quarta-feira, 26 de setembro de 2007

OFICINA ARTES VISUAIS

O TEMPO E ESPAÇO DA ARTE NA ESCOLA É CRIATIVIDADE?

A Oficina de Criatividade proposta pela colega das Artes Visuais da disciplina vem com a idéia de desmistificar e apresentar algumas abordagens que reconhecemos a respeito do que é criatividade. Alguns questionamentos...
Todos somos criativos?
Quando usamos o adjetivo criativo ou criativa?
Conhecemos pessoas criativas?
Você já reconheceu alguma ação criativa própria?

Dessa maneira na aula desta quinta-feira 27 de setembro juntos iremos constituir o conceito de CRIATIVIDADE e suas implicações nas diferentes disciplinas e na EDUCAÇÃO !

Até lá , abraço colega Jessica

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Visita mediada a Bienal do Mercosul - Mostra Três Fronteiras







Turma da disciplina "Tempos e espaços escolares: atravessando fronteiras" visita a Bienal do Mercosul, no dia 13 de setembro de 2007.

sábado, 22 de setembro de 2007


Veja o sol
Dessa manhã tão cinza
A tempestade que chega
É da cor dos teus olhos Castanhos...
Então me abraça forte
E diz mais uma vez
Que já estamos
Distantes de tudo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo...
Não tenho medo do escuro
Mas deixe as luzes
Acesas agora
O que foi escondido
É o que se escondeu
E o que foi prometido
Ninguém prometeu
Nem foi tempo perdido
Somos tão jovens...
Tão Jovens! Tão Jovens! (Renato Russo)

Exclusão

Ola colegas! Na proxima aula, vou contribuir para a nossa cadeira e achei legal postar aqui para chegarmos na aula com alguma ideia do que vai ser apresentado.

A exclusão é uma forma de violência que fere profundamente. Ela não é, necessariamente, econômica, social, ou racial: muitas vezes entre pares utilizam-se formas sutis de exclusão, com o intuito de ferir, vingar-se, humilhar.
Portanto, pode-se refletir aprofundando o sentido de três palavras:
Excluído: alguem que nao tem espaço, vez, perspectiva. Alguem que é isolado, submetido a limites espaciaia, temporais, culturais, economicos, etc. Alguem que é propositadamente, ou institucionalmente, desprezado num espaço limitado.
Excludente: o autor da exclusao. Devemos questionar as formas assumidas, ou disfarçadas, de exclusao, a omissao de encarar a exclusao como problema social, politico e ético numa sociedade. E o problema de procurar alibis para nao nos sentirmos culpados, responsabilizados psicologicamente pelas situaçoes de exclusao.
Exclusão: o fato em si, a realidade. Viver num pais de imensos recursos naturais, de rara riqueza de raças humanas, e ao mesmo tempo de uma inegavel tragica realidade excludente, torna a revisao de nosso modelo cultural uma tarefa ética e formativa urgente e primaria.

Exclusão: é destino? é carma? é natural? é questão de ética? é problema social? é problema político?

No mundo vegetal e no universo animal sobrevivem os mais fortes à custa dos mais fracos. Seria ssim também entre os humanos? O desenvolvimento da humanidade, sua evoluçao, se daria naturalmente atraves do progresso dos mais aptos explorando os mais fracos?

Bom colegas, por enquanto é isso, acho que temos bastante assunto para discutir na proxiam aula...até quinta!!!

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Turma da FACED "atravessa fronteiras" na Bienal do Mercosul



Estavam presentes: Anelise, Betina, Camila, Carina, Catiuscia, Cláudio, Daniel Ribeiro, Daniel Perin, Daniela, Flávia, Jessica, Juliana, Marc, Mariana, Silvia, Sofia e Vanessa Melissa.

Os alunos são das seguintes licenciaturas: Teatro, Artes Visuais, Música, Filosofia, Letras, Química, Biologia e Educação Física.

Nossa visita na Mostra Três Fronteiras foi no dia 13 de setembro, com mediação de Fabiana Westphalen.

(Logo mais fotos nos próximos posts...)

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Bienal do Mercosul, "Muito legal"...

