quarta-feira, 31 de outubro de 2007

“O programa científico da Revolução Industrial”



Coube a mim buscar algo sobre “O programa científico da Revolução Industrial”. Confesso que ao receber o tema não me entusiasmei muito. Pareceu algo bem chato. Mas depois, buscando informações passou a parecer até interessante.

Não encontrei nada com a denominação “programa científico”, por isso comento de modo breve e simples alguns pontos chaves da revolução industrial e, no final, falo um pouquinho sobre o lugar da ciência nesse período.

As informações encontradas abaixo são fruto de uma pesquisa na internet, de lembranças minhas (do tempo de colégio) e de alguma ou outra conversa breve com amigos.

A Revolução Industrial, como o próprio nome já indica, foi um período no qual ocorreram transformações extremamente importantes na vida humana. A primeira idéia que me vem à mente quando penso no nome “revolução industrial” é aquela lembrança do surgimento da máquina a vapor.

Dessa lembrança podemos partir para uma idéia geral sobre esse momento histórico: a saída de um período marcado pelo trabalho artesanal para um novo, o da indústria, da produção em série e em larga escala.

O homem que antes ganhava pelo produto por ele criado e vendido passa a vender o próprio trabalho. Cresce a indústria mecanizada e com ela os campos são abandonados, o lugar do novo é a cidade onde se concentra a grande possibilidade de trabalho: a fábrica. Com o trabalho novo vem também horas e horas exaustivas gastas em trabalhos repetitivos que objetivavam o crescimento econômico das nações. As altas exigências sobre os trabalhadores gerarão, posteriormente, revoltas.

Nesse novo cenário, a ciência tem um lugar privilegiado. É através dela que vem o progresso. O desenvolvimento tecnológico é visto neste período como algo prático, capaz de ser aplicado em prol do crescimento.

O caráter de aplicação prática da ciência faz com que o cientista transforme-se em inventor. Sim, porque o progresso precisa da ciência, mas de uma ciência capaz de fornecer os meios, os equipamentos, as invenções necessárias para a promoção do crescimento. Nesse sentido, o valor da ciência torna-se mais explícito.

Através do uso da energia agora em forma mecânica criam-se as máquinas a vapor, desenvolvem-se os transportes aquático e ferroviário, surgem o telégrafo (que permite a comunicação a distância), o pára-raios, a pilha, a lâmpada elétrica, entre outros tantos inventos capazes de revolucionar a vida.

E assim temos o surgimento de um homem novo, aquele que acredita ser capaz de dominar a natureza. Sendo assim já não havia mais lugar para a religião, e a ciência (e também o método empírico) são as grandes estrelas do momento.

A Terra como sistema na era da informação








Olá, pessoal!






A seguir, tem a opinião de um entre doze pensadores que refletiram sobre a educação do futuro, mais precisamente, daqui a 25 anos. Achei que casou bem com o título acima, o qual recebi para realizar uma pesquisa e colocar no blog.





Gilson Schwartz



" Abriu o e-mail e baixou o santo.


Era de um professor e pesquisador brasileiro que trabalhava em uma escola de ensino médio no Senegal, enviado em 14 de julho de 2030. Será que é spam?



Assunto: Funcionou!


Data do envio: 14 de julho de 2030


De: Professor Fernando Spin (spin2030@spina frica.org)


Para: Jonas Yoruba


C/C: Sinapse, edição especial, julho, 2003



valeu muito vc ter blogado teu lance com os hiphackers. estamos usando super por aqui. a rede sobre saúde e desnutrição já tem versões traduzidas para 15 dialetos africanos, resultado da cooperação entre escolas de tribos que, há pouco mais de 20 anos, se matavam pelas ruas. é incrível, mas funcionou: usamos praticamente as mesmas técnicas que tinham funcionado - o quê, uns mais de 15 anos atrás, né?, com a moçada no Rio e em Sampa.
tem um monte de gente dizendo por aí (deve ser coisa do Steve em Oxford, aquele velho maluco!) que vamos faturar o Nobel da Paz. acham que as nossas redes de aprendizado foram o "elo perdido" que permitiu a eliminação da Aids na África.
lembra do Moussa, do Senegal? ele deu o primeiro alerta, era uma tese de doutorado no início do século, dizia que Aids era lida como "síndrome americana contra o amor entre os africanos".
rolaram então vários projetos muito em cima dos blogs em que escolas e telecentros do Brasil agitavam aquele papo tipo Paulo Freire digital. e a moçada... sem chance, sem chance! taí, foi 10! :-) sem falar na onda de mestrados e doutorados que saíram da história (ou melhor, entraram nela!).
meu, foram aqueles blogs da Bahia que colocaram as escolas da perifa em contato com uma rede de conhecimentos sobre desnutrição, violência e direitos digitais.
e esse Nobel, hein? será mesmo que levamos? tão dizendo que seria entregue para a Luara, aquela líder angolana que puxou as conexões entre escolas, sindicatos e postos de saúde. uma visionária sem diploma que multiplicou por mil o número de diplomas em práticas de saúde no país.
olha, te dou a notícia em primeira mão: estou saindo da África, depois de dez anos de trabalho por aqui. 65 anos... acabo de receber um convite para participar da montagem de uma rede entre escolas e cavernas digitais na Índia. claro, o fato de não terem ainda resolvido o problema da fome por lá também me anima a encarar o novo desafio. acho que o nosso Paulo Freire digital ainda tem muito a fazer! se funcionou em São Paulo, no Brasil e na África, tem que dar certo na Índia também!
desculpa te mandar um e-mail tão longo em vez de acionar o nosso bom e velho videofax, mas neste exato momento estou participando de uma videoconferência com 3.000 escolas públicas que desenvolvem projetos sociais. é meio que a formatura da moçada. o canal de vídeo ficou pesado demais e só dá para mandar e-mail. essa infra continua não dando conta do recado! @$!*&!
AQUELE abraço "



[Gilson Schwartz , 43, é economista e sociólogo. É diretor acadêmico da Cidade do Conhecimento do Instituto de Estudos Avançados da USP (www.cidade.usp.br ). É membro do comitê diretor da Rede Internacional de Pesquisa sobre Inteligência Coletiva para o Desenvolvimento Humano, coordenada por Pierre Lévy, da Universidade de Ottawa.]





