terça-feira, 25 de novembro de 2008

oi professora!

por favor, seria possível enviar meu conceito por e-mail

paulinhaprofufrgs@hotmail.com

obrigada!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

O Tempo, no espaço, o Espaço, no Tempo

Essa é conhecida, mas serve para pensarmos: E qual é a nossa noção de tempo?

Passagem do ano
Carlos Drummond de Andrade

O último dia do ano
não é o último dia do tempo.
Outros dias virão
e novas coxas e ventres te comunicarão o calor da vida.
Beijarás bocas, rasgarás papéis,
farás viagens e tantas celebrações
de aniversário, formatura, promoção, glória, doce morte com sinfonia e coral,
que o tempo ficará repleto e não ouvirás o clamor,
os irreparáveis uivos
do lobo, na solidão.
O último dia do tempo
não é o último dia de tudo.
Fica sempre uma franja de vida
onde se sentam dois homens.
Um homem e o seu contrário,
uma mulher e seu pé,
um corpo e sua memória,
um olho e seu brilho,
uma voz e seu eco, e quem sabe até se Deus…
Recebe com simplicidade este presente do acaso.
Mereceste viver mais um ano.
Desejarias viver sempre e esgotar a borra dos séculos.
Teu pai morreu, teu avô também.
Em ti mesmo muita coisa já expirou, outras espreitam a morte,
mas estás vivo.
Ainda uma vez estás vivo,
e de copo na mão esperas amanhecer.
O recurso de se embriagar.
O recurso da dança e do grito,
o recurso da bola colorida, o recurso de Kant e da poesia,
todos eles… e nenhum resolve.
Surge a manhã de um novo ano.
As coisas estão limpas, ordenadas.
O corpo gasto renova-se em espuma.
Todos os sentidos alerta funcionam.
A boca está comendo vida.
A boca está entupida de vida.
A vida escorre da boca, lambuza as mãos, a calçada.
A vida é gorda, oleosa, mortal, sub-reptícia.

Minha vez de palpitar na nossa lista de dicas de leitura!

Já que Cem Anos de Solidão não vale (certo, colega... concordo contigo) e Caio F. já está na roda (junto com muitas outras coisas também ótimas!) Minha dica para a turma é 1984 de George Orwell. Por quê? Dois motivos:



1º É um livro impactante, merecidamente um clássico da literatura do século XX (o século aquele em que todos nós nascemos e fizemos um pouco de história também), que trata de uma sociedade fictícia (em termos, pois é muito parecida com o que tivemos neste século dos regimes totalitaristas) que vive sobre total poder e controle do Grande Irmão (em inglês: Big Brother) e é submetida a uma série de absurdos (totalitaristas) como os dois minutos diários para adoração do herói (Big Brother), e criação de vários mecanismos de controle de pensamento, físico, emocional claramente representada pela criação da Novilíngua, uma língua fictícia que não permitia criação de novas palavras e reduzia ou condensava as palavras já existentes, mesmo que de significados opostos, limitando assim o pensamento dos cidadãos, e a Teletela, dispositivo instalado nas casas de todos os cidadãos, que transmitia a programação do governo e trazia junto uma câmera com a finalidade de vigiá-los 24h, tal câmera não podia ser desligada nunca. Há também a sustentação da idéia de que sexo, se não for por motivos de procriação deve considerado e tratado com sendo um crime entre outras coisas. Tudo com um único fim: fortalecer o regime.



2º Lembra as nossas discussões em aula acerca do texto de Veiga-Neto que questiona sobre o propósito da escola moderna, e a caracteriza, de certa forma, como sendo uma instituição que ainda se preocupa com o caráter de inversão do estado de selvageria para o de civilização do homem tão característico da época de colonizações, 500 anos atrás. Eu sei, à primeira vista, parece um tanto radical (clichê em certos aspectos, já que devemos avançar de verdade nessa análise) aproximar a escola moderna com um típico regime totalitário, mas se considerarmos os pontos levantados por Veiga-Neto em seu texto, ao caracterizar os mecanismos de controle que a escola moderna sustenta, que ele chama de poder disciplinador, representados, por exemplo, pelo quadriculamento das salas de aula (Sob quatro paredes, com turmas de segregações questionáveis - idade, capacidade -, cada aluno pontualmente sentado em seu lugar, aguardando disciplina após disciplina, etc.) ou inclusive pela própria idéia de dominação cultural que ainda orienta muitas filosofias de ensino nas escolas (professor ensina, porque sabe, aluno aprende, porque não sabe nada), não fica difícil tais aproximações. Não sei, gostaria de ouvir a opinião de vocês...


Mas por hora, leiam o livro! Quem sabe fica mais claro, ou não...