No caminho da valorização de uma geografia cultural, criada a partir da voz do artista, extrapolar limites de fronteiras geopolíticas mostrou-se um passo necessário. Por isso, o projeto curatorial da 6ª edição da Bienal do Mercosul é inspirado na metáfora A Terceira Margem do Rio, uma imagem tomada do célebre conto de Guimarães Rosa e adotada na 6ª Bienal do Mercosul. Segundo o curador-geral da mostra, Gabriel Perez-Barreiro, a terceira margem simboliza uma mudança de perspectivas. Enfatiza a possibilidade de criação de uma terceira forma de perceber a realidade, rompendo com as dualidades que a definem e delimitam – nacionalismo e globalização, direito e esquerdo, bem e mal, figuração e abstração, entre outros. A terceira margem é ainda uma metáfora da geografia regional, definida por fronteiras pluviais, e faz alusão ao antagonismo entre regionalismo fechado e globalização sem diferenças. “Nas questões políticas, quase todos os países do Mercosul estão envolvidos em algum tipo de experiência de 'terceira via' entre o socialismo e a economia de mercado. Na 6a Bienal do Mercosul, a ênfase será sobre os artistas que criaram seu próprio espaço dentro de um sistema estabelecido”, explica Pérez-Barreiro. A imagem da terceira margem também aponta para um dos princípios metodológicos desta curadoria: o diálogo entre dois sujeitos com vivências diferentes que gera uma terceira realidade.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Daniel Bozhkov

Daniel Bozhkov nasceu em 1959 na cidade de Aytos, na Bulgária. Sua formação acadêmica foi nas seguintes instituições: Academy of Fine Arts, Sofia, Bulgária; Skowhegan School of Painting and Sculpture, Skowhegan, Maine; Hunter College, Cuny, Nova York, onde obteve o título de mestre, MFA; e Centro Europeo di Venezia, Veneza, Itália. Foi artista-residente na Pôlonia em 2005 - Art in General Eastern European Residency Exchange. Suas últimas exposições individuais: Daniel Bozhko, Recent Works, Contemporary Art Center, Atlanta, Georgia, EUA; Daniel Bozhkov - Underground Waterworks and Recent Projects, Arthouse, Austin, Texas, EUA. Entre suas exposições coletivas estão: Biennale Cuvee, OK Centrum fur Gegenwart Kunst, Linz, Áustria; 9th International Istanbul Biennale, Istambul, Turquia; 9th Baltic Triennale of Contemporary Art, Vilnius, Lituânia; 1st International Moscow Biennale, Moscou, Rússia. Desde 1998, trabalha com performances e instalações, tais como: The Fastest Guided Tour of Atlanta, Atlanta, Georgia, EUA (2006); Logomogul – performance, Sculpture Center, Nova York (2004); Learn How To Fly Over A Very Large Larry, East Madison, Maine (2002). Sua obra é citada em vários livros, artigos e jornais pelo mundo. Mora e trabalha nos Estados Unidos, sendo membro adjunto das universidades Rhode Island School of Design e Columbia University School of the Arts. Também ministra palestra em diversas universidades pelo país.

É artista expositor da mostra Três Fronteira na 6º Bienal do Mercosul.

TRÊS FRONTEIRAS: A zona das três fronteiras (Argentina/Brasil/Paraguai) constitui o coração da condição multinacional, comercial, ecológica e cultural do Mercosul. Onde as fronteiras se encontram literalmente é onde podemos começar a falar de uma cultura de intersecções e co-dependências, de fluidez e intercâmbio, de conflitos e de convivência. Sendo este o lugar da primeira comunidade transnacional colonial, com as expedições jesuíticas e, em seguida, um lugar de conflitos entre a coroa espanhola e os interesses comerciais do Brasil e da Argentina, é também o cenário da guerra da Tríplice Aliança, que marca para sempre e brutalmente a história do Paraguai. Hoje em dia, o local é centro de uma complexa rede de circulação de mercadorias – legais e ilegais -, e está sob suspeita de fazer parte de uma rede de apoio ao terrorismo internacional. Situado no seio geográfico da região do Mercosul, está longe, entretanto, dos discursos culturais das grandes cidades da região, mas paralelamente a isso, ocupa um papel chave nas economias locais e internacionais.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Minerva Cuevas