Esta opinião e mais dos outros pensadores você encontra disponível em:









A sumida!!

Gostaria de saber sobre as últimas postagens...o q houve na última aula??
naum pude ir pq estava gravando um seriado, mas gostaria de saber...
principalmente o q combinaram sobre a ida ao museu da ufrgs para ver a exposição visões da terra...
temos que levar algo, ou fazer algo???
beijinhus

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Planeta Terra...



Da perspectiva na Terra, o nosso planeta parece ser grande e robusto, com um oceano interminável de ar. Do espaço, os astronautas muitas vezes têm a impressão de que a Terra é pequena, e tem uma fina e frágil camada de atmosfera. Para um viajante do espaço, as características que distinguem a Terra são as águas azuis, as massas de terra verdes e castanhas, e o conjunto de nuvens brancas contra um fundo negro.


Muitos sonham em viajar pelo espaço e ver as maravilhas do universo. Na realidade, todos nós somos viajantes espaciais. A nossa nave é o planeta Terra, viajando a uma velocidade de 108.000 quilômetros (67.000 milhas) por hora.







Planeta Terra visto da Lua (NASA Terra & Aqua Satellites).


A Terra é o terceiro planeta a contar do Sol, a uma distância de 150 milhões de quilômetros (93,2 milhões de milhas). Demora 365,256 dias para girar em volta do Sol e 23.9345 horas para a Terra efetuar uma rotação completa. Tem um diâmetro de 12.756 quilômetros (7.973 milhas), apenas poucas centenas de quilômetros maior que o de Vênus. A nossa atmosfera é composta por 78% de azoto, 21 % de oxigênio e 1 % de outros componentes. A Terra é o único planeta conhecido, do sistema solar, a abrigar vida.

O núcleo do nosso planeta, de níquel-ferro fundido, girando rapidamente, provoca um extenso campo magnético que, junto com a atmosfera, nos protege de praticamente toda a radiação prejudicial vinda do Sol e outras estrelas. A atmosfera da Terra nos protege dos meteoros, cuja maioria se queima antes de poder atingir a superfície.

Vale apreciar este espetáculo!
O nascer do Sol visto do espaço. Nesta foto (à direita) observa-se parte da energia solar espalhada pelos resíduos liberados pela erupção vulcânica do Monte Pinatubo, nas Filipinas, em junho de 1991. A faixa negra, entre os resíduos e a Terra, é formada por aerossóis compostos de cristais de ácido sulfúrico.




Imagem do Brasil!!!

Olá colegas copiem o link e colem no navegador, relacionado com o tema :
A história mosaica: o mundo acossado pelo dilúvio universal.

http://br.youtube.com/watch?v=aH9gyn4D_7o

Juliana
http://br.youtube.com/watch?v=aH9gyn4D_7o
A história mosaica: o mundo acossado pelo dilúvio universal

Na Idade Média, a visão bíblica de mundo predominava. Nela, a Terra foi criada por vontade de Deus, o qual poderia interferir na história humana e natural. o Gênesis relata o surgimento do mundo, dos animais e do homem. Este, como ser supremo, seria predestinado a dominar e povoar o mundo, fazendo uso dos bens naturais. Grandes catástrofes, como o dilúvio universal que levou Noé a fazer uma arca, são apresentadas com intervenções do criador para corrigir o curso da história humana. em uma descrição seminal dessa visão, está a obra A Divina Comédia(1307-21), de Dante Alighieri, na qual é relatada pormenorizadamente uma viagem pelo Inferno, Purgatório e céu. Mas o conhecimento naturalista dessa época expressa-se com vigor nos livros da sábia Hildebarg de Bingen(1098-1179), para quem Deus, a Terra e o homem estariam estreitamente conectados.

No princípio, Deus criou o céu e a terra.....(Gen.,1,1)

No ano seiscentos da vida de Noé,...jorraram todas as fontes do abismo e abriram-se as comportas do céu.

Hildebard de Bingen
A terra, o cosmo e a mística de Hildebarg de Bingen(1098-1179). Exemplo do espírito feminino da idade média, ela estudava botânica, zoologia e mineralogia. Possuía uma grande visão cosmo-teológica que se refletia em suas idéias sobre a criação do mundo e do homem e, também sobre a saúde e o sentido da vida.

"A terra é também mãe; mãe de tudo o que é natural, mãe de tudo o que é humano. Ela é mãe de tudo, porque contém em si as sementes de tudo.(...) Contém a unidade e o poder de fazer germinar...É frutífera em múltiplos modos. Nela tudo tem origem."
Hildebard de Bingen(1098-1179)


" O ser humano foi criado com a terra. todos os elementos se vinculam ao homem e , enquanto ele vive, eles o ajudam em sua vida diária. E o ser humano se ocupa com eles. A terra dá sua energia vital, de acordo com a naturaza e os hábitos de cada pessoa'.