A Química da Amizade

Nossa amizade é como a ligação covalente,
sempre compartilhando alegrias, tristezas...
Nunca surgirá um radical, porque essa ligação jamais se quebrará!
Sei que em alguns momentos será necessário, ver,
analisar algo errado e balancear a equação,
buscando o equilíbrio químico entre a gente.
O meu coração para você, sempre será uma cadeia aberta,
onde você sempre terá o livre arbítrio
de fazer e decidir o que quiseres,
sem sufoco, cobranças(cadeia fechada).
Em determinadas situações haverá vários intrusos
que vão querer decompor a nossa amizade...
Como por exemplo, a Distólise:
Ocorre a decomposição devido a distância.
A Pirólise: quando a decomposição ocorre
devido o amigo pirar de tanta saudade...
Mas como a ligação que existe entre nós é de alma,
ponte de hidrogênio, é muito difícil ser quebrada!
Não é uma interação fraquinha como a de Vander Walls.
Que a nossa amizade nunca evapore,
mas que sempre estejamos bem unidas, no estado sólido!
Como na reação de síntese ou adição...
pois existe a união de duas pessoas que reagem
e formam um único produto: A amizade!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Poesia e Prosa: tem de todas as coisas

Pra sugerir um livro, pra falar em poesia, pra falar de coisas a pensar em um final de disciplina, leiam Guimarães Rosa ("Grande Sertão Veredas" e outros mais).

ROSA, Guimarães. Grande Sertão Veredas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1970.

"Como é de são efeito, ajudo com meu querer acreditar. Mas nem sempre posso. O senhor saiba: eu toda a minha vida pensei por mim, fôrro, sou nascido diferente. Eu sou é eu mesmo. Divêrjo de todo mundo... Eu quase que nada sei. Mas desconfio de muita coisa" (p.15)

"O senhor... Mire veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou. Isso que me alegra, montão" (p.21).

"Tem de todas as coisas. Vivendo, se aprende; mas o que se aprende, mais, é só fazer outras maiores perguntas" (p.312).

Em outros espaços: as fotos




Visita da turma (ou parte dela) a Exposição "Gilberto Freyre: intérprete do Brasil", no Santander Cultural, no dia 11 de novembro de 2008.

Nada É Impossível De Mudar

Um pouco mais de poesia:

Desconfiai do mais trivial,
na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente:
não aceiteis o que é de hábito como coisa natural,
pois em tempo de desordem sangrenta,
de confusão organizada,
de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada,
nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar.
...
BERTOLT BRECHT

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Química da poesia ou poesia da química?

Encontrei uma preta
que estava a chorar
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.

Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.

Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.

Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.

Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:

Nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.

António Gedeão

A Química do Amor

Poderia talvez pensar-se que a paixão,
Com os laboratórios, nada tem a ver,
Mas não será o amor uma combustão,
os sentimentos fumegantes, a ferver ?
Poderemos descrever uma união,
Como sendo uma mistura homogênea ?
Dois seres em constante transformação,
Na procura de uma alma gêmea.
Os meus átomos a ti se querem juntar,
Irei identificar-te pelo teu odor,
Poderás reagir com todo o esplendor.
Substâncias que não se podem separar.
Junto a mim, serás o meu catalisador,
Sem ti, sou um reagente sem reactor.

Químicos

Juntei H com 2O
Fiz água
Você bebeu.
Botei cloreto de sódio
No feijão
Você comeu.
No seu remédio e cigarro,
E até na cêra do chão,
Podes crer!
Estão presentes
Os dedos de minha mão.

Os confirmados!




terça-feira, 18 de novembro de 2008

Arte e Memória: Anos Rebeldes

O Museu da UFRGS apresenta a exposição Arte e Memória que integram a mostra de vinte e três obras de arte, realizadas nas décadas de 60 e 70 por artistas de vários estados do Brasil que expressam sua contestação política através de suas produções artísticas. Na minha opinião o que me chamou mais atenção na mostra foi a linha do tempo que foi muito bem elaborada e mostra de forma sucinta o processo histórico do Brasil dede a década de 60 até a década de 90. O resgate das fotos dos principais acontecimentos chama muita a atenção!
Semestre passado, no salão de extensão, a UFRGS apresentou a peça de teatro Bailei na Curva, eu fui assistir. A peça tem muito haver com essa exposição, pois tem como pano de fundo os acontecimentos históricos da época como: o golpe militar, a perseguição o assassinato de pessoas, a questão política comunista, liberação social e rock.
É a história de sete crianças que juntas atravessam os primeiros contatos com o mundo que as cerca, a inocência da infância, as dúvidas da adolescência e os problemas do cotidiano, quando então se tornam adultas.
O início da peça se dá no sul do país no começo da década de 60 onde os personagens são ainda crianças e o golpe militar para elas não representa mais que um feriado escolar sendo até motivo de festa, sem que elas percebam como esse fato virá modificar todo o rumo de suas vidas.
Suas vidas começam a se modificar quando a atividade política do país ocasiona mudanças, os filhos de militares são transferidos para Brasília, já os filhos que têm pais com atividades comunistas enfrentam a realidade de ver seus pais sendo presos ou fugindo do país, fazendo com que suas vidas comecem a se modificar em decorrência de um fato que no passado para eles foi apenas um feriado escolar.
A partir daí todo o destino da Nação estaria condenado a um rumo negro e obscuro para todo e qualquer cidadão que se opusesse ao regime ora instalado.
A segunda parte se passa nos anos 70 onde os personagens são adolescentes e tentam se adaptar as mudanças de comportamento, principalmente no tocante à libertação sexual, tudo isso em meio a um grande tumulto político que aos olhos da maioria desses adolescentes passa despercebido, pois a censura não permite que os fatos venham ao conhecimento público e com exceção de uns poucos que tinham um engajamento político já por serem filhos de pais militantes políticos, como é o caso do personagem Pedro, que é torturado e morto, a maioria da geração desse período estavam desinformados da real situação em que se encontrava o país.
Na parte final do espetáculo, já na década de 80 os personagens já se tornaram adultos, alguns se casaram outros não, mas todos trazem em si as marcas desse período de repressão política, liberação sexual, movimento hippie, drogas, rock e finalmente a consciência desse período da história que vergonhosamente extirpou muitas vidas e anulou outras.

