quarta-feira, 7 de abril de 2010

Gabriel Sierra

Esse artista nasceu em San Juan Nepomuceno, Colômbia, em 1975. Expôs na última Bienal do Mercosul, na mostra Ficções do Invisível - mostra essa que pretendia mostrar os processos artísticos dos artistas, obras que, em sua maioria, estavam inacabadas ou em processo de criação. Com a obra "Composição Espacial para Organizar uma Semana", Sierra subverte toda ordem modular. Questiona as fronteiras entre o interior e o exterior, os limites entre os espaços, e propõe dar-lhes volta construindo alternativas às funções que os espaços supõem. Questiona as estruturas invisíveis que regem nossa vida cotidiana: o ordenamento do tempo em meses, semanas e dias, e o ordenamento do espaço em construções com funções determinadas. O que acontece quando se rompe a ordem do tempo e do espaço? Como poderia ser um espaço não predeterminado, mas resultante de um vocabulário que se constrói no fazer?














A obra consistia basicamente em vidros, sujos pela poeira acumulada no Cais do Porto, e parecia um "labirinto" (a maioria das pessoas chamavam assim). Era proibido tocar nos vidros, a poeira fazia parte do processo de criação da obra, que estava em constante mutação. O público, obviamente, queria tocar, passar a mão, escrever o nome, etc. De certa forma, até essa intervenção das pessoas fazia parte da obra.

Um comentário:

Luciana disse...

Natália,

A obra desse artista é um ótimo exemplo da multiplicidade de perspectivas sobre as relações entre tempo e espaço.