"Homem, observa bem o homem: ele tem o céu, a terra e todas as criaturas já em si mesmo e é um todo".

Dante Alighieri

Dante nasceu em Florença, na Itália, em uma época em que se construíam grandes catedrais e realizavam-se Cruzadas. Contemporâneo de Tomás de Aquino, ele foi um importante pensador de sua época. em seu poema A Divina Comédia, misturou cosmologia, naturalismo, filosofia e teologia, sintetizando a visão medieval de mundo. a obra foi organizada em três livros - Inferno, Purgatório e Paraíso - cada qual com 33 cantos.

O barranco derrubado esculpia vários caminhos íngremes e irregulares da beira do precipício até embaixo, permitindo a descida com dificuldade
Dante Alighieri


Juliana, Mariana e Daniel

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Visões da Terra




Desde o início do semestre temos feito discussões sobre novas possibilidades de tempos e espaços escolares. Explorar outros espaços educacionais fora da escola é uma dessas possibilidades. Que tipo de aulas podemos criar a partir da visita a um museu? Que interfaces interdisciplinares são possíveis? O que uma exposição sobre "Visões da Terra" pode ter a ver com as diferentes disciplinas na escola?




Como vemos a Terra? Como habitamos esse lugar? De que forma a humanidade se vê entre deuses e máquinas? O que temos a ver com tudo isso? Vamos descobrir?




Exposição Visões da Terra - Entre Deuses e Máquinas - qual o lugar da humanidade no mundo em que vivemos - Museu da UFRGS - de 31/08 a 30/12/2007.

domingo, 28 de outubro de 2007

Os movimentos da Crosta Terrestre

A teoria da Tectônica de placas - que revolucionou as geociências assim como a teoria da origem das espécies modificou as Biociências e as teorias da Relatividade e da Gravitação universal mudaram os conceitos de física - nasceu quando surgiram os primeiros mapas das linhas das costas atlânticas da América do Sul e da África. Em 1620, Francis Bacon, filósofo inglês, apontou o perfeito encaixe entre essas duas costas e levantou a hipótese, pela primeira vez historicamente registrada, de que estes continentes estiveram unidos no passado. Nos séculos que se seguiram, esta idéia foi diversas vezes retomada, porém raramente com argumentação científica que lhe desse suporte teórico.

A origem da tectônica de placas ocorreu no início do século XX com as idéias visionárias do cientista alemão Alfred Wegener, que se dedicou a estudos metereológicos, astrônomos, geofísicos e paleontológicos principalmente. Wegener passou grandes períodos de sua vida nas regiões geladas da Groenlândia fazendo observações metereológicas e misturando atividades de pesquisa com aventuras. Entretanto sua verdadeira paixão era a comprovação da uma idéia, baseada na observação de um mapa-mundi nos quais as linhas de costa atlântica atuais da América do Sul e África se encaixaram como um grande quebra-cabeça, em que todos os continentes poderiam se aglutinar. Para explicar estas coincidências, Wegener imaginou que os continentes poderiam, um dia, terem estado unidos e posteriormente terem sido separados. Ele chamou o supercontinente de Pangea (Pan significa todos e Gea Terra) que iniciou sua separação a cerca de 220 milhões de anos em dois continentes chamados de Laurásia e Gondwana. Mas como ele chegou a essas conclusões?

Quando esteve na Groenlândia ele mediu o ângulo de incidência de um mesmo ponto com o sol e descobri que a cada ano que fazia essa marcação o ângulo se alterava, ou seja, algo estava se mexendo! Mas existia uma evidência biológica muito mais valiosa para conseguir chegar a essa conclusão, afinal muitos outros fatores poderiam estar influenciando os ângulos de incidência. Mas que evidência seria essa? Foram encontrados fósseis de Glossopteris (tipo de gimnosperma primitiva) em regiões da África e Brasil, cuja ocorrência se correlacionava perfeitamente, ao se juntarem os continentes. Outros fósseis também foram encontrados em regiões diversas do Brasil, em especial no Rio Grande do Sul foi encontrado um grande mamífero que também foi encontrado no Sul da China! Como estas árvores e animais teriam conseguido atravessar o oceano atlântico? Seria possível ir a nado, ou dispersão de sementes a milhares de quilômetros? Ele também trouxe outra evidência muito relevante, a glaciação de regiões do Sul e Sudeste do Brasil, Sul da África, Índia, Oeste da Austrália e Antártica, sugerindo que essas porções da terra estariam cobertas por camadas de gelo, portanto estariam submetidos ao clima polar, ou seja, todas essas extensões estariam no pólo sul. Como exemplo, no Rio Grande do Sul não existe registros fósseis de anfíbios e répteis, porque na explosão populacional evolutiva desses organismos (Devoniano e Carbonífero) ele estava localizado muito próximo pólo Sul.

Em 1915, Wegener reuniu todas as evidências que encontrou para justificar a teoria da Deriva Continental, o que para ele já seriam provas convincentes, em um livro denominado A origem dos Continentes e Oceanos. Entretanto ele não conseguiu responder a questões fundamentais, como por exemplo: que forças seriam capazes de mover os imensos blocos continentais? Como uma crosta rígida como a continental deslizaria sobre uma outra crosta rígida como a ocêanica, sem que fossem quebradas pelo atrito? Infelizmente naquela época as propriedades plásticas da astenosfera (camada abaixo da litosfera ou crosta terrestre, que não apresenta solidez pelo calor do núcleo da terra) não eram ainda conhecidas, o que o impediu de explicar sua teoria. Após sua morte em 1930, passou quase vinte anos esquecidas suas idéias, pelo não acontecimento da construção de uma explicação lógica e aceitável.