Exposição Anos Rebeldes

A exposição Anos Rebeldes, no Museu da UFRGS, está apresentando trabalhos muito importantes que se referem à época da Ditadura. As obras demonstram prisão, repressão, desejo de liberdade, angústia, espírito de luta, sentimentos que fizeram parte da vida das pessoas nas décadas de 60, 70 e 80. A obra que mais me chamou a atenção, exposta logo na entrada, representa uma pessoa com a imagem distorcida, como se estivesse sendo sugada, com uma expressão de dor e desespero, dando uma noção exata desta época tão marcante de nossa história.

Espaço Santander Cultural






















domingo, 16 de novembro de 2008

Falando em Caio Fernando Abreu


Adaptação de dos contos do autor:
Os sobreviventes - em MORANGOS MOFADOS
Dama da Noite - em OS DRAGÕES NÃO CONHECEM O PARAÍSO


Caso alguém não consiga ler:

DIA 24 DE NOVEMBRO
18:00
Sala Alziro Azevedo - DAD
Av. Sen. Salgado Filho 340
ENTRADA FRANCA

Dicas

O melhor amigo de dias de chuva, de antes de dormir, de longas viagens de ônibus, de final de tarde num café: os livros.
TEATRO - Não, não. Não serão indicadas as enormes teorias teatrais, que são páginas e páginas falando a mesma coisa. Você se confunde lendo a mesma coisa. Também há várias teorias que tentam se sobressair sobre as outras, dizendo a mesma coisa. Teoria teatral é basicamente explicar o teatro certo, e esculachar o teatro errado. Agora não perguntem qual é o certo, ou qual é o errado. No final das contas, tudo é teatro. Tudo é espetáculo. Seguem abaixo algumas peças.


A AURORA DA MINHA VIDA
Texto e espetáculo de Naum Alves de Souza, pertence a uma trilogia dedicada ao tema memorialista, que retrata um grupo de alunos em uma escola.
O texto nasce das recordações infantis do autor sobre os verdes anos da infância. Um senhor visita uma velha escola e, como num longo flashback, recorda fatos e eventos ali vividos em seu período escolar.
São oito personagens/alunos que se alternam com alguns professores, permitindo a composição de um painel rico, envolvente e nostálgico sobre a época da formação, resgatando experiências comuns a todos, razão de sua alta comunicabilidade com as platéias.
Uma leitura engraçada, leve, rápida e com certeza é leitura obrigatória para qualquer futuro professor. O mais impressionante é observar que os esteriótipos que Naum cita na sua obra, de professores da época da ditadura, perduraram durante a nossa formação escolar, e quem sabe, ainda habitam as escolas hoje em dia.

UM BONDE CHAMADO DESEJO

De Tenneessee Willims, com certeza é uma das minhas peças favoritas. Basicamente é o drama das frustações de uma mulher. Blanche DuBoius, pertencente à aristocracia decadente do sul dos Estados Unidos, decide recomeçar a vida juntamente com sua irmã, Stela, e seu cunhado Stanley, em uma casa humilde em Nova Orleans.
Estabele-se ao longo da história uma disputa de poder, onde Stanley usa a sua força, Blanche a sua sedução e Stela a sua aparente lucidez. Vale a pena conferir até onde pode chegar a incompreensão humana e serve como alerta aos futuros professores que encontrarão pela frente várias Blanches e vários Stanleys.
Para os preguiçosos de plantão, há uma versão em DVD dos anos 50 que vale muito a pena conferir. Chama-se "Uma Rua Chamada Pecado", mudou de nome por conta da ditadura. E não segue integralmente a história escrita por Tennesse, alguns fatos como a homossexualidade de Allan, ex-marido de Blanche foram tirados da história. Mas GURIAS (e quem sabe guris...) vale a pena ver o filme 10 mil vezes. O Marlon Brando está algo! Na sua melhor forma física e artística. Ele encarna Stanley como ninguém, aliás... o papel foi escrito para ele. Que fez Stanley nos palcos e no cinema, ao lado da maravilhosa Vivian Leigh, que ficou imortalizada como Blanche Dubois. Nosso colega Miguel foi convidado para ser o Stanley na montagem que pretendo fazer da peça ano que vem no DAD. Convidarei todos.
A peça pertence ao ciclo do Realismo Americano, com forte influência da Psicanálise Freudiana. É importante perceber os símbolos que Tennesse coloca ao longo da narrativa, como a necessidade de banhos e de ficar no escuro que Blanche sente. Se não levar em conta que antes de tudo, Um Bonde é uma peça psicanálitica, ela fica resumida apenas a história de uma mulher louca e sem vergonha que se ofereceu pro cunhado. Um bonde fala muito mais que isso. Fala sobre o desejo. O mais brutal de todos os desejos. O desejos dos outros. Revela o quanto precisamos dos outros, e o que pode acontecer quando os outros não levam isso em consideração. Revela até que ponto nosso desejo nos traí, nos leva, nos perturba. Finalizo a dica com o famoso epílogo de Blanche, para mim uma das frases mais lindas da dramaturgia mundial: Seja o senhor quem for, eu sempre dependi da bondade de estranhos.