Minerva Cuevas é artista, nascida na Cidade do México, México, em 28 de março de 1975. O ponto de partida da obra de Cuevas é a intervenção social em espaços diversos que vão desde o virtual, da Internet, até o urbano e os museus. Seja ao criar uma empresa distribuidora de produtos e serviços, tais como carteira internacional de estudante e auto-adesivos com códigos de barras cuja função é promover a redução dos preços de alimentos nos supermercados, seja conduzindo experimentos culturais tais como recital de músicos ambulantes, Cuevas assume o papel ambivalente de protagonista político e artístico. A obra do artista tem sido exibida em várias mostras que incluem a VII Bienal Internacional de Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos (2005); "Not Impressed by Civilization", na Walter Phillips Gallery, The Banff Centre, Canadá (2005); "Populism", no Contemporary Art Centre, Vilnius, LT, Frankfurter Kunstverein, Frankfurt; Stedelijk Museum, em Amsterdã (2005); "Schwarzfahrer are my heroes" na DAAD Galerie, em Berlim (2004); "Hardcore", no Palais de Tokyo, em Paris (2003); "Casino 2001", no S.M.A.K., em Gent (2001); "Da Adversidade Vivemos", no Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris, Paris (2001); "MVC-Biotec" no Secession, em Viena (2001); Bienal de Sidney (2004), Bienal de Istambul (2003) e "Dream Machines", na Hayward Gallery, em Londres (2001).

Na 6ª Bienal do Mercosul, Minerva Cuevas participa do projeto Três Fronteiras, junto com outros três artistas – Aníbal Lopez (Guatemala), Jaime Gilli (Venezuela) e Daniel Bozhkov (Bulgária). O Três Fronteiras é um programa internacional de artistas em residência na zona da Tríplice Fronteira do Mercosul, entre a Argentina, Paraguai e Brasil. Sob a curadoria do paraguaio Ticio Escobar, crítico de arte e diretor do Museu del Barro / Centro de Artes Visuais de Assunção/Paraguai, o trabalho dos artistas parte da pesquisa da diversidade cultural da fronteira para criar uma obra que vai ser exposta na Bienal do Mercosul.

Projeto pedagógico



Simpósio
Terceira Margem:
Educação para a arte/arte para a educação

...és bastante difícil que un grano de arena pueda cambiar toda la montaña. Pero, innegablemente, el grano ayuda a darle forma, y eso es todo a lo que podemos aspirar.
Luis Camnitzer

Inspirados no tema da 6ª Bienal do Mercosul, A terceira Margem do Rio, artistas e educadores brasileiros foram convidados a testemunhar sobre projetos e ações que contemplam rupturas de paradigmas e que negociam novas fronteiras entre a arte e a educação. Segundo o curador geral da mostra Gabriel Pérez-Barreiro, a terceira margem é uma metáfora que enfatiza a possibilidade de a cultura criar um terceiro lugar onde antes parecia haver apenas dois. Rompe-se assim, com os binômios que definem e limitam nosso mundo – o direito e o esquerdo; o bem e o mal; a figuração e a abstração; o sul e o norte. Mais que atravessar fronteiras, deseja-se uma mudança de perspectivas.
No simpósio Terceira Margem: arte para a educação/educação para a arte, iniciativas da comunidade, iniciativas privadas, artistas envolvidos em práticas artísticas são alguns dos diversos temas a serem abordados. Em comum, a busca constante por contruir um terceiro e novo lugar.
Essas experiências são pontos de partida para a reflexão e o debate do complexo tema “arte e educação”, na busca de novas posturas no processo de construção do conhecimento. Ao possibilitar rupturas com antigos paradigmas, vislumbramos um espaço de terceira margem no qual o professor ocupa papel fundamental, dando forma ao processo cotidiano da educação como um pequeno e importante grão de areia.

O TEMPO


Tempo no fazer teatral, segundo Patrice Pavis, Dicionário de Teatro
O tempo é um dos elementos fundamentais do texto dramático e/ou manifestação cênica da obra teatral, de sua apresentação (presentificação) cênica. Noção que tem a força da evidência e que não é, contudo, fácil de descrever, pois fazê-lo, seria necessário estar fora do tempo, o que, evidentemente, não é uma coisa cômoda. Diríamos de bom grado com Santo Agostinho: “Sei o que é o tempo, se não me perguntam”.
Partiremos da dupla natureza do tempo: o tempo que remete a si mesmo, ou tempo cênico, e o tempo que é preciso reconstruir por um sistema simbólico, ou o tempo extracênico.