Após a segunda guerra mundial, com grande avanço de sonares por razão das batalhas marinhas em todos os oceanos contra os submarinos, se tinha instrumentos para conseguir mapear o fundo dos oceanos. Acreditava-se que o fundo do mar nada mais era, que planaltos e planícies monótonas. Porém, descobriu-se que existiam grandes fossas e trincheiras, havendo grande amplitude e diferentes formas estruturais da crosta oceânica. A cartografia da cadeia Meso-Oceânica realizada pelas universidades de Columbia e Princeton (EUA) mostrou a existência de uma cadeia de montanhas submarina no Oceano Atlântico. Essa cadeia emerge na região da Islândia, e apresentam 84000 km de extensão, de até 1000 km de largura e diferentes alturas por terem sido descobertos vales e riftes em sua extensão. Posteriormente foi constatado um fluxo térmico nas áreas contíguas de crosta oceânica com forte atividade sísmica e vulcânica. O mais importante aqui era que esta cadeia meso-oceânica dividia a crosta submarina em duas partes, podendo representar, portanto, a ruptura ou a cicatriz produzida durante a separação dos continentes. Se assim fosse, a teoria da Deriva Continental poderia ser aceita.

No final dos anos 50 foram feitos aperfeiçoamentos da geocronologia (estudo da idade das rochas) que constatou algo diferente do que se pensava. Acreditava-se que as rochas no fundo dos oceanos seriam muito antigas, porém viu-se que, existiam rochas muito jovens com menos de 20 milhões de anos nas cadeias submarinas. As rochas mais próximas das cadeias são muito jovens e as mais próximas dos continentes são mais antigas. Mas como isso seria possível? Outros pesquisadores descobriram anomalias positivas e negativas nos campos magnéticos e constataram que isso acontecia pela extrusão de lava no fundo do oceano. Em palavras mais simples, os campos se alternam pela saída de lava do manto, ou seja, pela expansão e de aumento da massa nas regiões onde a lava saiu. Com esses dados Harry Hess na década de 60, propôs que o material magmático ao entrar em contato com a superfície, se movimentaria lateralmente e o fundo oceânico se afastaria dorsalmente. A fenda existente na crista dorsal não continua a crescer porque o espaço deixado pelo material que saiu para formar a nova crosta oceânica é preenchido por nova lava, que, ao se solidificarem, formam um novo fundo oceânico. A continuidade desse processo produziria, portanto, a expansão do assoalho oceânico. A deriva continental e a expansão do fundo dos oceanos seriam assim uma conseqüência das correntes de convecção.

Assim, em função da expansão do fundo oceânico os continentes viajariam como passageiros fixos em placas como se estivessem em esteiras rolantes. Com a continuidade do processo de geração de crosta oceânica, em algum outro local deveria haver um consumo ou destruição desta crosta, caso contrário a Terra expandiria. A destruição da crosta oceânica mais antiga ocorreria nas chamadas zonas de subducção, que seriam locais onde a crosta oceânica mais densa mergulharia para o interior da Terra até atingir condições de pressão e temperaturas suficientes para sofrer fusão e ser incorporada novamente ao manto.


http://www.youtube.com/watch?v=QXzjSZ1qapI

Falta ainda as imagens e filmes. Em breve...

quinta-feira, 25 de outubro de 2007


Na última quinta, nosso grupo trabalhou com vocês uma oficina sobre leitura. Logo abaixo colocamos indicações de leitura na internet que tratam dos temas leitura e letramento.

Dêem uma olhada! São textos interessantes.


"LETRAR É MAIS QUE ALFABETIZAR" - Entrevista com Magda Becker Soares.
http://intervox.nce.ufrj.br/~edpaes/magda.htm

"A importância do ato de ler" – Texto de Paulo Freire
http://extralibris.info/artigo/146


“O ato de ler e escrever deve começar a partir de uma compreensão muito abrangente do ato de ler o mundo, coisa que os seres humanos fazem antes de ler a palavra.

Até mesmo historicamente, os seres humanos primeiro mudaram o mundo, depois revelaram o mundo e a seguir escreveram as palavras.”

