogo tinha a ver com uma continuidade, descontinuidade de espaços. Um abrir-se e fechar. Juntar o dentro e o fora. Casar os inimigos. De tornar algo bi em tridimensional.
Remontava-se, com isso, toda a história da arte, depois do modernismo: colagem, cubismo, construtivismo, Jasper Johns, Pop, Minimal, Conceitual, etc. Em suma, uma peça síntese, cuja aparição, traz em si toda a história, cultura e arte que passou, apontando para uma cultura que devia se desdobrar, se abrir, se permear.


Por Valter: na pequena pesquisa que fiz a respeito de Vito Acconci, percebi que se trata de um artista ousado e criativo. Sua obra alcança um sentido completo por na sua estética e substância. Mostra um olhar provacado e provocativo, que chacoalha as formas viciadas de ver e se ver no mundo das coisas, creio que aí também está sua relação com a Boodyarte. Sua obra atende sim uma temática de tempo e espaço, desafiando diversidade de olhares e formas sobre os ambientes. Encontrei no site Canal Contemporâneo uma critica de Rubens Pileggi Sá sobre sua arte hoje, ele fala de uma palestra de Vito ha pouco menos de um ano no Rio de Janeiro e no texto relata e explica o histórico de Vito e expõe algumas obras. Mas faz uma crítica dura para os caminhos que Vito acabou tomando, tornando seu trabalho muito ligado ao mercado e não tendo mais, na opinião de Rubens, mais nada em seu conteúdo, sendo acrítico e descontextualizado. Achei o texto muito interessante, pois se trata de alguém que conhece bem o artista e se declara fã deste, mas expõe uma grande decepção com o artista atualmente: “E eu nem vou exigir que o cara, aos 69 anos, continue se masturbando debaixo do chão. Claro que não. Mas o que a gente não pode nem deve aceitar é a frouxidão. Arte tem de ter virilidade. Não é uma questão de gênero, continua sendo uma questão de tesão, de saber criar tensão, de colocar amor e generosidade naquilo que se faz. Ou, como diz Douglas Crimp, em “As ruínas do Museu”, no capítulo sobre a redefinição de espaços, onde fala da obra de Richard Serra, que o artista não pode se tornar um “operador técnico” terceirizado à serviço do mercado. (...)E embora tudo aquilo que ele foi e fez tenha sido altamente significativo, o fato é que o que ele realiza agora só é orgânico em relação à forma, sem nenhuma preocupação a mais comigo que queria tanto poder amá-lo, ainda.” (PILEGGI, 2009).

Peço que leiam este texto no site: http://www.canalcontemporaneo.art.br/arteemcirculacao/archives/002495.html