O espaço no teatro

Espaço no teatro
O espaço no fazer teatral segundo Patrice Pavis, Dicionário de Teatro.
A noção de espaço, cuja fortuna na teoria teatral tanto quanto nas ciências humanas é hoje prodigiosa, é usada para aspectos muito diversos do texto e da representação. Separar e definir cada um desses espaços é uma empreitada tão vã quanto desesperada. Não obstante, dedicar-nos-emos a ela na esperança de clarificação.
1. Espaço dramático:
É o espaço dramatúrgico do qual o texto fala, espaço abstrato e que o leitor ou espectador deve construir pela imaginação. (ficcionalizando).
2. Espaço cênico:
É o espaço real do palco onde evoluem os atores, quer eles se restrinjam ao espaço propriamente dito da área cênica, quer evoluam no meio do público.
3. Espaço cenográfico: (ou espaço teatral)
É o espaço cênico, mais precisamente definido como o espaço em cujo interior situam-se público e atores durante a representação. Ele se caracteriza como relação entre os dois, relação teatral.
Poder-se-ia reservar o termo espaço (do) público ao lugar que é ocupado pelo público no decorrer da representação e durante os intervalos (ou exatamente antes do início do espetáculo).
O espaço teatral é a resultante dos espaços (nos sentidos 1,2,3,4,5 e 6); ele se constrói, “a partir de uma arquitetura, de uma mirada sobre o mundo (pictórica), ou de um espaço esculpido essencialmente pelo corpo dos atores.”
4. Espaço lúdico:
É o espaço criado pelo ator, por sua presença e seus deslocamentos, por sua relação com o grupo, sua disposição no palco.
5. Espaço textual:
É o espaço considerado em sua materialidade gráfica, fônica ou retórica; o espaço da “partitura” onde são consignadas réplicas e didascálias.
O espaço textual é realizado quando o texto é usado não como espaço dramático ficcionalizado pelo leitor ou pelo ouvinte, mas como material bruto disposto à vista e ao ouvido do público como “pattern” ou como repetição sistemática.
6. Espaço interior:
É o espaço cênico enquanto tentativa de representação de uma fantasia, de um sonho, de uma visão do dramaturgo ou de uma personagem.
O funcionamento do espaço na encenação contemporânea é abordado em cada um desses seis tipos de espaços e nas entradas cenografia, dispositivos cênicos, maquina teatral, percurso, tablado, teatro de rua, teatro de massa, imagem.

domingo, 9 de setembro de 2007

Quem é Jaime Gili?


Contribuição da Melissa sobre os artistas da mostra "Três Fronteiras":





Reflexão sobre tempos e espaços

Rápida reflexão sobre tempos e espaços...

Fiquei muito tempo pensando sobre o que eu pensava sobre a questão tempos e espaços escolares . Descobri que não pensava nada mesmo, então, tirei uma tarde para me dedicar à reflexão.
Como estudante de teatro, posso dizer o quanto a questão do tempo me aflige.
Estudamos sempre para tentar “representar” o homem do nosso tempo e creio que isso faz de todo ator um tipo instintivo de filósofo do ser humano, e que a educação é um ótimo um ponto de partida para se pensar o homem e suas necessidades.
A educação que vejo hoje já não supre essas necessidades. Em tempos em que tudo é rapidamente apreendido, ultrapassado e descartado, a educação ainda convive com um sistema baseado em importâncias que já não nos importam mais.
Acredito numa educação transformadora de tempos e espaços, numa educação que resulte em homens capazes de subverter a ordem se essa for a necessidade de seu tempo. É preciso que a escola esteja inserida nessa mudança, e que a arte esteja presente.