Paulo Freire

terça-feira, 23 de outubro de 2007

A Vida teve uma longa evolução, que começou há 6,5 bilhões de anos, Desde o Big Bang, a grande explosão que deu origem a Terra e ao Universo. A vida começou na terra há 3,5 bilhões de anos, no periodo Arqueano. No começo, tudo na terra era rocha derretida, que, depois de algum tempo, se solidificou e formou a superficíe terrestre. Naquela época haviam muitas erupções vulcânicas, e por essa razão, a atmosfera da terra era tóxica. Houve um grande periodo de chuvas, que durou milhões de anos, e as partes de terra que ficaram emersas formaram os continentes.As primeiras formas de vida do planeta foram os Procariontes, formas de vida unicelares que continham DNA, a célula fundamental da vida. Depois dos Procariontes, vieram os Eucariontes que já eram organismos multicelulares e mais complexos, continham um núcleo e organelas. Tempos depois, surgiram os vermes achatados e criaturas invertebradas mais complexas, como os Trilobitas. De pequenos seres chamados conodontes, surgiram os peixes, que se tornaram no Devoniano os donos dos mares, e que por alguma razão desconhecida, talvez em busca de alimentos ou para fugir de predadores, alguns peixes começaram a sair para a terra firme, e deram origem aos anfíbios que podiam andar na terra, mas nescessitavam viver em pântanos pois não sobreviviam muito tempo fora da água. Os anfíbios evoluiram aos répteis, que viviam sem dependência da água e dos répteis evoluiram os sinapsídeos, ancestrais dos mamíferos, que se permaneceram escondidos durante o longo reinado dos dinossauros até se tornarem os donos do mundo.
Essa é a explicação cientifica que temos da evoluçao da Terra e da vida, agora gostaria de falar sobre isso de um outro ponto de vista...
A evolução humana
Esta manhã eu “coloquei” roupas para esconder as imperfeições que eu não queria mostrar.Quando você me vê, totalmente vestido, você não pode ver minhas pintas, cicatrizes ou machucados. Eles estão escondidos.Sorrio para esconder minhas tristezas. Demonstro atitudes polidas para esconder as atitudes errôneas que tive a capacidade de engendrar.Me faço mais apresentável porque em meu âmago escondo meus defeitos.Meu carro possante e brilhante são a couraça que recobre a minha inferioridade.Palavras bonitas para esconder palavrões que solto quando meu ego é atingido. Sou a perfeita imperfeição disfarçado na imagem do bom moço.Quantas são as "cirurgias plásticas" que fiz para negar a mim mesmo o horror que tenho da morte, da velhice? Quero o meu belo corpo sempre, idolatro as boas formas físicas, semrugas, imbátiveis frente à passagem do tempo.Hipocrisia é o lema para parecer melhor, mais bonito, mais apresentável, mais humano, daquilo que a minha animalidade, minha instintividade, minha mesquinhez, meus ataques ególatras de fato são.Não choro para não demonstrar minha verdadeira condição de fraco como qualquer um. Digo "não" ao auxílio de outrem só para demonstrar que estou por cima do controle de meus problemas e nada me atinge.Nego a Deus para não me submeter a nenhum ser superior a mim, mas de fato sou um rastejante verme da lama imunda dessa sociedade mentirosa e exigente quanto à forma e sem importância alguma ao conteúdo.Sou a casca social: bonito por fora, podre por dentro.Minhas gravatas italianas disfarçam o engolir a seco quando a minha consciência prega peças momentâneas, cobrando-me integridade, humanidade, honestidade e verdade.As marcas mais famosas apenas denotam que corro atrás da imagem, não me importando com a funcionalidade, utilidade ou qualidade.A minha sede de poder me faz uma ave de rapina, um trator que esmaga tudo à sua frente.Este é o estado evolutivo que a sociedade moderna chegou. Século XXI e corações de bárbaros.O "Juizo Final" está decretado pela própria ilusão humana de sentir-se a raça superior.
Achei essa passagem na internet e achei muito interessante para discutir a evolução humana. Será que podemos chamar de evolução o que presenciamos no cotidiano de nossas vidas? Pessoas que interpretam papeis para esconder a mediocridade da vida real, fingindo ser o que não sao para se manter em um pedestal imaginário. Por que a vida tem que ser vivida dessa maneira? Não seria mais simples descermos do pedestal e viver como pessoas "normais"?

quarta-feira, 17 de outubro de 2007


Colegas,

Na próxima quinta, dia 18, trabalharemos com vocês uma oficina sobre leitura.

Todos nós um dia aprendemos a ler, isto é, adquirimos a habilidade da leitura. E, por isso, sabemos que não basta conhecer e juntar as letrinhas para que um texto faça sentido: é preciso algo mais.

Pedimos que vocês pensem um pouco sobre a importância que a leitura tem em sua área de conhecimento e em qual é o seu papel enquanto professor no desenvolvimento da habilidade de ler dos estudantes.

Esperamos vocês. Abraço e até lá.


"Ler com proficiência implica ser capaz de apreender os significados inscritos no interior de um texto e de correlacionar tais significados com o conhecimento de mundo que circula no meio social em que o texto é produzido."

Platão & Fiorin


ARTE/EDUCAÇÃO

Em entrevista à revista Nova Escola, Luis Camnitzer, o curador da Bienal, fala um pouca da relação sobre arte e educação. Abaixo um trecho da entrevista.

Qual a relação entre arte e educação?
Quando damos importância à comunicação entre o artista e o público por meio da obra, a peça deixa de ser objeto de contemplação e a atividade artistica nivela-se à educação. Isso quando se entende que essa última não se limita a transferir dados, mas a gerar especulações por parte dos estudantes. Nesse sentido, as informações e os exercícios dados pelo professor deveriam equivaler à obra do artista. Quem vai a uma exposição ou freqüenta uma sala de aula deveria ter sempre a sensação de ter participado de um processo criativo memorável e sair dali se sentindo preparado para inventar os próprios meios. Quero que os visitantes da Bienal tenham contato com essa idéia e se proponham, a partir daquele momento, a fazer de cada uma de suas aulas uma peça artistica, no qual os alunos possam descobrir a si mesmos, reinventar e reordenar o Universo e assumir o papel de criadores, e isso vale para todas as disciplinas.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

E por falar em memória...