MACBETH


Clássico de Willian Shakespeare dispensa apresentações. Fala de poder como ninguém. Somente um comentário pessoal: Macbeth não seria ninguém sem a Lady Macbeth. Que personagem
M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A!


MEDÉIA
Clássico do grego Eurípides conta o mito de Medéia, mulher que resolve assassinar seus filhos após a traição de seu marido. Imortalizada no cinema e na música por Maria Callas. Vale a pena conferir e refletir que os atos insanos de uma mulher são defendidos pela conciência social até hoje. Também podemos refletir quantas Medéias existem hoje em nossas cidades, em nossos bairros. E futuramente, quantos filhos de Medéias serão nossos alunos. É incrível a genialidade com que Eurípides escreve o texto, que faz-nos defender uma assassina.


Há uma versão brasileira da obra, adaptado por Paulo Pontes e Chico Buarque, chamado "Gota D´água", onde Medéia passa a ser Joana. Foi imortalizado nos palcos brasileiros pela diva Bibi Ferreira.


NELSON RODRIGUES


É impossível falar de teatro brasileiro sem falar dele. Dramaturgo, repórter, fanático por futebol, é incrível como Nelson denuncia até os dias de hoje uma sociedade hipócrita, escondida atrás de máscaras e tipos burgueses. Suas obras nunca foram tão atuais, em dias que jogam-se crianças pelas janelas e mata-se namoradas por amor.
Indico o ciclo das Tragédias Cariocas.

O REI DA VELA



Se não fosse o desiteresse e a fase que o teatro brasileiro passava, a peça de Oswald de Andrade seria o marco do modernismo brasileiro. Dívida que a arte tinha com o teatro desde a Semana de Arte Moderna de 22. O texto da década de 30, perdeu seu posto de marco do Modernismo teatral brasileiro pro magnífico Vestido de Noiva de Nelson Rodrigues, encenado nos anos 40 por Ziembinski. A montagem do polonês para o texto de Nelson foi realmente uma coisa nunca vista no Brasil. Só na década de 60 é que Zé Celso faz a primeira encenação de O Rei da Vela, que é uma crítica cintilante da burguesia nacional. Nunca foi tão atual. Magnífica obra que Oswald nunca viu montada.

ESPERANDO GODOT
Marco do Teatro do Absurdo, o texto de Samuel Beckett, fala sobre a espera, sobre a liberdade. Aliás, fala sobre tudo. A obra do dramaturgo é tão genial que tem um significado pra cada um que lê. É simplismente lindo, além de genial


IVO BENDER

Dramaturgo gaúcho e ex-professor do DAD, é responsável por adaptações magníficas de mitos cássicos gregos, para um contexto local. Vale a pena conferir: A Triologia Perversa, adaptação da triologia grega "A Orestéia", que narra a história do heróis grego Orestes. Do sacrifício de sua filha para vencer a guerra de Tróia, ao assassinato cometido por sua esposa, Cliptaminestra em vingança ao sacrifício de sua filha Electra.





BIOGRAFIAS - Grandes artistas, grandes histórias.


CAZUZA



Eu já li duas biografias de um dos maiores poetas que esse país transformou. Dizer que esse país formou é exagero e dar mérito a quem não merece. Cazuza é um gênio por que canta como ninguém como sentimentos, dores, e frustações. Há o "Cazuza: só as mães são felizes" que conta a vida do poeta através do olhar e das palavras da sua mãe. Livro o qual deu origem ao filme "Cazuza - O tempo não pára" que também vale muito a pena ver! Há, para quem gosta, e quiçá acredita, a obra psicografada dele, intitulada "Faz parte do meu show". Para os que amam as suas letras, como eu, há o "Cazuza: Eu preciso dizer que te amo".


http://www.youtube.com/watch?v=gGVafoghyvo


http://www.youtube.com/watch?v=LqI-5dykYS0&feature=related


http://www.youtube.com/watch?v=hDxSL6912BQ



Vídeos de quem gosta do artista, especial feito pela Globo News.



MARILYN MONROE

Vale a pena conferir o nascimento e a morte de uma estrela.




NOITES TROPICAIS




A história e as histórias das personalidades da música popular brasileira nessa obra de Nelsom Motta. Tem coisas hilárias, como a discussão de Tim Maia e Raul Seixas, um defendendo o uso da maconha e o outro da cocaína.






Imortais da Literatura - Para mim, não há nada mais sublime até o momento.