Melissa

sábado, 8 de setembro de 2007

Três fronteiras

O Três Fronteiras é um programa internacional de artistas em residência na zona da Tríplice Fronteira do Mercosul - Paraguai-Argentina-Brasil, baseado no raciocínio central do projeto curatorial desta sexta edição. A região limítrofe entre Paraguai, Argentina e Brasil é definida por uma fronteira pluvial, remetendo novamente à Terceira Margem do Rio, além de ser uma região de fluxos econômicos, culturais, políticos e lingüísticos. Nesta linha, o co-curador do projeto Três Fronteiras, o crítico de arte e diretor do Museu del Barro - Centro de Artes Visuais de Assunção/Paraguai Ticio Escobar, propõe neste projeto o questionamento das fronteiras geográfico-culturais dos países que compõem o Mercado Comum do Sul.

6ª Bienal do Mercosul

A 6ª Bienal do Mercosul ocorre em Porto Alegre (RS) de 01/09 a 18/11A 6ª Bienal do Mercosul apresenta em três espaços de Porto Alegre (RS) de 01/09/07 a 18/11/07 cerca de 250 obras, de 67 artistas de 23 países. São seis mostras, sendo três monográficas e as coletivas Zona Franca, Três Fronteiras e Conversas. Em 79 dias em cartaz, aberto diariamente com entrada gratuita, o evento espera receber 850.000 pessoas. Nos armazéns do Cais do Porto estão as obras pertencentes às mostras Zona Franca, Conversas e Três Fronteiras. O MARGS (Museu de Artes do Rio Grande do Sul) abriga as mostras monográficas dos artistas Francisco Matto e Öyvind Fahlström. E o Santander Cultural recebe a exposição monográfica de Jorge Macchi. O projeto da Bienal do Mercosul, do curador-geral Gabriel Perez-Barreiro, é inspirado na metáfora “A Terceira Margem do Rio”, uma imagem tomada do conto de Guimarães Rosa. A “terceira margem” simboliza uma mudança de perspectivas. Enfatiza a possibilidade de criação de uma terceira forma de perceber a realidade, rompendo com as dualidades que a definem e a delimitam – nacionalismo e globalização, direito e esquerdo, bem e mal, figuração e abstração, entre outros. #

Padeiro ou DJ?

Será que padeiro e DJ conseguem trabalhar juntos?
Pense bem na resposta, pois mais que trabalhar juntos "eles" fazem tudo ao mesmo tempo.
Viva à ousadia e à criatividade!
Tempos e espaços se interrelacionando.

http://yahoo.guiadasemana.com.br/yahoo.iframe/channel_event.asp?id=2&cd_city=1&cd_event=28662

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

6ª Bienal do Mercosul : A Terceira Margem do Rio



O que uma exposição de arte contemporânea pode ajudar a pensar sobre os tempos e espaços escolares? Porto Alegre tem o privilégio de contar com a Bienal do Mercosul, de setembro a dezembro de 2007. O que uma exposição dessas pode ter a ver com as diferentes disciplinas na escola? Vamos descobrir?


Uma palavra-chave pra pensar: metáforas


Divulgação
Professores de Porto Alegre na obra 'Marulho', de Cildo Meireles http://www.estadao.com.br/arteelazer/not_art44445,0.htm

6ª Bienal do Mercosul: A Terceira Margem do Rio

http://www.bienalmercosul.art.br/

Na história “A Terceira Margem do Rio” de João Guimarães Rosa, de 1962, um homem decide súbita e inexplicavelmente viver em um barco no meio do rio; rio em cujas margens ele vivera antes uma vida aparentemente normal com a sua família. O barco, também inexplicavelmente, permanece estacionário neste lugar. Após certo tempo, sua família passa a aceitar sua presença silenciosa, e assim ele constitui uma terceira margem para esse rio, mudando sua ecologia cultural para sempre através de sua presença teimosa.
Essa metáfora de uma terceira margem ressoa em muitos níveis como uma necessidade profundamente humana e contemporânea de se ir além das oposições binárias que estruturam as nossas vidas. Após um século XX repleto de jogos de soma zero entre a esquerda e a direita, o formal e o social, o velho e o novo, ou qualquer número de construções mutuamente-destrutivas similares, a terceira margem abre a possibilidade para uma perspectiva independente, um espaço no meio a partir do qual ambas as alternativas podem ser vistas, julgadas e consideradas. A terceira margem é, desse modo, um espaço radicalmente independente, um espaço livre de dogmas ou imposições, um lugar de observação. A terceira margem também une os que antes eram antagonistas num único campo de discussão. Quando Heidegger discutiu a imagem de uma ponte, ele poderia estar falando de uma terceira margem: “A ponte […] não une somente as margens que já estavam lá. As margens emergem como margens somente na medida em que a ponte atravessa o regato […] Ela traz o regato, a margem e a terra para a vizinhança um do outro. A ponte congrega a terra como uma paisagem em torno do regato.”¹ Numa paisagem mental, a ponte é a terceira posição que une as duas ideologias opostas, permitindo uma distância crítica de ambas, e a possibilidade de vê-las como parte de um mesmo sistema.

