Minha vez de palpitar na nossa lista de dicas de leitura!
Já que Cem Anos de Solidão não vale (certo, colega... concordo contigo) e Caio F. já está na roda (junto com muitas outras coisas também ótimas!) Minha dica para a turma é 1984 de George Orwell. Por quê? Dois motivos:
Já que Cem Anos de Solidão não vale (certo, colega... concordo contigo) e Caio F. já está na roda (junto com muitas outras coisas também ótimas!) Minha dica para a turma é 1984 de George Orwell. Por quê? Dois motivos:
1º É um livro impactante, merecidamente um clássico da literatura do século XX (o século aquele em que todos nós nascemos e fizemos um pouco de história também), que trata de uma sociedade fictícia (em termos, pois é muito parecida com o que tivemos neste século dos regimes totalitaristas) que vive sobre total poder e controle do Grande Irmão (em inglês: Big Brother) e é submetida a uma série de absurdos (totalitaristas) como os dois minutos diários para adoração do herói (Big Brother), e criação de vários mecanismos de controle de pensamento, físico, emocional claramente representada pela criação da Novilíngua, uma língua fictícia que não permitia criação de novas palavras e reduzia ou condensava as palavras já existentes, mesmo que de significados opostos, limitando assim o pensamento dos cidadãos, e a Teletela, dispositivo instalado nas casas de todos os cidadãos, que transmitia a programação do governo e trazia junto uma câmera com a finalidade de vigiá-los 24h, tal câmera não podia ser desligada nunca. Há também a sustentação da idéia de que sexo, se não for por motivos de procriação deve considerado e tratado com sendo um crime entre outras coisas. Tudo com um único fim: fortalecer o regime.
2º Lembra as nossas discussões em aula acerca do texto de Veiga-Neto que questiona sobre o propósito da escola moderna, e a caracteriza, de certa forma, como sendo uma instituição que ainda se preocupa com o caráter de inversão do estado de selvageria para o de civilização do homem tão característico da época de colonizações, 500 anos atrás. Eu sei, à primeira vista, parece um tanto radical (clichê em certos aspectos, já que devemos avançar de verdade nessa análise) aproximar a escola moderna com um típico regime totalitário, mas se considerarmos os pontos levantados por Veiga-Neto em seu texto, ao caracterizar os mecanismos de controle que a escola moderna sustenta, que ele chama de poder disciplinador, representados, por exemplo, pelo quadriculamento das salas de aula (Sob quatro paredes, com turmas de segregações questionáveis - idade, capacidade -, cada aluno pontualmente sentado em seu lugar, aguardando disciplina após disciplina, etc.) ou inclusive pela própria idéia de dominação cultural que ainda orienta muitas filosofias de ensino nas escolas (professor ensina, porque sabe, aluno aprende, porque não sabe nada), não fica difícil tais aproximações. Não sei, gostaria de ouvir a opinião de vocês...
Mas por hora, leiam o livro! Quem sabe fica mais claro, ou não...
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