quarta-feira, 27 de maio de 2009
A filosofia e a proposta do MEC
A inserção da filosofia na nova proposta do MEC pode ser particularmente interessante. Se tivermos a visão voltada para as áreas de ensino, em contraponto com a visão antiga dos conteúdos tomados separadamente, é provável que uma das coisas que salte à vista seja a dificuldade - mesmo que se tenha por fundo a boa intenção de se relacionar os conteúdos, a fim de que o aluno possa ver mais sentido (fim) naquilo que estuda - seja a dificuldade de se por em prática tal ideal interdisciplinar. Esta preocupação é manifesta em perguntas bastante simples, tais como, "como um formado em história se verá em condições de lecionar adequadamente geografia?" Pois bem, levando a questão para o meio filosófico, pode-se perceber uma particularidade na espécie de pergunta acima: o caso é que parece que, seja qual for o campo do saber, pode-se por "filosofia da" na frente. Pelo menos na área das chamadas "ciências humanas", uma boa saída para a questão, ou pelo menos um excelente jogo de cintura, seria abordar filosoficamente o conteúdo. Isto parece óbvio - na verdade é mesmo -, mas como a filosofia é tão ampla, e como qualquer campo do conhecimento que seja abordado filosoficamente deve ter também seu conteúdo próprio estudado, então no caso da filosofia tal adequação parece ser mais fácil que em outros casos, tal como seria o de estudar "geograficamente" a história, por exemplo.
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Um comentário:
E de que modo a entrada (ou volta) da filosofia na escola pode provocar e sacudir as demais disciplinas?
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