CAIO FERNANDO ABREU







Gosto de dizer que o Caio é o Cazuza da Literatura. Amo os seus contos. Leio sempre. Para quem está afim de conhecer o trabalho, a obra desse cara, indico além de "Morangos Mofados", o "Os Dragões não Conhecem o Paraíso", para mim o melhor livro dele.















ÉRICO VERISSÍMO


O tempo e o vento além de ser uma aula de história, é uma das histórias mais lindas que a literatura nacional já produziu.




















PABLO NERUDA


Quem consegue falar de amor como ele? Vale a pena:


A Barcarola


100 Sonetos de amor
































GUIMARÃES ROSA

Em ritmo de preparação de espetáculo, ando estudando e lendo muito a obra de Guimarães. Indico Sagarana. Guimarães se sobressai na literatura, não só por eua nova forma de escrever, mas sim, de descrever. Além de ser detalhista em tudo, não deixando a desejar a nenhuma camêra de cinema, Guimarães modifica a corrente regionalista da literatura, trazendo o homem sertanejo as suas narrativas como um filósofo. Coloca essas pessoas em posições de discutir as dúvidas da condição humana. Com certeza, um gênio!





Oficina da Confiança




Um pouco atrasado, mas presente! =)


Resolvi postar as impressões da primeira oficina da turma, ministrada por mim e pelo Miguel. Era num dia de chuva, com poucos colegas em sala de aula. Pena.

Optamos por iniciar a oficina com uma massagem coletiva! (Coisa bem boa!). Iniciava-se já o teste da confiança, permitir-se tocar e ser tocado pelo outro. Depois, podemos dizer que o exercício proposto, tornou-se um grande desafio para muitos dos colegas. Era o jogo do João Bobo, onde um colega fica no centro de uma roda formada pelos outros colegas. O colega do centro, tem apenas que fizar os pés no chão em posição ereta e se deixar levar pelo toque dos outros colegas que ficam empurrando ele de um lado, para outro. Detalhe: o colega do meio fica de olhos fechados. Dá muito medo. Muito medo mesmo! Confiar é antes de tudo um exercício de superar o medo, li isso em algum lugar, ou inventei, não lembro. Mas os colegas se sairam muito bem!
Dividimos a turma em duplas. Um membro da turma iria vendar os olhos e o outro ia conduzir o colega de olhos vendados pelo prédio da FACED por uma corda. Foi interessante observar e discutir as impressões do exercício. Foi interessante observar como o nosso tempo e o nosso espaço são visuais. O tempo para quem estava vendado parecia muito mais extenso do que realmente era, e também nenhum dos colegas sabia onde estava antes de tirar a venda. Foi interessante, pois muitos colegas disseram que os outros sentidos ficaram muito mais aguçados, sem o auxílio da visão. Os condutores não foram tão ousados, preferiram ficar no andar da aula, não utilizaram escadas. Apenas uma dupla utilizou o elevador.
Serve como reflexão, discutir se os espaços públicos são realmente para todos os públicos. Serve a discussão para perceber se os espaços estão realmente adaptados para todos os tipos de pessoas.
Era isso!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Piquenique!

Atenção, colegas!

Nós, os presentes na aula desta terça-feira, decidimos que combinaremos aqui o que cada um vai levar para nossa confraternização de final de semestre! Para isso, postem nos comentários o que cada um vai levar! E fica valendo o bom senso, senão vai ter só refrigerante!

Obrigada pela atenção!

Postem seus comentários-comilança!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Uma leitura "diferente"



Vou ficar devendo uma indicação de leitura específica da minha área, mesmo porque em virtude de vários motivos de força maior, não ando lendo ultimamente.
Entretanto, gostaria de propor aos colegas que buscam uma leitura diferente, e que principalmente, possuem "estômago", a leitura da obra Precisamos falar sobre Kevin - Lionel Shriver.
Este livro tem como pano de fundo a história de Kevin Khatchadourian, um adolescente americano de dezesseis anos, que em 2001 chacinou nove pessoas na escola onde estudava. Calma! Antes que a prof. Luciana e até mesmo vocês colegas, se assustem com a minha indicação, explicarei melhor...
O livro em questão apesar de fazê-lo, não tem a preucupação de retratar o episódio em sí, mas sim fazer uma abordagem acerca do ponto de vista da mãe de Kevin. A autora arquitetou um romance onde a mãe do assassino escreve cartas ao pai ausente. Nessas cartas, ao procurar os porquês, constrói uma meditação sobre a maldade e discute um tabu: a ambivalência de certas mulheres diante da maternidade e sua influência e responsabilidade na criação de um pequeno monstro. O livro discute casamento e carreira; maternidade e família; sinceridade e alienação.
Sinceramente achei o livro ótimo, e acho que isso é mérito da dispretensão com a qual me atirei na leitura. Nunca diria que em nada me acrescentou, mas pelo contrário, o livro mostrou que a maldade propriamente dita, ao contrário do que eu pensava, pode ser inerente ao ser humano, e não apenas uma consequência do meio no qual ele está inserido.
Recomendo, mas também saliento que se trata de um texto forte a por vezes assustador, mas acima de tudo muito interessante.

O mais importante de tudo é aprender a estar de acordo?

