No meio acadêmico, todos sabemos o quanto a teoria está presente, seja no estudo da História, da Biologia, ou de qualquer outra área. A bem da verdade, ela é indispensável. Há, porém, algo que a teoria deve contemplar, sob pena de ser um mero jogo de palavras: sua conexão com a realidade. Os conceitos que ela apresenta têm que ter correspondente no mundo, e isso é uma condição para sua plausibilidade. Do mesmo modo, a compreensão de um assunto depende de que entendamos do que é que se está falando, daquilo de que se trata. Ok! Ainda em tempo, penso eu, explicarei aonde quero chegar com essas afirmações, antes que vocês, colegas, parem de ler esse amontoado de palavras. Olhando para esta foto (esta que aparece antes deste texto, foto muito bonita, diga-se – méritos meu e dos colegas Laryssa e Carlos, de quem se pode dizer que entendem tanto de fotografia quanto de física quântica), lembrei daqueles numerosos debates sobre a situação da educação no Brasil, sobre o tipo de educação que é o mais indicado, etc. Em jornais, revistas, televisão, rádio, em suma, EM QUALQUER LUGAR diz-se que a educação deve ser assim, que ela não pode ser assado (ou assada? Acho que assado. Então vá lá. Continuemos); fala-se que o desemprego é causado pela carência de nossa educação, que educar é tudo, enfim... Mas, afinal, do que é que se está falando quando se fala em educação, meus caros? Ãh? Não entendi, fala mais alto. Ok. Para mim, e isso pode ser um problema apenas meu, uma imagem (como a foto que abre este comentário) vale, neste caso, mais que mil teorias. Ao olhá-la, começo a pensar que a palavra Educação significa mais que a união das letras
E – D – U – C – A – Ç – Ã – O. Relaciono aquele local, quase nunca visto de baixo para cima tal como mostra nossa foto, com pessoas que querem lecionar em escolas reais, como as do Bom Fim ou as do Humaitá; e quando penso em lecionar penso em estar diante de pessoas, falar para elas (e com elas). E assim, devagarzinho, começo a fazer idéia do que é que se está falando naquela série de debates sobre educação. Uma foto, uma imagem, valendo, assim, mais do que muita discussão, apresentando-se como condição para a compreensão de um tema. Para terminar o comentário (que era para ser mais sobre a foto, o que não consegui fazer, pois acabei associando idéias e vocês viram no que deu), gostaria de saber o seguinte: vocês também não acharam que o prédio da FACED, tal como nós o registramos, ficou mais agradável do que realmente é (a saber, um prédio magrelo, comprido, com uma cor de burro quando foge)? Pois é! A arte tem esse poder.
E – D – U – C – A – Ç – Ã – O. Relaciono aquele local, quase nunca visto de baixo para cima tal como mostra nossa foto, com pessoas que querem lecionar em escolas reais, como as do Bom Fim ou as do Humaitá; e quando penso em lecionar penso em estar diante de pessoas, falar para elas (e com elas). E assim, devagarzinho, começo a fazer idéia do que é que se está falando naquela série de debates sobre educação. Uma foto, uma imagem, valendo, assim, mais do que muita discussão, apresentando-se como condição para a compreensão de um tema. Para terminar o comentário (que era para ser mais sobre a foto, o que não consegui fazer, pois acabei associando idéias e vocês viram no que deu), gostaria de saber o seguinte: vocês também não acharam que o prédio da FACED, tal como nós o registramos, ficou mais agradável do que realmente é (a saber, um prédio magrelo, comprido, com uma cor de burro quando foge)? Pois é! A arte tem esse poder.
Um comentário:
Ótimo texto, Thiago!! É isso mesmo, o olhar que lançamos sobre as coisas as modificam. De algum modo, é este o papel da arte (e o da filosofia?).
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