quarta-feira, 6 de julho de 2011

UMA BENÇÃO PRÁ CIDADE

NADA IGUAL - UMA BENÇÃO PRÁ CIDADE


ÁLVARO VILAVERDE



Nada igual,
Os passos que eu dei em tua direção
No arco do amor nossa Redenção
Vou te buscar...


E vou a pé,
Se for preciso subo lá na chaminé
Prá te avistar
Te reencontrar


Menino Deus.
Me guia ao pôr do sol
À beira do Lago-Rio
Nunca se viu tanta cor
Nada igual ao teu amor
Nada igual...


O Laçador
Quem me enredou assim nesta paixão
Semeou em mim uma oração
Prá se espraiar


Tem tanto chão
Num mundo que então recomeça aqui
Um refúgio, ter para onde ir
Onde ancorar


Meu corpo é teu porto é meu
Somos um só
Teu porto e meu corpo é teu
Somos um só
Um só...


"Abençõe tua luz
Das Ilhas ao Lami
De Ipanema ao Feijó
Faço-te o sinal da cruz
"


O Estudo: um direito, um dever, ou um privilégio?

Cresci ouvindo de meus pais das dificuldades que tiveram em suas escolaridades e por isso aprendi a valorizar cada oportunidade de acesso em uma sala de aula. Lembro-me inclusive de dois fatos. Um, quando minha mãe, a pretexto de auxiliá-la nas atividades domésticas e na lida de costureira, impôs uma condição para que a jovem Clara, vinda do interior do interior, permanecesse conosco:
- Só podes ficar se estudares!
Clara ficou, estudou, estudou e cresceu muito. Uma irmã que alinhavou, passou, bordou, costurou e mapeou o seu destino.
A outra lembrança é a imagem de meu pai dando aula de matemática aos peões da obra, por sobre cópias heliográficas de projetos, em uma casa na beira da estrada, próxima à ponte que estava sendo construída. Hoje percebo mais nitidamente o quanto lhes era valioso oportunizar este acesso ao estudo, da forma que fosse, e tenho certeza de ter herdado a consciência deste valor, deste... privilégio.
Mas alguém pode indagar que a palavra “privilégio” denota que ouviremos a seguir “para poucos”, ou como define o dicionário: vantagem concedida a alguém com exclusão de outros e contra o direito comum; permissão especial.
- Privilégio para poucos??
Não, pois eu proponho a consciência do estudo como privilégio para muitos, retirando-o da coluna que o classifica unicamente como uma tarefa, um direito apenas. Que o aluno compreenda o quanto demanda de preparo do professor para ali estar, e este das expectativas deste que lhe quer ouvir. No entanto, caso o aluno não queira ouvir o professor, e o professor não conseguir fazer-se ouvir, então este lugar talvez não seja a escola. Pois a escola, como a entendo, é por excelência onde possa existir o diálogo. Onde há diálogo, há educação.
A escola é uma via de duas mãos, e assim sendo, se para o aluno deva o acesso a esta ser um privilégio, para o educador também. E onde estaria este privilégio? Arrisco-me a afirmar que este privilégio tenha quer ser constantemente redescoberto, podendo estar no ato de ensinar, de aprender, de descobrir, de pesquisar, de olhar, de surpreender, de desafiar, de acolher... de acordar.

NEBULOSO FLAGRANTE



PARE (Menino Deus)


- Não consegui postar canção. Tentarei mais tarde. Abçs