Minha sugestão de leitura para a turma são as peças "Aquele que diz sim" e "Aquele que diz não", ambas escritas pelo dramaturgo alemão Bertolt Brecht (1898 - 1956).


Escolhi essas peças porque são consideradas peças didáticas e discutem qual é a importância de se estar de acordo. Nós futuros professores que tantos discutimos ao longo do semestre o tempo e espaço na sala de aula, certamente não estamos de acordo como eles são usados na sala de aula.


Deixo aqui um poema escrito por Brecht falando do seu próprio trabalho:



"sou um escritor de peças,

mostro o que ví, no mercado dos homens

ví como o homem é negociado,

isso eu mostro, eu, o escritor de peças.
Para poder mostrar o que vejo

consultei os espetáculos de outros povos e de outras épocas

reescrevi algumas peças, com cuidado

examinando a técnica usada e assimilando

aquilo que me podia ser útil.
E também as frases que eram pronunciadas

dei a elas uma marca especial.

Para que fossem como as sentenças

que se anota para que não sejam esquecidas."




Ama de leite Casa-Grande e Senzala em Quadrinhos. Gilberto Freyre, desenhos de Ivan Wasth Rodrigues. Fundação Gilberto Freire/Recife).

www.expo500anos.com.br/.../painel21-4-peq.jpg

Gilberto Freyre (1900-1987) escreveu 67 livros, sendo Casa Grande & Senzala a sua maior obra, publicada em 1933, e que se tornou um clássico sobre a história da formação da sociedade brasileira. O autor de Sobrados e Mocambos foi o escritor brasileiro que mais recebeu homenagens de universidades da Europa e dos EUA.

"Gilberto Freyre já foi bandido e até herói, surgiu como defensor de uma escravidão enganosamente benigna ou exaltado como precursor da história das mentalidades." Lilia Moritz Scwarcz


Gilberto Freyre: uma rápida biografia


O escritor e sociólogo Gilberto Freire imprimiu a sua obra uma visão poderosa e original dos fundamentos da sociedade brasileira.


Sua mensagem representou um divisor de águas na evolução cultural do Brasil e contribuiu para que o país encarasse com mais confiança seu papel no mundo moderno.Gilberto de Melo Freire, que como escritor assinava Gilberto Freyre, nasceu em Recife PE. Fez estudos primários e secundários no Colégio Americano Gilreath e seguiu depois para os Estados Unidos, onde cursou as universidades de Baylor (Waco, Texas) e Colúmbia (Nova York).


De volta ao Brasil em 1924, permaneceu em Recife, cidade que se tornou a base de sua atividade intelectual, mas não abandonou as viagens internacionais. Dirigiu por algum tempo o jornal A Província. Foi oficial de gabinete e assessor direto do governador de Pernambuco Estácio de Albuquerque Coimbra, deposto pela revolução de 1930.O escritor projetou-se nacionalmente na década de 1930. Deputado à Assembléia Nacional Constituinte em 1946, Freire permaneceu na Câmara Federal até 1950.


Membro do Conselho Federal de Cultura desde sua criação, em 1967, recebeu numerosas láureas, títulos e prêmios, nacionais e estrangeiros. Professor honoris causa da Universidade de Coimbra e de outras universidades brasileiras e estrangeiras, membro de sociedades internacionais de cultura, afirmou, no entanto, sua independência em relação à instituição acadêmica, da mesma forma que se declarou pós-marxista e não modernista, acatólico e não anticatólico.


Gilberto Freire morreu em Recife, em 18 de julho de 1987. Sociólogo e escritor brasileiro. Sua obra, sobre a contribuição do negro e o fenômeno da miscigenação, apresenta uma visão original da sociedade brasileira.


LUCIANO SANTOS MACIELEnciclopédia Britannica Ltda.

fonte: http://www.partes.com.br/freirebiografia06.html em 10/11/2008

sábado, 8 de novembro de 2008

A biblioteca de cada um


Na última Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, no eixo "Conversas" um artista escolhido pelo curador escolhia outros artistas para "conversar esteticamente". O artista chileno Pablo Chiuminatto escolheu o artista Adolfo Couve e a sua própria biblioteca. A obra dele surgia de algum modos de todas as experiências estéticas e livros sobre arte com os quais ele tinha aprendido sobre arte.
Podemos pensar: qual é a nossa biblioteca? Que experiências nos constituem? Quais os livros lidos que fazem que a gente pensa da maneira que pensa? Que livros da sua própria área que vocês indicariam para colegas de outras áreas de conhecimento?
Alguns aqui já começaram... Vamos ler juntos?
Não deixem de passar na Feira do Livro de Porto Alegre: livros, eventos, palestras, muitos acontecimentos - http://www.feiradolivro-poa.com.br/