MEMÓRIAS BURRAS NUNCA ESQUECEM
Rubem Alves
"Eu confesso: se tentasse entrar na universidade via vestibular, não passaria. Meu consolo é saber que eu não estaria sozinho. Teria muitos companheiros. Os reitores de nossas grandes universidades seriam os primeiros. A seguir, respeitáveis professores e pesquisadores. Eles talvez não passassem nem mesmo em suas próprias disciplinas.
É duvidoso que um professor que há anos se dedica a pesquisas de biologia molecular ainda se lembre de como resolver problemas estatísticos de genética. Também os professores dos cursinhos: cada um passaria brilhantemente na disciplina de sua especialidade. Mas também é duvidoso que um professor de português consiga resolver problemas de química ou física. Com eles, os professores que elaboram as questões que os alunos terão de responder. Para eles, vale o que foi dito sobre os professores dos cursinhos. Por fim, os diretores das empresas que preparam os vestibulares...
Essa hipótese desaforada poderia ser testada facilmente: bastaria que os personagens acima mencionados se submetessem aos vestibulares. Claro: seria proibido que se preparassem. O objetivo seria testar o que foi realmente aprendido. O que foi realmente aprendido é aquilo que sobreviveu à ação purificadora do esquecimento. O aprendido é aquilo que fica depois que o esquecimento faz o seu trabalho...
Vestibular: porta de entrada para a universidade? Seria bom se sua função se limitasse a isso. O sinistro está não no que é dito, mas no que permanece não dito: os vestibulares são um dragão devorador de inteligências cuja sombra se alonga para trás, cobrindo adolescentes e crianças.
Desde cedo, pais e escolas sabem que a escola deve preparar para os vestibulares. Os vestibulares, assim, determinam os padrões de conhecimento e inteligência a serem cultivados. Mas não existe nada mais contrário à educação que os padrões de conhecimento e inteligência que os vestibulares estabelecem.
O escritor Mário Prata escreveu uma crônica sobre as meninas jogadoras de vôlei. Era uma crônica leve, bem-humorada, picante. Era impossível não sorrir ao lê-la. Lida, ficava para sempre na memória, pois a memória guarda o que deu prazer. Passados alguns meses, ele voltou ao assunto da primeira numa crônica dirigida, se não me engano, ao então senhor ministro da Educação. É que sua primeira crônica fora usada, na íntegra, num exame vestibular.
Para um escritor, ter uma crônica transcrita, na íntegra, num exame vestibular, equivale a uma consagração. Mário Prata estava felicíssimo. Exceto por um detalhe: os examinadores, para transformar sua crônica em objeto de exame, prepararam uma série de questões sobre ela, cada uma com várias alternativas de resposta. Mário Prata resolveu, então, brincar de vestibulando. Tentou responder às questões. Não acertou uma! (Eu me saí pior do que ele. Tentei responder às questões, mas houve algumas que nem mesmo entendi!)
Se o vestibular fosse para valer, ele teria zerado no texto que ele mesmo escrevera. Ele se dirigiu, então, ao senhor ministro da Educação comentando esse absurdo. E perguntou se não teria sido muito mais inteligente se os examinadores, gramáticos, tivessem pedido que os moços escrevessem um parágrafo sobre seu artigo. Aqueles saberes esotéricos que lhes eram pedidos nunca teriam qualquer uso em suas vidas. Compreende-se que, como resultado do seu preparo para os vestibulares, os jovens passem a detestar literatura.
Minha filha queria ser arquiteta. Como não havia outro caminho, matriculou-se num cursinho. Eu a via sofrer tendo de memorizar coisas que não lhe faziam sentido. Fiquei com dó e, por solidariedade, resolvi fazer um sacrifício: passei a estudar com ela. Estudei meiose e mitose, as causas da Guerra dos Cem Anos, cruzamento de coelhos brancos com coelhos pretos... Estudei também, contra a vontade e sem interesse, a necropsia da língua chamada análise sintática. Não sei para que serve. E dizia à minha filha, à guisa de consolo: "Você tem de aprender essas coisas que você não quer aprender porque a burocracia oficial assim determinou. Mas não se aflija. Passados dois meses, quase tudo terá sido esquecido. Só sobrarão os conhecimentos que fazem sentido...".
Pergunto a você, meu leitor: de tudo o que você teve de estudar para passar no vestibular, o que sobrou?
Por que nós, professores universitários, não passaríamos no vestibular? Por termos memória fraca? Não. Por termos memória inteligente. Burras não são as memórias que esquecem, mas as memórias que nada esquecem... A memória inteligente esquece o que não faz sentido. A memória viaja leve. Não leva bagagem desnecessária.
E aí eu pergunto: se nós, professores já dentro da universidade, não passaríamos nos exames vestibulares, por que é que os jovens, que ainda estão fora, têm de passar? É irracional. Especialmente em se considerando que irá acontecer com eles aquilo que aconteceu conosco: esquecerão... Haverá uma justificação pedagógica para esse absurdo? Ainda não a encontrei. "

Referência consultada:
http://intervox.nce.ufrj.br/~edpaes/memoria.htm
em: 16/10/2007.

