Evidentemente que todos nós sabemos que fumar faz mal à saúde, mas “mal quanto”?
Por mais que saibamos sobre os malefícios do fumo, nem sempre ou na maioria dos casos, não sabemos como esses malefícios se processam dentro do organismo humano, nem qual a verdadeira dimensão de todo esse estrago.
O cigarro por si só (não queimado) compreende muitas substâncias químicas, mas seu grande potencial maléfico está na sua queima. Estudos já conseguiram isolar quimicamente através de modernos aparelhos cromatográficos, cerca de 4720 substâncias químicas. Pouco? Não mesmo...
Dentre essas substâncias estão amônia, acroleína (vulgarmente conhecida como creolina), fenol, benzapireno, ácido cianídrico (sim, o mesmo usado nas câmaras de gás lá nos EUA), acetonitrila, 2-naftalina (a mesma que serve para matar baratas), acetona, formol (líquido usado como conservante de cadáveres), benzeno (usado na fabricação de inseticidas) e alguns elementos radioativos como o polônio 210 e carbono 14.
Só para termos uma idéia, a quantidade de radioatividade que um fumante de 30 cigarros diários está exposto, é a mesma que uma pessoa estaria se tirasse 300 radiografias em um ano.
Existem muitas lendas acerca do cigarro, como o fato de cigarros light fazerem menos mal que cigarros normais. Mentira! O que a maioria das pessoas não sabe é que a quantidade de substâncias usadas para garantir baixos teores nos cigarros lights, fazem deles mais prejudiciais do que os demais tipos.
Dentre as diversas substâncias presentes no cigarro a nicotina, o alcatrão e monóxido de carbono são as mais conhecidas por grande parte da sociedade.
A nicotina que é a responsável pelo vício de fumar, possui grande potencial de tolerância, ou seja, cada vez mais são necessárias quantidades maiores para que se atinjam os mesmos efeitos psicológicos e físicos da ingestão da droga. Não poderíamos esperar algo diferente de uma substância que, quimicamente falando, é da mesma família da heroína e da cocaína.
O alcatrão é um dos maiores responsáveis pelo câncer e é uma das inúmeras substâncias que estão presentes apenas após a queima.
O monóxido de carbono (o mesmo que sai dos escapamentos dos automóveis e que é responsável pelo efeito estufa) é o responsável por doenças como o enfisema pulmonar e ataque cardíaco. Muitos não sabem que o monóxido de carbono possui uma afinidade de 200 a 250 vezes maior com a hemoglobina do sangue do que o próprio oxigênio. Podemos dizer que quando a concentração de monóxido de carbono inalada for 1/250 que a de oxigênio, já teremos atingido partes iguais de carboxihemoglobina e oxihemoglobina (hemoglobina do sangue ligada ao monóxido de carbono e ao oxigênio respectivamente).
Muitas dessas informações que temos aqui não fazem parte dos comerciais que vemos, mas são de grande importância para a sociedade, principalmente para nós estudantes, que podemos compreendê-las integralmente.
Não devemos achar que as indústrias de cigarros se extinguirão em curto prazo, pois cerca de 70 a 80% do preço de um maço de cigarros é imposto... sim, a indústria tabagista é uma das maiores contribuintes de IPI (imposto sobre produtos industrializados),
Em suma, fumar faz mal e muito... muito mais do que achamos que sabemos!