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

O outro Brasil que vem aí

Gilberto Freyre
Eu ouço as vozes
eu vejo as cores
eu sinto os passos
de outro Brasil que vem aí
mais tropical
mais fraternal
mais brasileiro.
O mapa desse Brasil em vez das cores dos Estados
terá as cores das produções e dos trabalhos.
Os homens desse Brasil em vez das cores das três raças
terão as cores das profissões e regiões.
As mulheres do Brasil em vez das cores boreais
terão as cores variamente tropicais.
Todo brasileiro poderá dizer:
é assim que eu quero o Brasil,
todo brasileiro e não apenas o bacharel
ou o doutoro preto,
o pardo,
o roxo
e não apenas o branco
e o semibranco.
Qualquer brasileiro poderá governar esse Brasil
lenhador
lavrador
pescador
vaqueiro
marinheiro
funileiro
carpinteiro
contanto que seja digno do governo do Brasil
que tenha olhos para ver pelo Brasil,
ouvidos para ouvir pelo Brasil
coragem de morrer pelo Brasilânimo
de viver pelo Brasil
mãos para agir pelo Brasil
mãos de escultor que saibam lidar com o barro forte e novo dos Brasis
mãos de engenheiro que lidem com ingresias e tratores europeus e norte-americanos a serviço do Brasil
mãos sem anéis (que os anéis não deixam o homem criar nem trabalhar).mãos livres
mãos criadoras
mãos fraternais de todas as cores
mãos desiguais que trabalham por um Brasil sem Azeredos,
sem Irineus
sem Maurícios de Lacerda.
Sem mãos de jogadores
nem de especuladores
nem de mistificadores.
Mãos todas de trabalhadores,pretas, brancas, pardas, roxas, morenas,
de artistas
de escritoresd
e operários
de lavradores
de pastores
de mães criando filhos
de pais ensinando meninos
de padres benzendo afilhados
de mestres guiando aprendizesde irmãos ajudando irmãos mais moços
de lavadeiras lavandode pedreiros edificando
de doutores curando
de cozinheiras cozinhando
de vaqueiros tirando leite de vacas chamadas comadres dos homens.
Mãos brasileiras
brancas, morenas, pretas, pardas, roxas
tropicais
sindicais
fraternais.
Eu ouço as vozes
eu vejo as cores
eu sinto os passos
desse Brasil que vem aí.

Fundação Gilberto Freyre

Fundação Gilberto Freyre

Gilberto Freyre

Gilberto de Mello Freyre (Recife, 15 de Março de 1900 - Recife, 18 de Julho de 1987) foi um sociólogo, antropólogo, escitor e pintor brasileiro, considerado como um dos grandes nomes da história do Brasil.
Filho de Alfredo Freyre, juiz e catedrático de Economia Política da Faculdade de Direito do Recife e de D. Francisca de Mello Freyre. Descendente de indígenas, espanhóis, portugueses e neerlandeses, Gilberto Freyre inicia seus estudos freqüentando o jardim da infância do Colégio Americano Gilreath, em 1908. Faz seu primeiro contato com a literatura através da As Viagens de Gulliver. Todavia, apesar de seu interesse, não consegue aprender a escrever, fazendo-se notar pelos desenhos. Toma aulas particulares com o pintor Telles Júnior, que reclama contra sua insistência em deformar os modelos. Começa a aprender a ler e escrever em inglês com Mr. Williams, que elogia seus desenhos.

Em 1909 falece sua avó materna, que vivia a mimá-lo por supor ser o neto retardado, pela dificuldade em aprender a escrever. Ocorrem suas primeiras experiências rurais de menino de engenho, nessa época, quando passa temporada no Engenho São Severino do Ramo, pertencente a parentes seus. Mais tarde escreverá sobre essa primeira experiência numa de suas melhores páginas, incluída em Pessoas, Coisas & Animais.

Freyre estudou na universidade de Colúmbia dos Estados Unidos, onde conhece Franz Boas, sua principal referência intelectual. Seu primeiro e mais conhecido livro é Casa-Grande e Senzala, publicado no ano de 1933. Em 1946, Gilberto Freyre é eleito pela UDN para a Assembléia Constituinte e, em 1964, apóia o golpe militar que derruba João Goulart.

Suas Obras:
  • Casa Grande e Senzala, 1933.
  • Sobrados e Mucambos, 1936.
  • Nordeste, Aspectos da Influência da Cana sobre a Vida e a Paisagem, 1937.
  • Assucar, 1939.
  • Olinda, 1939.
  • O mundo que o português criou, 1940.
  • A História de um engenheiro francês no Brasil, 1941.
  • Problemas brasileiros de antropologia, 1943.
  • Sociologia, 1945.
  • Interpretação do Brasil, 1947.
  • Ingleses no Brasil, 1948.
  • Ordem e progresso, 1957.
  • ORecife sim, Recife não, 1960.
  • Brasis, Brasil e Brasília, 1968.
  • O brasileiro entre os outros hispanos, 1975.