[Rubem Alves é educador e escritor. Possui um site pessoal -
www.rubemalves.com.br- o qual vale dar uma olhada]
E aí eu pergunto também: nós (futuros professores) queremos contribuir para o esquecimento dando mais trabalho para a memória inteligente ou para o que faz/tem sentido.
Você decide!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

A vida trouxe você até aqui

Um comercial pode ser um bom pretexto para discutirmos de que são feitas as nossas memórias?


sábado, 13 de outubro de 2007

Bienal

Nossa visita a Bienal...
Mesmo tarde eu gostaria de comentar sobre o trabalho do artista Daniel Bozhkov. Desde o simpósio venho me questionando sobre alguns trabalhos apresentados no material pedagógico da 6ª Bienal do Mercosul, mas admito que o trabalho de Daniel tinha me passado desapercebido ou melhor, não tinha me chamado a atenção em nada.
Em nossa visita, sem dúvida, foi o trabalho que (para mim) melhor traduziu o tema “A Terceira Margem do Rio”.
A obra nos leva, remete a um outro local, o artista nos coloca dentro do seu ambiente de estudo, mais do que isso nos coloca dentro da “sua” obra. (elaborada por ele, construída pelos Guaranis locais).
A obra nos leva para um outro espaço e para um outro tempo. Sugere o primitivo, como se tivéssemos voltado no tempo, para uma época predominantemente indígena, ou simplesmente, para um tempo que não é comum em nossa sociedade, em meio as grandes cidades e nossa pressa diante da passagem do tempo.
* A história da confecção dos animais esculpidos em madeira como pedido de desculpa pela sua morte a natureza, a devolução da argila restante ao meio ambiente são lições importantes, pequenos gestos que aprendemos quando crianças e esquecemos com o passar dos tempos.
* A palavra que pode significar duas coisas distintas se confronta diretamente com a sociedade extremista em que vivemos (bem X mal, bonito X feio, certo X errado...).

Segundo o material pedagógico: Bozhkov quer entrar na produção a partir do ponto de vista do consumidor da escultura, ao invés do ponto de vista do consumidor do produto caçado. É uma forma de pedir desculpas ao objeto comprado no circuito turístico e não para o animal que originalmente gerou a escultura.

Teatro da Merenda Escolar


"Teatro da Merenda Escolar" é recebido com muita alegria pelos alunos de Rio Verde
A Secretaria de Educação de Laranjeiras do Sul realizou nesta quinta-feira (10), na comunidade do Rio Verde, mais uma etapa do projeto, ‘Teatro da Merenda Escolar’.

O evento contou com a participação de aproximadamente 40 alunos das escolas, Padre Jósimo Tavares e Alberto Santos Dumont.

A tarde recreativa, com o ‘Teatro da merenda Escolar’, começou às 13h com a realização de duas palestras sobre educação alimentar, ministradas pela nutricionista Joselaine de Miranda. Atentos às palavras da nutricionista os alunos puderam entender melhor, sobre a importância de se praticar bons hábitos alimentares no dia-a-dia. A nutricionista, Joselaine de Miranda, também coordenou atividades teóricas relacionadas às questões nutricionais com a participação direta das crianças.

As palestras não foram às únicas atividades levadas aos alunos do Rio Verde. A equipe da Secretaria de Educação, através do departamento de Cultura e departamento de educação do interior e merenda escolar, desenvolveu outras recreações, com motivação pedagógica. Uma das atrações foi o teatro de fantoches com motivos de alimentos.

Para garantir a diversão das crianças foram montados vários brinquedos. O ‘pula-pula’ e a ‘cama elástica’ se destacaram como os preferidos da criançada. Também, houve um espaço destinado à alimentação das crianças, quando foi servido lanche a base de cachorro quente, sorvete, algodão doce, entre outros.
11/11/2005

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Sua vida trouxe você até aqui

Um texto preparando a discussão da próxima aula: quais são as nossas memórias?


Zero Hora – 24/10/2006- DlANA CORSO - E-mail:dianacorso@portoweb.com.br

"Sua vida trouxe você até aqui"


Essa frase é o texto de um comercial Na imagem que acompanha, um rapazote cabeludo, em idade de andar de ônibus, observa o que a propaganda anuncia como "Novo Prisma. Seu primeiro grande carro". Atrás dele a vida é simbolizada por um bizarro e interessante grupo amontoado: familia, amigos, amores, colegas de di­versas fases da vida, médicos, reli­giosos, professores, mas também há personagens ficcionais, representan­tes da cultura pop e de comerciais.

Cada um tem sua própria seleta de elementos que integram o acervo da memória, dela é composta a vi­da que nos leva a algum lugar. São histórias, frases, nomes, músicas e imagens que constituem uma baga­gem afetíva e intelectual Na memó­ria os fatos e a ficção se confundem. O mesmo ocorre quanto a eventos marcantes que disputam espaço com outros de aparente banalidade. Por isso imagens ou palavras prove­nientes de um gibi ou de uma em­balagem de cereais podem rivalizar em importância no acervo da me­mória com a última frase da nossa avó em seu leito de morte.

Examinando o conteúdo de nosso acervo pessoal veremos que a me­mória não prega prego sem estopa e tudo está ali por alguma razão. Nas minhas catacumbas, por exemplo, mora a imagem da Ipirela, uma loi­ra escultural pintada na parede do posto da esquina, garota propagan­da do local Contemporânea dessa lembrança, da época em que come­çava a ir à escola sozinha, é a ima­gem de um gato eviscerado, caído do alto de um prédio. A mulher irre­sistível que eu esperava ser no futuro e a morte colhendo aquele que era para ter sete vidas aparecem através de eventos ou imagens aparente­mente banais. Porém, não é irrele­vante o início da independência, os primeiros passos a sós no mundo sem uma mão para nos guiar. Cer­tamente é também o momento de encarar o crescimento, a sexualidade e a morte.

O Dr. Ivan Izquierdo e sua equipe na PUCRS avançaram mais um passo na pesquisa sobre a memória, eles investigam a formação e a con­solidação de memórias e lembran­ças. Desvendaram "como ocorre a síntese de proteínas que possibilitam à mente registrar os eventos para sempre" (em ZH do último dia 19). Eles também investigam o que acontece com as memórias quando evocadas, pois a mente é como um armário remexido, nunca mais fica do mesmo jeito, mesmo que depois se arrume. Como se vê o significado e a importância do que se guarda depende do contexto e o que se evo­ca acaba sendo reeditado, lembrar é algo que se altera e nos altera.