Projeto Pedagógico da 6ª Bienal do Mercosul
O projeto pedagógico é considerado fundamental no projeto curatorial da 6ª Bienal do Mercosul. A partir de diretrizes do Conselho de Administração da Fundação Bienal do Mercosul, sua diretoria tem realizado um significativo esforço no sentido de priorizar e consolidar as ações pedagógicas da Bienal do Mercosul. Conforme Beatriz Johannpeter, diretora de educação da 6ª Bienal do Mercosul, "o projeto pedagógico se antecipa e se expande, pensando a visita à exposição como uma das etapas de um importante processo educativo iniciado em 2006 e que prevê uma série de ações ao longo de 2007". Essas ações contemplam o envolvimento de professores das redes pública e privada de ensino com acompanhamento até a visita dos alunos à exposição; a realização de ciclo de conferências e mesas-redondas; a inserção do projeto da 6ª Bienal do Mercosul no calendário escolar da Rede Pública de Ensino/RS; a realização de simpósios de arte-educação e encontros com mais de 7,5 mil professores do interior dos Estados do RS e SC; a realização de curso para formação de Mediadores; a produção e distribuição de Material Educativo para escolas das redes públicas e privada; o transporte gratuito para até 100 mil estudantes da rede pública e instituições carentes; e o projeto Diálogos - que contempla a comunidade artística local. O curador responsável pelo projeto pedagógico, Luis Camnitzer, figura das mais relevantes e reconhecidas no campo da arte e da educação, propõe uma inovadora reconfiguração do programa educativo, desde suas metas até sua implementação. Para o curador, o espectador deve ser visto como ser criativo e não como mero receptor passivo de informação.

Espaço pedagógico e Estações pedagógicas
Durante a mostra, junto aos espaços expositivos dos Armazéns, do MARGS e do Santander Cultural, foram construídas 20 estações pedagógicas, além de um espaço educativo multiuso. As estações pedagógicas são espaços interativos junto a determinadas obras de arte, na qual o artista vai explicar seu processo criativo e o problema com o qual estava trabalhando para chegar no resultado da obra. O público, por sua vez, pode deixar seu depoimento, opinando sobre o resultado e trocando experiências com o artista. Os locais de exposição - Armazém A3, MARGS e Santander Cultural - vão contar com espaços pedagógicos compostos de sala de pesquisa, auditórios, sala de atendimento para o professor, ateliê para uso do público escolar, e sala para exposição dos trabalhos realizados pelos alunos.

Os roteiros disponíveis são:
Roteiro 1 - Exposição Monográfica - Jorge Macchi, no Santander Cultural
Roteiro 2 - Exposições Monográficas - Francisco Matto e Öyvind Fahlström, no MARGS
Roteiro 3 - Conversas nos Armazéns A3 e A4 do Cais do Porto
Roteiro 4 - Zona Franca nos Armazéns A5 e A6 do Cais do Porto
Roteiro 5 - Três Fronteiras no Armazém A7 do Cais do Porto
( vamos visitar este roteiro no dia 13 de setembro)

Outros tempos e espaços


Tempos e espaços na escola - já começam a aparecer novos espaços interdisciplinares por aqui - Teatro, Artes Visuais, Letras, Educação Física, Biologia, Música, Química, Filosofia. Alunos de diferentes licenciaturas pensando em formas de atravessar as fronteiras da escola em direção a tempos e espaços mais instigantes.


Algumas palavras-chave dos posts: criatividade (ou seria melhor - criação?), experiência, outros tempos e espaços.
A imagem acima é a "Escola de Matisse", de George Deem. Quais seriam os tempos e espaços dessa escola?