Tio Tungstênio - Memórias de uma infância química

Este livro de Oliver Sacks, trata de uma viagem às primeiras descobertas de um inquieto cientista nato. Contendo fotos e ilustrações ao início de cada um dos seus 12 capítulos, além de uma Tabela Periódica em página dupla e índice remissivo, o livro é uma autobiografia que descreve as experiências e observações do autor realizadas desde quando ainda muito jovem até a sua adolescência, durante o período da Segunda Grande Guerra.
Filho de família numerosa e tendo como pais um casal de médicos, Sacks teve a liberdade e até mesmo foi estimulado a montar, ele mesmo, um laboratório em casa. Morador de Londres, teve acesso a diversos materiais disponibilizados por seus tios, que eram industriais, e pelas lojas de produtos químicos a varejo. Desta forma, Sacks realizou experiências que poucos dos profissionais da química de hoje em dia tiveram a oportunidade de realizar e outras que são comuns nos laboratórios de ensino, de hoje em dia. Mais do que isto, arguto ao extremo, sua mente inquisidora fazia-o perseguir, com fervor, muitas das questões mais fundamentais da química, deslumbrando-se o tempo todo ao perceber os grandes feitos de cientistas tais como Davy, Boyle, Bohr, Mendeleiev, Rutherford, o casal Curie, Moseley, Cannizzaro, Faraday, Dalton, Priestley, Bunsen, Kirchhoff, Kelvin e outros.
Sua forma leve de escrever faz do livro uma leitura fácil e agradável, embora repleta de conceitos fundamentais para o entendimento do mundo que nos cerca, em especial o da química. Seus capítulos sobre tabela periódica e radioatividade são absolutamente magistrais e dignos de figurar em qualquer livro de química de nível secundário ou universitário e o desenrolar histórico de muitos dos grandes acontecimentos científicos é enriquecedor, mesmo para aqueles com ampla cultura química.
"Tio Tungstênio" traz de volta o romantismo da química e das grandes descobertas. Romantismo que foi definitivamente perdido quando da explosão da primeira bomba atômica sobre o Japão e que levou o autor a concluir: "A física atômica ou nuclear (...) nunca mais poderia avançar com a mesma inocência e despreocupação da época de Rutherford e dos Curie". A partir de então, e cada vez mais, sempre que ocorre um acidente ecológico, muito se tem falado contra a Química e pouco se tem conseguido fazer para reduzir este estigma pejorativo já bastante arraigado na população. "Tio Tungstênio" vem preencher, de forma significativa, esta lacuna através de um relato absolutamente impressionante de uma infância química prazerosa em meio aos gases, metais, compostos fedorentos e explosões. Desta forma, não é difícil prever que esta obra venha a ser utilizada como texto suplementar no ensino de química, em todos os níveis, formando cidadãos mais conscientes da importância das ciências para o desenvolvimento social e econômico.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Indicação de leitura - letras

Indico para todos o livro "O que é leitura" de Maria Helena Martins.
Com uma linguagem muito descomplicada ele faz a gente ver que a leitura não
precisa ser feita somente no papel. Também podemos ler o mundo à nossa volta, e isso
pode ser muito divertido.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

LIVROS INTERESSANTES


Pensando sobre a Química e o cenário de evolução das Ciências como um todo, tenho uma recomendação bastante interessante, principalmente para o pessoal do teatro:

Oxigênio, de Carl Hoffmann, que narra a história fictícia sobre um Prêmio Nobel acontcendo no século 18 e a discussão acerca das descobertas do século ante a relevânica para a conquista do prêmio. Constitui uma peça de teatro em 2 atos e 20 cenas, que se alterna entre 1777 e 2001, contando esta história e revelando os bastidores - estes, sim, verídicos - da descoberta do gás que respiramos, quase simultaneamente realizada pelo químico francês Lavoisier, pelo farmacêutico sueco Scheele e pelo pastor inglês Priestley. Os três cientistas e suas esposas estavam em Estocolmo em 1777, a convite do rei Gustavo III.


Um pouco sobre a descoberta do oxigênio pode ser lida no link a seguir: http://www.searadaciencia.ufc.br/especiais/quimica/oxigenio/oxigenio02.htm

PARA QUE(M) SERVE O TEU LIXO?

Olá pessoal! Bisbilhotando um pouco mais sobre o assunto da Reciclagem e Reutilização do lixo, bem como a questão da poluição ambiental desencadeada por este, encontrei um site bem legal, com várias discussões sobre o assunto, trazendo muitos vídeos interessantes, principalmente sobre a reutilização do PET e latas de alumínio na construção de sistemas um tanto quanto curiosos. Vale a pena conferí-lo: www.lixo.com.br

segunda-feira, 3 de novembro de 2008


Colegas, convidamos a todos para a oficina da próxima terça-feira onde discutiremos um pouco sobre o papel da linguagem dentro do contexto da nossa disciplina de tempos e espaços escolares.

- Acima, na obra “A traição das imagens” do pintor belga René Magritte (1898-1967), temos a imagem de um cachimbo e a frase em francês que significa "Isso não é um cachimbo"... “Em que esse exemplo pode servir à nossa discussão? (Bem) Isso não é um cachimbo de verdade, mas simplesmente a representação gráfica, pictórica de um cachimbo. O mesmo acontece com a escrita alfabética, em sua regulamentação ortográfica oficial. Ela não é a fala: é uma tentativa de representação gráfica, pictórica e convencional da língua falada.” [Trecho adaptado de BAGNO, Marcos (2003): Preconceito Lingüístico: o que é, como se faz. 21ª ed., São Paulo, Loyola. Pág. 53 e 54]

Guardem esta idéia, pois tem tudo a ver com a discussão de amanhã. Não percam!