Independente do rumo que nossa vida tenha tomado, o que não mu­da é o fato de o destino alimentar-se das memórias, boa a sacada do co­mercial Ainda bem que há cientis­tas trabalhando para nos ajudar a preservá-las quando a idade ou al­guma doença nos privam delas. O mesmo fazem os psicanalistas, pro­curando lembranças nos porões pes­soais e alheios. Outra coisa são os pontos de chegada, espero que sejam tão particulares e variados como as memórias. Para mim um carro não é uma perspectiva atraente. Queria era ter ficado parecida com a Ipirela. Não deu!

A psicanalista Diana Corso escreve quinzenalmente no Segundo Caderno

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Mais um pouco de poesia...

Tudo o que a gente sente,
gosto, som, cheiro, visão,
se está frio ou se está quente,
aqui vai a explicação.
Cinco são nossos sentidos:
e começo pelo tato.
Áspero, macio ou liso,
nossa pele sabe a jato.
Gato é fofo e tão macio,
diferente do elefante.
Gelo é liso e bem mais frio
que uma sopa borbulhante.
Tudo eu sei com o meu tato
e enxergo com a mão.
Só que cortam meu barato:
_Ei! Não mexe nisso, não!
Chama olfato ou olfação
o sentido de cheirar.
Ele é bem melhor no cão
porque ajuda a caçar.
Para nós o tal olfato
dá tempero à comida.
Faz sentir melhor o prato
ou a panela esquecida.
Outro dia na cantina
tinha torta de banana.
_Quem te disse isso, menina?
_Meu nariz, que não se engana!
Já de longe você sente
fumaça, sujeira ou poluição.
Ele ajuda toda gente
a escapar de confusão
Mas falando em comida...
dá até gosto lembrar
de uma tortade morango
mas que bom! Que paladar!
É na língua este sentido
que na gente é apurado.
Em quatro tipos dividido:
amargo, azedo, doce e salgado.
Olha só que engraçada
esta informação doidona:
só mesmo estando molhada
nossa língua funciona.
Ei! Capriche na receita
pra papila gustativa.
Se a comida está bem feita
ela sente e grita: viva!
Bata palmas que chegou
a hora da audição.
Um sentido do barulho
pra dançar rock ou baião!
Ligue um som bem animado,
mas cuidado com a altura!
Nosso ouvido é delicado
e precisa de ternura.
Este órgão enrolado
tem até um labirinto.
Tem martelo, tem bigorna.
Como é que eu nem sinto?
Uma música bonita,
um pedido de socorro...
se uma pessoa grita,
ele avisa e eu corro.
Tem sentido mais bonito
que o sentido da visão?
Você vê o infinito,
céu, cinema, televisão.
A visão alcança longe, vai até o horizonte.
Mas se o que se vê é feio
ou dá medo... nem me conte!
Cada olho é um convite
pra saber que a vida é bela.
Ele mostra que o limite,
do seu corpo é a janela.
Olho é coisa tão bonita
como estrela a brilhar.
Qualquer cor: do azul ao negro,
o que importa é o olhar.
Ver, ouvir, sentir, falar
e curtir o paladar.
Tanta coisa pra viver...
Mas você pode ajudar?
(Ângela Finzetto. Coleção Poesias para crianças)
Pergunto:
Quais os sentidos mais "valorizados" na sala de aula?
E os outros, fazemos o que com eles? Deixamos em casa?
OI!

A próxima aula será sobre os sentidos. Pedimos a todos (as) que compareçam com uma roupa confortável e tênis.

O nosso corpo é dotado de vários sentido que são responsáveis por todas as nossas sensações. Esses sentidos ao serem estimulados nos orientam, equilibram e direcionam. Eles nos dão os sinais de perigo ou de prazer. Por todo o nosso corpo, dentro e fora dele, muitas células estão trabalhando para manter o equlibrio de nossas reações químicas e físicas.

Por enquanto pensem nisso.
Encontrei no linck abaixo o texto (abaixo)...


Aproveitem a visão...

http://blog.gruponogues.com.br/2007/02/05/os-cinco-sentidos/

Os Cinco Sentidos

Olhe as cores, ouça o som, sinta o toque, o cheiro e o gosto do mundo. Assim saberá que ele existe. O material é tão instável, e de repente desaparece. É preciso saber ouvir, sentir, saborear, tocar. Porque os cinco sentidos cobram vitalidade.

Então você pode ouvir as vozes da natureza e ver as belezas que só estavam ao alcance dos mais ousados. Não apenas as belezas da forma, mas a beleza do que pode fazer por você.

Veja e enlouqueça com seus tons, suas nuances, com suas formas únicas.

Ouça a melodia que ele produz e desvende os segredos que ele guarda, os sons que te acalmam, a história que ele criou pra você com tão poucas palavras.

Cheira, as flores de encanto, o cheiro do campo, o aroma que emana da tua pele. Sinta seu perfume de desejo e delire com o novo.

Saboreia esse banquete, por todos os poros. Tempere seu corpo.

Toca. Ele é mais que um objeto. Conheça suas formas se delicie com sua textura. Sinta seu corpo transformar.

Toda arte passa pelos cinco sentidos. Entregue-se a eles com total intensidade, e por um momento poderá perdê-los.