domingo, 25 de outubro de 2009

Ficções do Invisível




Como percebemos os processos de criação? Quais são mesmo os nossos próprios processos de criação? Nesta mostra os artistas "desnudam-se" para mostrar os bastidores, os processos por que passam quando criam seus trabalhos.

E nós, professores e professoras (ou futuros professores e professoras) como criamos? A criação faz parte/pode fazer parte das nossas ações docentes? Para pensar...

O que mais vocês descobriram sobre a mostra que vamos visitar?

Abaixo, algumas informações sobre a mostra "Ficções do Invisível", que faz parte da 7ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul, que acontece em Porto Alegre, de outubro a novembro de 2009.

"A exposição reúne artistas que colocam em cena sua própria relação com o processo artístico e, ao se exporem, expõem cruamente aqueles aspectos da produção artística que habitualmente ficam apagados ou sublimados na obra terminada: o questionamento interno, a estrutura dos processos, a economia de meios, o rompimento da função,
a relação entre obra e vida privada
, as vicissitudes a que o artista deve se submeter enquanto sujeito social atravessado por determinações de idade, gênero, raça, religião, tradições, linguagens...
Muitas vezes isto compreende um despojamento da linguagem artística e um desvelamento de suas estratégias retóricas. O artista desenvolve uma linguagem não mais pura, se não simplesmente mais direta e mais pobre (citando o escritor irlandês Samuel Becktett, "Me pus a escrever em francês com o desejo de me empobrecer ainda mais. Esse foi o verdadeiro motivo") renunciando ao capital técnico e simbólico que a tradição acumulou em seu aparente benefício. Empenha-se em
desaprender o aprendido
, em regressar a essa obscuridade que foi seu ponto de partida e meio inicial.
Os artistas incluídos nesta exposição dão conta deste processo partindo de um extremo ascetismo, da confrontação direta e da exposição brutal da condição social do artista. Se a arte é uma representação, estes artistas colocam em cena o que está por trás da cena.
Se a arte é uma máquina, arrancam a couraça e nos mostram as suas engrenagens.
 Se é um corpo, expõem os músculos e os órgãos".

Fonte: site da Bienal do Mercosul.

Créditos da foto: foto/criação/montagem da professora aqui.

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