terça-feira, 26 de agosto de 2008

Espaços diferenciados para a abordagem do ensino de Química


O ensino de Química, muitas vezes, é dificultado pela maneira como o docente realiza as abordagens em salas de aula. Na verdade, essa dificuldade é inerente a docentes de todas as áreas do conhecimento, visto que o desenvolvimento de uma proposta pedagógica que rompa com o Ensino tradicional e ofereça bases para o desenvolvimento de temas relacionados a interdisciplinaridade e que relevem as concepções prévias dos estudantes quanto aos temas propostos constitui uma tarefa árdua, na medida em que se desvincula totalmente dos planos pedagógicos até então apregoados pelo sitema governamental para educação de massas. Vale ressaltar, aqui, que a educação de massas, por possuir como eixo principal a transmissão de conhecimentos do professor, detentor do saber absoluto, para seus alunos, acaba por mascarar a construção epistemológica e a formação para a cidadania, visto que quase nada se relaciona aos contextos de vida dos sujeitos. Logo, acaba por despertar uma certa resistência dos estudantes, visto que tendem a considerar desinteressante qualquer atividade que não exija deles ativa participação ou que se resuma puramente na recepção do saber instituído.

Assim, na tentativa de aumentar o atrativo para a área de Química, por exemplo, deve-se usufruir de diferentes espaços educativos que proporcionem uma forma diferenciada de ensino, promovendo a abstração de conhecimento a partir de atividades experimentais, pesquisas de temas de interesse dos alunos, visitas a indústrias nas quais se desenvolvam processos relacionados aos temas, etc. O interessante, já para início de conversa, é desvincular-se do livro didático como única ferramenta para construção curricular e da sala de aula como espaço incontestável para desenvolvimento do conhecimento, que acaba por isolar os sujeitos da malha social inerente a sua formação cidadã.

Quanto aos processos avaliativos, estes também necessitam ser revisados, para que se proponha uma avaliação continuada ante as propostas empregadas, abrangendo a construção epistemológica não apenas pela assimilação do saber passado, mas também pela participação ativa na composição deste saber.

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